CAPÍTULO 083

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Richard Ríos

Estávamos deitados, a noite estava calma, e eu sentia Ariana se mexer um pouco ao meu lado. Desde que ela me contou sobre a gravidez, a ideia de ser pai não saía da minha cabeça. Era uma mistura de emoções – felicidade, nervosismo, e uma responsabilidade enorme.

Mas enquanto meus pensamentos corriam, eu me lembrei de como Ariana sempre foi sincera sobre o medo que tinha de ser mãe. E, agora, com tudo acontecendo, eu não conseguia parar de me perguntar como ela estava lidando com isso.

Me aproximei dela e envolvi minha mão em sua cintura.

Richard: Vida, como você tá se sentindo sobre... tudo isso? Sobre ser mãe?

Ela fica em silêncio por alguns segundos, como se estivesse organizando os pensamentos. Eu não queria pressioná-la, só queria entender. Finalmente, ela suspirou e começou a falar.

Ariana: É estranho, sabe? Eu ainda sinto aquele medo, como se fosse algo que não vou conseguir controlar. É muita responsabilidade... Eu fico pensando se vou dar conta, se vou ser boa o suficiente... Mas, ao mesmo tempo, eu penso no nosso bebê, Richard. E, quando eu faço isso, sinto que talvez tudo vai dar certo... porque eu te tenho do meu lado.

As palavras dela me atingiram forte. Eu a puxei mais para perto, dei um beijo no topo da cabeça dela e tentei transmitir toda a confiança que sentia nela.

Richard: Ari, você vai ser incrível. Você já é. Eu tô aqui com você pra tudo, não esquece disso, tá?

Ela se virou um pouco para mim, um sorriso tímido nos lábios, e eu vi um brilho nos olhos dela, algo entre gratidão e amor.

Ariana: Minha ficha ainda não caiu 100%, sei lá, parece um sonho. - fala olhando pra mim. - Quase morri no dia que descobri essa gravidez.

Richard: Quando você descobriu?

Ariana: No dia que você tava com ovo virado pra mim por causa do contato no meu celular. - fala com deboche e eu encaro ela. - Já tava com a suspeita, então fiz três testes e deu positivo. Mas como tínhamos discutido, resolvi não contar logo, esperei pelo seu aniversário.

Richard: Garota você não existe. - dou risada. - E como tu conseguiu trazer meus pais pra cá, hein?

Ariana: Tenho meu jeitinho. - dá ombros.

Neguei com a cabeça e ficamos em silêncio, aproveitando a presença um do outro, quase caindo no sono... até que, de repente, Ariana deu um pulo da cama.

Richard: O que foi? - perguntei assustado, mas ela não respondeu. Apenas correu para o banheiro, e em questão de segundos eu ouvi o som dela vomitando.

Sem pensar duas vezes, fui atrás dela. Quando entrei no banheiro, Ariana estava ajoelhada no chão, vomitando no vaso. A única coisa que consegui fazer foi segurar seu cabelo para trás, e tentar, de alguma forma, transmitir que tudo ia ficar bem. Meu coração acelerou de preocupação.

Richard: Calma, amor... Eu tô aqui... - murmurei, sentindo a aflição subir.

Cada vez que ela vomitava, meu peito apertava. Eu queria fazer algo, qualquer coisa, pra parar aquilo. Mas tudo que me restava era estar ali, do lado dela, segurando seu cabelo e tentando não demonstrar o quanto eu estava morrendo de preocupação.

Quando ela finalmente parou, respirei fundo, aliviado. Ariana se levantou devagar, ainda pálida, e foi direto para a pia, escovar os dentes. Eu fiquei ali, observando, sem saber muito bem o que dizer, só tentando processar tudo.

Assim que ela terminou, me aproximei, puxei ela para perto e beijei sua testa, ainda preocupado.

Richard: Você tá bem? Quer deitar? Quer que eu faça alguma coisa?

Ariana apenas balançou a cabeça, me olhando cansada, mas com um leve sorriso. Voltamos para a cama, e eu a ajudei a se cobrir, ajeitando o travesseiro para que ela ficasse o mais confortável possível. Enquanto me deitava ao lado dela, eu ainda sentia o coração acelerado, mas segurei sua mão e continuei ali, do lado dela, pronto para qualquer coisa.

Richard: Vai passar, tá? Isso tudo é por causa do nosso bebê... - murmurei, tentando acalmá-la e, talvez, a mim mesmo.

Ariana: Esse seu filho tá me deixando maluca. - murmura e eu dou risada.

Dei um beijo no canto de sua boca e ela suspirou, fechando os olhos, e eu fiquei ali, vigilante, ouvindo sua respiração enquanto o sono começava a vir de novo.

Nossa conexão // Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora