CAPÍTULO 003

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Ariana Cardoso

Domingo.

Tô agoniada desde cedo.

São 11h30 da manhã e eu fui ajudar minha mãe na cozinha depois de limpar a casa toda.

Ariana: Cadê o fuleiro do Kauã? - pergunto a minha mãe.

Helena: Não faço ideia, menino desaparece do nada. - fala e eu dou risada. - Saiu cedo dizendo que ia pra um evento de moto com os meninos. No dia que eu pegar aquela moto ele sossega.

Nem questionei.
Peguei as coisas de fazer o suco e fiz, colocando na geladeira em seguida.

Minha mãe resolveu fazer panqueca hoje, então eu fui ajudar ela a colocar o recheio e enrolar, colocando na travessa de vidro.

Daqui a pouco a louca da Alice deve chegar aqui.

Ela vem almoçar aqui em casa e a gente já se arruma juntas pra ir pro Maracanã.

Nem preciso falar que ela viu bichão com minha cara porque não dei meu número pro jogador lá né?
Ela disse que meu clubismo é um negócio fora do comum. Que uma coisa não tem nada haver com a outra, o que custava eu da meu número pra aquele gostoso -- palavras da Alice.
Mas enfim, ela que lute.

Bateram na porta e eu já sabia que era ela, conheço até o jeito de bater na porta.

Fui abrir e ela já entrou me falando fofoca.

Alice: E sabe o que ela fez tia? - minha mãe nega. - Negou o número pra gostoso do jogador só porque ele é palmeirense. Menina burra, nem parece que é tua filha. - minha mãe gargalha.

Ariana: Me respeita Alice, otária.

Ela ficou sentada conversando com a gente e depois que terminei de lavar os pratos do preparo da panqueca eu fui tomar meu banho e lavar meu cabelo.

Coloquei um roupão e fui finalizar o cabelo, porque eu não sou muito fã de sair com ele todo molhado, então daqui pra hora do jogo ele já tá uns 70% seco.

Alice tá lá na sala fofocando com mainha. Duas tomadeira de parte da vida dos outros.

Quando terminei o cabelo, limpei tudo que ficou melado de creme e fios de cabelo solto e aí vestir um short jeans preto junto com o manto do flamengo.

Já tô me arrumando porque além de já ser 13h30, a gente vai de metrô, então como é dia de jogo, é agonia na rua.
Prefiro chegar cedo do que atrasada.

Sair do quarto e desci pra cozinha.

Almocei junto com minha mãe e a Alice e quando deu 15h00 a gente foi pra estação de metrô.

Chegamos no Maraca era 15h47. Entramos e sentamos mais na parte de baixo da arquibancada.
A torcida tá no meio a meio, tem um tanto bom de flamenguista e um tanto bom de palmeirense.

Eu e Alice estávamos cantando igual malucas, acompanhando o pessoal.

Aqui eu saio rouca, toda vez é assim.

O jogo começou e eu só tava faltando descer e entrar em campo.
Eu e futebol não combina, porque eu sou totalmente desesperada e fico afobada num nível extremo.

Já tinha sentado depois de tanto gritar e passar raiva, quando o Pedro tocou a bola pro Gabriel que chutou no fundo da rede, causando um terremoto em todo o Maracanã.

Eu pulei, Alice pulou, meu copo só Deus sabe onde foi parar e começamos a cantar.

Meu coração faltava sair pelo boca...

Não deu 15 minutos e o Endrick empatou, me deixando totalmente puta.

...

Segundo tempo começou e minha loucura também.

Fizeram uma falta em cima do Victor Hugo e o Arrascaeta marcou uma falta, fazendo um gol do caralho.

Nem preciso falar que só faltei sair pulando daqui dessa arquibancada né.

Porém de novo o Palmeiras fez outro gol, empatando a desgraça do jogo.

E sabe de quem foi o gol?

Isso mesmo, do Ríos.

Ele tava na sede desse gol da hora que o árbitro apitou esse jogo.

Fiquei logo bolada e de cara grande, mas mesmo assim continuei cantando e na esperança de fazerem mais um, porém não rolou e o jogo acabou empatado, 2x2.

Alice faltando 15 minutos pro jogo acabar teve que ir embora, disse que a vó dela passou mal e ela tinha que ir ver.
Eu ia com ela mas ela disse que tava tudo bem, que só era preocupação mesmo, então eu fiquei.

Agora é só sair do Maraca no meio dessa multidão e tentar pegar um metrô.

Nossa conexão // Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora