CAPÍTULO 067

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Ariana Cardoso

Mesmo com o coração acelerado tomei a coragem de ir até lá. Engolindo o orgulho e todas as emoções conflitantes que estavam girando dentro de mim, comecei a caminhar em direção ao meu pai.

Cada passo parecia pesado, como se eu estivesse atravessando um mar de sentimentos antigos e não resolvidos.

Quando cheguei perto dele, nos olhamos nos olhos por um momento que parecia eterno.

Ariana: Oi... pai! - minha voz saiu quase como um sussurro, quebrada pela emoção.

Ele me olhou, visivelmente envergonhado, mas abriu os braços de forma hesitante.

Alexandre: Ari... eu não podia deixar de vir. - ele disse.

Ariana: Achei que você não viesse. Mandei o convite e você nem respondeu.

Alexandro: Me desculpa por tudo, filha. - sentir uma onda de emoções me atingindo. - Posso te dar um abraço? - ele pergunta receoso e eu concordei, me aproximando dele.

Foi um abraço desajeitado, cheio de sentimentos não ditos, mas eu sentia um certo alívio em sentir a presença dele novamente. Fechei os olhos, tentando absorver o momento.

Alexandre: Você cresceu tanto, minha menina... estou tão orgulhoso de você - ele murmurou, e eu sentir as lágrimas se acumulando nos olhos, mas me mantive firme.

Me soltei do seu abraço e olhei pra ele.

Ariana: Vem, senta com a gente. - sugerir apontando para a mesa onde todos estavam. - Todos vão ficar felizes em te ver. - capaz da minha mãe tirar ele da mesa pela gola da camisa, mas enfim. - Kauã tá ali também. - ele olha pra mesa e meu irmão acena com a cabeça.

Alexandre: Não, Ari... eu... eu só queria te ver, te parabenizar. Não quero atrapalhar mais. - sentir uma pontada no peito, mas não insistir.

Ariana: Tudo bem, pai. - disse respeitando a decisão dele. - Mas fica um pouco mais.

Alexandre: Não filha, só vim te ver mesmo. - ele me entrega uma caixinha embrulhada. - E te trazer isso. É simples mas é de coração.

Ariana: Não precisava trazer nada, só você aqui já é o suficiente. - ele sorrir fraco.

Richard se aproxima de mim e meu pai olha pra ele.

Ariana: Vida, esse é o meu pai, Alexandre. - falo tentando manter a calma. - Pai, esse é o Richard, meu namorado.

Falo e ele fica surpreso. Não sei se é surpreso por eu estar namorando ou se é porque ele é um jogador de futebol. Mas independente, não fez nenhum comentário.

Richard: Prazer em conhecê-lo, senhor. - disse educadamente e eles dão um aperto de mão.

Ariana: Muito prazer, Richard. E cuida bem dela. - ele respondeu, com um olhar sério, mas que carregava uma certa gratidão.

Richard apenas sorriu, compreendendo a situação. Observei a cena com o coração apertado.
Não sei como as coisas vão se desenrolar a partir daqui, mas, pelo menos por agora, eu havia dado o primeiro passo para talvez curar uma ferida antiga.

Meu pai se despediu de mim e saiu...

Voltamos pra mesa e Richard segurou minha mão, sentir uma onda de conforto ao saber que ele estava ali para me apoiar.

Apesar de toda a confusão de sentimentos dentro de mim, eu estava feliz de ter visto meu pai.

Helena: Pensei que ele ia ficar. - fala quando eu sento de frente pra ela.

Ariana: Chamei mas ele não quis. - falo.

Kauã: Ele tá é ficando velho. - fala e todo mundo rir.

Endrick: Esse menino é meu cria, namoral. - reviro os olhos rindo.

Alice: Você tá bem, amiga? - pergunta baixo tocando em meu ombro.

Ariana: Eu tô. - concordei e ela sorriu.

A festa seguiu rolando e depois que a gente comeu eu e Alice levantamos pra dançar.

Dançar é com nós duas mesmo.

No final depois que tudo acabou, fomos cada um pra seu cantinho.
Minha mãe seguiu pro hotel com Alice e Kauã, enquanto eu e Richard fomos pra casa dele.

Encostei a cabeça no banco do carro e fechei os olhos.
Tô morta de cansada.

Entramos no apê e eu sentei na cama dele pra tirar o salto, mas ele veio e colocou minha perna em seu colo, tirando o calçado dos meus pé, fazendo uma massagem ali também.

Ariana: Obrigado! - falei em um sussurro e ele se inclinou pra me beijar. - Obrigado por tá comigo, sempre, eu te amo muito, muito mesmo.

Richard: Eu também te amo, além dessa vida! - alisa meu rosto.

Sorrir e levantei pra ir tomar banho.

Quando sair do banheiro, sentei na cama pra abrir o presente do meu pai.
Era uma pulseira linda. Eu sempre gostei de pulseiras e ele sabe disso, não é atoa que me deu uma delicada e prata.

Não suporto nada dourado...

E no final daquela noite, além de me formar, eu havia feito algo que jamais pensei ser possível: me reconectar com uma parte de minha vida que, por muito tempo, parecia perdida.

E no final daquela noite, além de me formar, eu havia feito algo que jamais pensei ser possível: me reconectar com uma parte de minha vida que, por muito tempo, parecia perdida

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Nossa conexão // Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora