One Last Kiss - Billford

Demônio em crise de identidade

oioiii
tô começando a achar que vou ter q achar um sinônimo pra substituir a palavra "tensão" já que geral tá lendo tesão KKKKKKKKK
mas de fato é muito tesão mesmo, da parte de quem lê tbm heinnn👀
esse capítulo é meio inesperado, mas eu acho (e espero) que gostemm 🙏💞
boa leiturarsrsrs

(...)

Depois de ter aceitado, a contragosto, seus sentimentos complexos por Bill Cipher, Ford sentia como se estivesse navegando em águas desconhecidas. A confusão ainda pairava sobre ele após o recente encontro na dimensão de Bill, onde ambos esclareceram algumas questões. A volta a Gravity Falls trouxe consigo uma necessidade desesperada de manter a cabeça ocupada, mas nada parecia suficientemente distrativo. Seus pensamentos continuavam voltando àquele momento intenso e ao que aquilo poderia significar.

Enquanto isso, Bill Cipher, insatisfeito com o que parecia ser o início de uma obsessão, havia ido até a dimensão de Axolotl, um ser interdimensional mais poderoso do que ele. O motivo? Um mistério que ele mantinha para si, algo que envolvia benefícios próprios, mas, sem dúvida, relacionados a Ford. Axolotl, no entanto, não estava com paciência para os jogos de Bill e, como punição, ou talvez por um capricho, transformou Bill em um humano e o enviou de volta para Gravity Falls.

(...)

Ford estava na cabana, analisando alguns manuscritos antigos, tentando evitar que seus pensamentos voltassem àquele beijo. No entanto, ele foi interrompido por um estrondo na sala de estar. Ao se dirigir até lá, seu coração quase parou ao ver um homem deitado no chão. Mas não era qualquer homem.

— Bill? — Ford murmurou, descrente.

O loiro desajeitado no chão soltou um gemido de dor, tentando se levantar.

— Quem colocou essa maldita gravidade aqui?

— Bill, o que aconteceu com você?

— Longa história, querido. Vamos dizer que tive um encontro não muito agradável com um velho conhecido. Axolotl, esse é o nome daquela salamandra. E agora, bem, estou preso nesse saco de carne! — Bill se levantou, irritado. — Como os humanos conseguem viver assim? Isso é uma tortura!

Ford mal podia acreditar no que via. Bill, a entidade caótica e todo-poderosa, agora era humano. Mais do que isso, ele parecia genuinamente incomodado com sua nova condição. O cientista o ajudou a se levantar, notando o quanto o toque humano parecia novo para Bill.

Bill olhou diretamente nos olhos de Ford e sorriu.

— Não se engane, Fordsy, eu ainda sou eu. Apenas... Com algumas limitações físicas agora. — Ele sorriu, tentando manter o sarcasmo. — Você deveria estar feliz, finalmente sou tão fraco quanto você sempre quis.

— Não é isso. — Ford disse, balançando a cabeça. — Eu li sobre Axolotl em ruínas antigas, mas nunca imaginei que ele faria algo assim.

— O que quer que seja, não vai durar para sempre. — Bill retrucou, ainda tentando ajustar sua jaqueta. — Mas por enquanto, parece que vou ser o seu inquilino. Em quartos separados, é claro. — Sorriu malicioso.

— Sei muito bem como você é, Bill. — Ford respondeu, um misto de frustração e preocupação em sua voz. — Você pode ficar aqui enquanto isso não passa... Mas sem truques.

Bill deu uma risada provocativa.

— Vamos ver o que acontece.

(...)

Os dias seguintes foram um desafio tanto para Bill quanto para Ford. Bill, agora sem poderes, estava lutando para se acostumar com as limitações de um corpo humano. O simples ato de correr pela floresta o deixava exausto, e ele reclamava incessantemente sobre as dores e desconfortos que nunca havia sentido antes.