CAPÍTULO 092

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Ariana Cardoso

Já são 14h30 da tarde e Richard vai embora daqui a pouquinho.
A folga dele foi de apenas um dia, e agora ele precisava voltar para São Paulo.

Ariana: Você tem certeza que não quer ficar mais um pouco? - perguntei, tentando disfarçar meu tom de voz quase implorante. Eu sabia que ele não podia, mas o desejo de ter ele ao meu lado era mais forte.

Ele me olhou com um sorriso leve.

Richard: Queria muito, amor, mas amanhã tem treino e eu não posso faltar.

Suspirei, assentindo com a cabeça. Ele tinha suas responsabilidades, e eu entendia, mas o que meu coração queria era outra coisa.
Ele veio até mim, se abaixou e depositou um beijo carinhoso em minha barriga. O toque de suas mãos ali me fez sorrir, mesmo com a sensação de vazio que já começava a me invadir.

Richard: Se comporta, viu, bebê? Logo você vai pra nossa casa com a mamãe!  - ele sussurrou com carinho, a voz repleta de amor.

Logo depois fomos até a sala, onde minha mãe e Kauã estavam esperando para se despedir também.

Richard: Dona Helena, muito obrigado por me receber aqui. Vou sentir falta da comida boa. - ele brincou, abraçando ela com carinho.

Helena: Ah, menino, vai com Deus, viu? E volta logo! - minha mãe respondeu, claramente emocionada. Eu via o quanto ela gostava dele, e aquilo aquecia meu coração.

Richard bagunçou o cabelo de Kauã e ele olhou feio pro meu namorado.

Kauã: Qual foi cunhado? No cabelo não pô. - a gente riu.

Richard: Se cuida, pivete. E cuida das meninas, hein? - ele concordou com a cabeça. - Deixa homem nenhum chegar perto de minha mulher, valeu? - fala baixo e eu bato no braço dele.

Kauã: Pode deixar, cunhado! - respondeu com um sorriso no rosto.

Finalmente, chegou minha vez. Richard me puxou para um abraço apertado, e eu me agarrei a ele com toda a força que tinha. Eu sabia que não seria tanto tempo longe, mas, desde que descobrimos sobre o bebê, eu sentia uma necessidade ainda maior de ter ele por perto. Ele beijou o topo da minha cabeça e sussurrou:

Richard: Fica bem, tá? Daqui uns dias você já vai tá de volta.

Assenti, sem conseguir encontrar palavras.
Quando ele saiu pela porta, um pedaço de mim foi junto. Fiquei parada por um tempo, olhando a porta fechar, tentando organizar meus pensamentos.

Helena: Logo tu volta pra São Paulo, Ari. - comentou percebendo minha cara de tristeza.

Ariana: Eu sei… - concordei olhando pra ela.

O abraço reconfortante da minha mãe e a presença de Kauã aos poucos acalmaram meu coração. Mesmo sem Richard, eu sabia que não estava sozinha.

Depois de algum tempo, comecei a me sentir mais leve.
Decidimos fazer algo simples: preparamos um almoço juntos, entre risadas e conversas leves. Eu estava grata por aqueles momentos, e eles me fizeram perceber que, mesmo com Richard distante, eu ainda tinha uma base forte ao meu redor.

Passamos o resto do dia assistindo filmes, com Kauã sempre tentando me fazer rir com suas piadas bobas e minha mãe contando histórias engraçadas de quando eu era criança. Aos poucos, a saudade de Richard se transformava em uma sensação de calma, sabendo que ele voltaria em breve. E, por enquanto, eu estava cercada de amor e apoio.

De noite eu tomei um banho e tava esperando Alice chegar.
Vamos dar um volta e vamos também ao cinema, igual fazíamos antes.

Vestir uma saia justa que ia até no meio da canela e um cropped que é conjunto da saia.
Passei creme de pele, perfume, amarrei o cabelo e sair quando Alice mandou mensagem.

Eu estava precisando de um tempo assim, só eu e ela, rindo e conversando sobre coisas aleatórias, como sempre fizemos.

Enquanto caminhávamos pelo shopping, Alice me puxava de um lado para o outro, vendo vitrines, falando sobre as últimas tendências. Até que, do nada, seus olhos brilharam ao avistar uma loja de roupas de bebê.

Alice: Ari, olha isso! - ela gritou, me arrastando para dentro.

Eu comecei a rir, já sabendo o que estava por vir. Ela foi direto para uma arara de roupinhas minúsculas.

Alice: Eu preciso comprar isso! Olha que coisa mais linda, amiga! - disse segurando um macacãozinho branco com detalhes amarelos.

Ariana: Mas você nem sabe o sexo do bebê ainda! - eu falei rindo.

Alice: E daí? Neutro serve pra qualquer um, né? - ela respondeu, decidida. E, claro, acabou comprando a roupinha, toda orgulhosa de sua escolha.

Eu só conseguia admirar o amor e empolgação dela. Era bonito ver como ela já amava tanto o meu bebê, antes mesmo de saber qualquer coisa.

Depois de mais algumas voltas pelo shopping, resolvemos ir ao cinema. A gente sempre amou assistir filmes juntas, e Moana estava em cartaz. Era o nosso filme preferido. Entramos na sala já animadas, compramos pipoca e, assim que o filme começou, nos transportamos para aquele mundo mágico.

Olhando para a tela, enquanto Moana enfrentava seus desafios, eu me senti mais leve. E ao meu lado, Alice estava completamente encantada, como se estivesse vendo o filme pela primeira vez. No final, saímos do cinema rindo, comentando cada detalhe. Foi um dia perfeito, cheio de amor, amizade e bons momentos.

Nossa conexão // Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora