Capítulo 18

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— Desculpa? — perguntou Minho, o coração a murchar quando o mais novo percebeu a mudança repentina no ambiente. Jisung puxou rapidamente Minho para se sentar ao seu lado, sentindo a necessidade de explicar melhor o que se passava na sua cabeça antes que Minho tirasse as suas próprias conclusões. — Não queres mais trabalhar aqui? — perguntou suavemente, tentando ao máximo não deixar que isso o afetasse mais do que deveria. E lá estava, suspirando, Han abanou a cabeça. Tudo corria tão bem, e agora o rapaz de repente queria sair, o que Minho não gostava nem um pouco.

— Não, Minho hyung, não é nada disso. Eu gosto muito deste trabalho! Só pensava haver apenas duas vagas abertas e que eu não sou exatamente a melhor escolha, por isso, razoavelmente, não acho que seja a melhor ideia continuar a trabalhar aqui quando, bem... preciso de me concentrar num emprego a longo prazo — explicou Jisung, segurando ligeiramente a mão do mais velho para mostrar que isso não tinha nada a ver com ele. O chefe manteve o rosto o mais neutro possível, mas sabia que os seus lábios se tinham curvado um pouco para baixo; não conseguia fingir que não estava triste com a notícia.

Minho não podia dizer que não entendia de onde Han vinha, mas isso não tornava a situação menos chocante.

— Não te menosprezes assim, Jisung. És um ótimo trabalhador, és inteligente e é agradável trabalhar contigo — disse Minho, fazendo o mais novo rir. Era bom ouvir palavras tão doces, mas Jisung era realista, e palavras doces eram apenas palavras doces.

— Foi só um pensamento, honestamente. Algo que quis partilhar contigo porque não queria que ficasses surpreendido se eu acabasse por sair mais cedo. Mas, é claro... isso não tem de significar que eu deixaria de te ver... mas isso é outra questão — Jisung afastou esse pensamento por enquanto. — Eu só fico de olho em outras oportunidades de trabalho, é só isso... por agora.

Minho olhou para a sua mão antes de trazer a atenção de volta para o estagiário.

— Tens uma possibilidade de ser escolhido — murmurou Minho, quase inaudível. Não queria que ele perdesse a esperança tão rapidamente, mesmo que isso fosse um pouco egoísta da sua parte.

Jisung estava prestes a negar, mas ao ver o olhar no rosto de Minho, decidiu apenas acenar com a cabeça, já que nada estava decidido ainda. Ele não queria que Minho sentisse que a sua decisão era pessoalmente influenciada de alguma forma, mas o que tinha de acontecer, simplesmente aconteceria. Jisung nem sequer tinha a certeza se iria sair ainda.

— Obrigado, Minho hyung — respondeu gentilmente.

— Na verdade, eu planeava falar contigo sobre uma coisa — sussurrou Minho, baixinho, parecendo querer avançar com a conversa, o rosto a corar ligeiramente enquanto Jisung endireitava a postura, de repente nervoso. — É sobre o... o beijo... — começou, pigarreando enquanto olhava nervosamente para o mais novo. Vamos lá, Minho, agora ou nunca! — Gostavas... gostavas de ser meu namorado?

Meu Deus, isto está mesmo a acontecer? Jisung sentiu que ia desmaiar, engasgando-se com as palavras enquanto se inclinava para a frente com o rosto vermelho. Ao recompor-se, viu que Minho aguardava pacientemente a sua resposta.

— Sim — respondeu rapidamente, com os olhos arregalados enquanto puxava o mais velho para um abraço apertado. — Nem imaginas o quanto me alegro por teres falado sobre isso — admitiu, coçando a parte de trás do pescoço.

— Estou tão feliz que tenhas dito que sim — Minho riu, soltando um suspiro de alívio enquanto levava a mão de Jisung ao rosto, beijando-a enquanto se aproximava, mantendo ainda assim alguma distância. — Posso... será que posso...? — a hesitação foi interrompida pelo abrir da porta da sala de reuniões, o som fazendo com que os dois olhassem rapidamente.

His Intern - Minsung [Tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora