Como Me Conter Assim?

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O conceito de "se conter" envolve uma forma de disciplina interna e autocontrole que frequentemente é desafiada pela falta de coragem. Quando uma pessoa está desprovida de coragem, tende a evitar enfrentar situações difíceis, o que pode resultar na incapacidade de se conter em interações e decisões que exigem resistência e enfrentamento. A coragem é fundamental para enfrentar e superar esses momentos sem sucumbir ao desespero ou à evasão. Em resumo, a coragem é um elemento essencial para fortalecer a capacidade de se conter, ajudando a manter a compostura e a eficácia em situações desafiadoras. A ausência de coragem, portanto, pode comprometer nossa capacidade de exercer controle sobre ações e emoções.

Sanji retornou à cozinha, acomodou-se no sofá e chamou seu capitão para deitar em seu colo, como costumavam fazer antes dos recentes eventos. Antes que Luffy se sentasse, ele perguntou:

- Sanji?

- Sim?

- Você e o Zoro são casados? - questionou ao sentar-se ao lado de Sanji.

- N-não, capitão, não somos.

- Ué, vocês não se gostam?

- Como assim, Luffy? O que você sabe?

- Ah, nada demais - Luffy boceja enquanto fala - Posso deitar nos meus travesseiros? - fez um olhar pidão.

- Hahaha, tudo bem, Luffy, pode dormir em minhas coxas, mas somente porque não estou com sono a essa hora da noite - respondeu Sanji, sorrindo.

Luffy então acomodou a cabeça nas coxas de Sanji e se agarrou à cintura do cozinheiro, como se fosse um bichinho de pelúcia.

- Suas coxas são tão boas para dormir... *bocejo* Você parece um ursinho de pelúcia, Sanji.

- Hahahaha, você já mencionou isso, capitão - Sanji começou a afagar o cabelo de Luffy - Agora, pode dormir.

Luffy não hesitou e começou a roncar no colo de Sanji, sorrindo.

Minutos depois, alguém bateu na porta de forma brusca e entrou em seguida.

- SANJI, EU PREC- O esverdeado interrompeu sua fala ao ver que seu capitão estava dormindo - *Ah, desculpe* - disse em tom sussurrante, agora com uma postura ereta e expressão séria.

Sanji virou o rosto para que o outro não visse seu rubor de raiva e vergonha diante da situação.

- O que você deseja?

- Você sabe que precisamos conversar.

Sanji fixou o olhar no esverdeado. Desde quando ele se tornara tão atraente? Certamente, estava doente. Seu coração acelerava constantemente e suas bochechas frequentemente estavam ruborizadas. Ele franziu a testa ao lembrar do espadachim tão próximo de Luffy alguns momentos atrás. Certamente, essa sensação devia ser uma doença.

- Não temos mais nada a discutir - respondeu de maneira curta e fria.

- Eu pedi desculpas, não pedi? - O esverdeado começou a se aproximar.

- Ah é? Então, explique-me por que você ficou irritado comigo por quase três semanas. O que eu fiz?

- Eu... - O esverdeado tentava encontrar palavras, mas nada saía de sua boca.

- Se for assim, não temos mais nada a tratar. Converse com sua namorada.

- Está louco? Namorada? - O loiro não respondeu - Certo... Eu... eu contarei o que aconteceu! Apenas me diga o que ocorreu no dia em que fui sequestrado!

- No dia em que você foi sequestrado?

Sanji tentou se desviar do abraço de Luffy, mas sem sucesso, pois ele se apertou ainda mais. Sanji sempre sentiu um profundo sentimento de aconchego com seu capitão. Luffy sempre foi e sempre será o exemplo de coragem e lealdade que Sanji procurou. O amor entre eles é comparável a uma relação paterna, algo evidente para todos na tripulação. É algo admirável.

- Ele gosta do seu colo, não é? - Sorriu de canto.

- Sim... - Sorriu de forma paternal - Mas o que deseja saber?

- O que você fez com aquele carinha que muda de rosto?

- Ah, eu o prendi, mas logo após encontrarmos você, perdemos aquele indivíduo.

- AH! ENTÃO ELE ESTÁ SOLTO-

- Cale a boca, desgraçado!

Luffy se mexeu, soltando Sanji e se agarrando a uma almofada, retornando ao sono. Sanji então levantou do sofá e puxou o esverdeado para um canto mais reservado.

- Apenas não grite! Estamos perto da cozinha!

- Hã... é...

- Ficou mudo? O que mais deseja saber? Não vai me dizer o que eu fiz?

- E-eu... não sei...

- NÃO SABE?!?!

O esverdeado tampou a boca do outro, empurrou-o contra a parede e se aproximou, colando os corpos.

Ele indicou com um gesto mímico para manter o silêncio.

Sanji arregalou os olhos, questionando o motivo daquela situação, mas logo viu Franky passando sem notar os dois. Assim que Franky se afastou, ambos notaram a situação em que se encontravam: corpos colados, respiração ofegante, rostos ruborizados, uma situação um tanto embaraçosa. Contudo, nenhum dos dois se afastou; na verdade, Zoro retirou a mão da boca do cozinheiro.

- Puta que pariu... - murmurou, pensando - Como vou me conter assim?

Sanji não ajudava; estava extremamente atraente. Mesmo sem as roupas leves que usara recentemente e com o cabelo para trás, ele estava notavelmente atraente. O espadachim desejava abraçá-lo ali mesmo, mas tentava se controlar. Os cabelos loiros estavam desgrenhados, o rosto vermelho, o coração acelerado e a camisa um pouco aberta.

No entanto, algo se destacava em seu pescoço: uma grande marca roxa, quase completamente curada. Sanji havia usado roupas para esconder o pescoço por semanas; agora que a marca estava quase desaparecida, ele pôde usar roupas normais.

- tá olhando assim pra mim por q... - o loiro é interrompido pelo esverdeado, que colocou um dedo sobre sua boca.

- você fica mais bonito sem reclamar - sorri de canto e bota fios de cabelos para trás da orelha do outro.

O cozinheiro tirou o dedo do outro de sua boca e tomou a iniciatia de um beijo. Desajeitado por um tempo, mas depois os lábios se encaixaram perfeitamente, com certeza queriam isso à muito tempo, esse beijo era intenso, mas não um beijo malicioso, e sim um romântico, apaixonante. Esse beijo que com certeza viciaria os dois.

O beijo foi mais além, e virou uma batalha para ver quem dominava o beijo já de língua. Era uma batalha entre línguas, e também com chupadas e mordidas na boca de um e do outro. Os rivais perderam o fôlego e se afastaram, as bocas estavam inchadas, rosto muito ruborizado e coração muito, muito acelerado. Com certeza iam ter um ataque cardíaco daqui a pouco.

- e-eu... não! desculpa! merda! eu tô confundindo tudo. isso... isso não é certo. eu... tchau! - o loiro saiu correndo para a cozinha, deixando seu rival lá, confuso, com uma elevação em sua calça, feliz e triste ao mesmo tempo. Ao loiro chegar na cozinha, ele fecha a porta instantaneamente e segura como se fosse ser em purrada a qualquer momento - puta merda! oque... oque eu fiz??

- Sanji? Oque foi? - o moreno antes dormindo no seu colo havia acordado.

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aeeeeeeeee minha genteeeee

saiu um beijinho né, tava doida pra fazer issoooooooo

ai papai, fiquei boiolinha escrevendo esse cap🥰

é isso por hj gntttt

beijinhosssss


Sem Coragem (zosan)Onde histórias criam vida. Descubra agora