HANABI ▪ Hyunlix

▪ 24

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   — 𝐸u juro que ele é calmo, querido. Pode fazer carinho se quiser! — disse Hyunjin, passando a mão pela pelagem escura de seu cavalo, Kammi, que fechou os olhos em prazer ao sentir o toque suave do seu dono.

Felix estava um pouco afastado, encostado à beira da porta do estábulo, um lugar que nunca tinha visto antes. O ômega não tinha muita proximidade com animais de grande porte, como os cavalos. O máximo que havia chegado perto foi de um jegue que carregava a carruagem de seu tio, mas isso era diferente.

Ainda mais quando o assunto era o cavalo daquele alfa. O animal era gigantesco, com os pelos pretos e a crina não era diferente; o bicho era terrivelmente amedrontador do ponto de vista do loiro.

Mesmo com todo esse tempo juntos, era apenas agora que Felix estava conhecendo um lado apaixonado e obcecado por cavalos de Hyunjin. O namoro tinha ido tão bem, eles pareciam cada dia mais felizes e empolgados em conversar sobre o futuro. Certamente não era um relacionamento de ocasião, pois eles se amavam e realmente queriam mais que isso. Eles viam um futuro um do outro, e claramente estavam juntos nessas visões.

O alfa não entendia por que seu ômega ficava tão assustado com o animal. Será que ele não via o tamanho de seu cavalo? pensou Felix.

— Hum, vem cá… — Hyunjin se aproximou do mais baixo, com um biquinho fofo nos lábios, segurando as duas mãos do outro e puxando-o levemente para mais perto de Kammi. Lee mostrava desinteresse e recuava levemente, virando o rosto para o lado oposto do animal.

— Não. — disse seriamente. Isso não era muito comum com Felix; ou ele estava muito animado ou muito triste chorando. Nunca havia meio termo, nunca sério. — Seu filho vai me morder.

— Ele não faz isso, mesmo você sendo tão saboroso. Não vou deixar que ele te morda. — Brincou, arrancando uma risadinha nasal do menor.

— Não fala assim, fica bastante pervertido.

— Sabe que não estou falando dessa forma, eis que ainda não nos casamos, meu querido. — Hyunjin voltou a puxar a mão do de olhos azuis, que se deixou levar.

A cada segundo que passava, o coração de Lee acelerava cada vez mais, mas ele tentava não demonstrar isso. Ele se inclinou próximo a Kammi e colocou sua mão pequena sobre a pelagem preta do cavalo. O animal pedia por mais contato e começou a se aconchegar na mão do ômega, que ainda estava assustado, mas mantinha um lindo sorriso no rosto. Ele passava a mão pela extensão do pescoço de Kammi, sentindo a maciez e o brilho do animal.

— Está vendo? Ele parece gostar de você.

— Ele é um fofo, realmente adorável. Certamente é mais bem tratado que eu! — brincou, afagando a mão pela crina brilhante.

— Eu não posso negar que tenho um grande carinho por esse aqui. Eu o ganhei de meu avô quando ainda era pequeno; depois disso, esse grandão aqui se tornou muito importante para mim. — Passou a mão sobre o focinho do animal. — Mas, querido, pode ter certeza de que não vou deixar de te amar ou te deixar de lado, certo? Kammi é muito bondoso e pode dividir, não é garotão?

O cavalo relinchou positivamente em resposta.

— Que bom! Tudo bem se dividirmos, Hyun, mas não prometo que jamais terei ciúmes. Em algum momento, ficarei bravo com Hyunjin por sua culpa. — Passou os dedos na crina, como se estivesse a pentear um cabelo.

— Olha a encrenca que você me meteu, Kammi!

Mais alguns minutos se passaram assim, com as mãos passando pelo cavalo e fazendo carinho nele. Eles conversaram sobre os animais, sobre como o dia estava bonito e até foram ver outros cavalos no estábulo, afinal, Kammi não era o único por ali. E quando estavam saindo do estábulo, deram uma passada pelo pequeno lago que havia no terreno.