A palavra "sozinho" carrega consigo uma multiplicidade de significados e emoções. Muitas vezes, estar sozinho pode ser interpretado como uma condição de vulnerabilidade ou solidão. No entanto, essa mesma condição pode também ser um terreno fértil para a demonstração de coragem. A coragem não se define apenas pela ausência do medo, mas também pela capacidade de enfrentá-lo, e estar sozinho muitas vezes coloca essa capacidade à prova.
Quando alguém se encontra sozinho, pode sentir um medo profundo da solidão, da rejeição ou do desconhecido. Esse medo pode ser um reflexo de uma ausência de coragem, um bloqueio que impede a pessoa de agir, de se aventurar ou de enfrentar desafios. A sensação de estar "sem coragem" é frequentemente alimentada por esse medo, criando um ciclo de inatividade e insegurança.
No entanto, estar sozinho pode também ser uma oportunidade para cultivar a coragem. Sem as distrações e as influências externas, o indivíduo tem a chance de se confrontar com seus próprios medos e inseguranças. É nesse espaço de introspecção que a coragem pode crescer. Quando se enfrenta a solidão e se aprende a lidar com ela, pode-se encontrar uma força interior que antes parecia inacessível.
A coragem surge muitas vezes não na ausência da solidão, mas na sua aceitação e enfrentamento. Ela é o resultado de uma escolha deliberada de seguir em frente, apesar de estar sozinho. Enfrentar o desconhecido, tomar decisões difíceis e avançar mesmo quando a presença de outros não está disponível são atos de coragem que se manifestam na solidão.
- ei zoro...
- hm? - o esverdeado encara o loiro, que está com a cabeça encostada em seu ombro.
- você... já tinha ficado com alguém antes de mim? - o cozinheiro desvia o olhar, envergonhado com a pergunta que ficava grudada em sua cabeça.
- hm... na verdade, meu primeiro beijo foi com "você" - disse fazendo aspas com as mãos na última palavra.
- como assim, "eu"? - imitou o gesto de seu companheiro.
- eu pensava que era você... mas era... bom, você sabe. - insinuou o transmorfo Yokubo.
- a-ah... entendi... desculpa! eu tinha esquecido disso completamente! - desviou o olhar, com o rosto ruborizado, deixando-o um tanto fofo.
- tudo bem - sorriu de canto - e você... já ficou com alguém antes de mim? na verdade... deixa. obvio que a pergunta vai ser sim.
- como assim, obvio?
- porra, você é um puto de um gostoso. que pessoa não te acharia bonita??
O loiro junta suas mãos em um gesto envergonhado, com a pele totalmente rubra, notada por Zoro, mesmo com Sanji com sua cabeça virada para o lado oposto, por conta de sua orelha em tom avermelhado.
- é... bom, verdade que já fiquei com outras mulheres antes, mas... nada mais do que um dia, ou melhor, noite.
- entendi.
Um silêncio se instalara, ambos envergonhados pela conversa anterior, o barulho não existia, pelo menos por um tempo. Sanji solta uma pequena tosse, mas ao sequer tossir, sentiu seu peito apertar. O loiro, ao tossir, pôs sua mão sobre a boca, e ao retirá-la, notou que a mesma estava toda encharcada de um liquido vermelho. Os olhos azuis se arregalaram juntos com o âmbar do homem ao seu lado.
- oq-que...? - tossiu novamente, logo deixando a mão mais vermelha e suja de sangue.
O loiro não parava mais de tossir, o sofá já estava com pingos vermelhos, Zoro já não sabia mais oque fazer.
- c-cook... i-isso... não faz sentido... como...
- eu a-acho que é... - tosse novamente - chama o chopper... ele vai confir- *tosse* - confirmar...
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Sem Coragem (zosan)
General FictionSanji e Zoro vivem momentos de confusão em suas vidas. Zoro não acredita que gosta do cozinheiro, ou melhor, não quer gostar do cozinheiro. Já Sanji, não acredita que pode ter sentimentos por homens, e insiste em ser só alguma doença. Esses sentimen...