> ÉPOCA
> EM ANDAMENTO
Em uma galeria, um artista sensível se encanta ao ver um jovem ômega admirando sua pintura vibrante. A conexão entre eles vai além da arte, revelando suas almas e memórias. Durante a conversa sobre a beleza da natureza e a ex...
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𝐴cordei naquela manhã com o coração pesado e a mente inquieta. Espreguicei-me, tentando espantar a sensação de ansiedade que me acompanhava.
A noite anterior foi marcada por pensamentos sobre Felix, e eu não conseguia tirar o jovem da cabeça. Aquela coisa que senti na galeria ainda estava viva em minha memória, e a ideia de um possível romance me deixava animado e nervoso ao mesmo tempo. Contudo, eu sabia que precisava respeitar o espaço de Felix e dar tempo para que as coisas se desenrolassem naturalmente.
Após me arrumar, desci para a cozinha do meu castelo, onde encontrei Changbin já tomando seu café da manhã. Meu irmão estava profundamente concentrado em um livro, mas levantou a cabeça ao ouvir o barulho da porta. Ele ama meu palácio, só pode.
- Mais ou menos - respondi, pegando uma xícara de chá. - Estive pensando muito sobre o Felix.
Changbin ergueu uma sobrancelha, curioso.
- Ah, o garoto da galeria? O que está acontecendo entre vocês?
- Eu não sei ao certo. Sinto que há alguma coisa, mas ao mesmo tempo, quero dar espaço a ele. Não quero apressar as coisas. - Hesitei antes de falar, tentando encontrar as palavras certas.
- Faz sentido - Changbin concordou, tomando um gole de seu café. - Às vezes, o melhor a fazer é deixar as coisas fluírem. Mas você deve falar com ele, não ficar apenas sonhando acordado.
- Eu sei, eu sei - respondi, suspirando. - Mas tenho tanto em mente. Além disso, temos a viagem para Goguryeo daqui a três dias. Não sei se seria apropriado me envolver mais com ele agora.
Changbin assentiu, entendendo a situação.
- Sim, é verdade. Temos assuntos sérios para tratar com o hyung. Ele sempre esteve em defesa do reino e, agora que você e eu estamos indo, precisamos estar preparados para ajudá-lo tanto quanto ele já nos ajudou. - Changbin assentiu, entendendo a situação.
Olhei pela janela, perdido em pensamentos. Bang Chan, o mais velho dos primos, tinha ficado com o reino de Goguryeo, conhecido por seu exército forte e sua posição estratégica. Chan sempre foi um defensor feroz do seu reino e tinha um espírito guerreiro que eu admirava. Eu e Changbin tínhamos algo importante para discutir com ele, e a pressão da responsabilidade pesava sobre nós.
- Você acha que o hyung vai estar disposto a nos ouvir? - perguntei, um pouco apreensivo.
- Ele sempre se preocupa com a família, e sabemos que a situação em Goguryeo está se tornando complicada. Ele não pode ignorar a nossa necessidade de ajuda - Changbin respondeu, firme. - Precisamos ser claros sobre o que precisamos.
- É verdade - concordei, embora uma parte de mim estivesse mais preocupada com o que deixaria para trás em minha vida pessoal. O que aconteceria com eu e Felix durante minha ausência? Eu me afastaria completamente, ou haveria uma oportunidade para que nos encontrássemos novamente quando voltasse? Seriam quase quinze luas fora.
