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. ˚✧┊𝐹𝐸𝐿𝐼𝑋

𝐻oje é a última chance do innie.

A luz da manhã entrou pela janela, e eu me levantei com um peso no coração. O que eu mais desejava era ver Hyunjin, mas a insegurança ainda me consumia. O que eu diria a ele? Como poderia abrir meu coração quando ele estava tão distante, tão envolvido em suas próprias preocupações? Eu não quero ser mais um peso em sua vida, eu não quero atrapalhar ele.

Desci para a sala, e Jeongin estava lá, com um olhar pensativo. A presença dele era um lembrete de que não estávamos sozinhos, mesmo em meio ao turbilhão de sentimentos.

— Você ainda está pensando em como vai contar ao tio? — perguntei, tentando quebrar o silêncio.

— Eu estou, mas… — ele hesitou, o medo evidente em seus olhos. — E se não for a hora certa? Vou deixar para contar na última hora do dia...

— Às vezes, a hora certa nunca chega. Você precisa confiar em seus sentimentos e se permitir ser vulnerável. Você sabe bem das consequências de não contar! — Eu sabia que estava falando mais para mim mesmo do que para ele, mas era a verdade que precisávamos ouvir.

Ele olhou para mim, e por um momento, vi que ele realmente pensava em contar, ele estava determinado, e eu via em seu olhar. Mas logo se apagou toda aquela chama, e eu percebi que ele ainda estava lutando contra seus medos, isso é normal. O que poderíamos fazer para nos libertar daquela prisão emocional?

— Eu só quero que tudo fique bem — disse ele, sua voz mal audível.

Quantas vezes ele já repetiu isso?

Penso

— Eu também, Innie. — O abraço que compartilhamos naquele momento foi um consolo, mas também uma lembrança de que nosso amor pelos alfas ainda estava presente, mesmo que a dor nos consumisse.

O dia passou lentamente, e a ausência de Hyunjin se tornou um peso ainda mais difícil de suportar. Eu queria vê-lo, queria tocar nele, saber como ele estava lidando com suas próprias inseguranças, mas a ideia de que ele poderia estar me evitando me deixava angustiado.

Independente, eu queria estar ao seu nado, o apoiando, dizendo o quão bom ele é, como ele não tem nada em comum com o genitor.

— Hyung, você não quer ir até o palácio? — perguntou Jeongin, quebrando meu silêncio.

— Eu não quero incomodar. Ele precisa de tempo, e eu quero respeitar isso. Ele me pediu tempo. — Mas a verdade era que meu coração ansiava por estar ao lado dele, mesmo que isso significasse enfrentar a realidade de nossos sentimentos. — E, ainda por cima, você tem que contar hoje...

— Você não está incomodando. Você se importa, e isso é importante. — Ele estava certo, e a determinação em sua voz me fez reconsiderar. — Hyungzinho do meu coração, tio ainda não está em casa. Quando chegarmos eu conto.

— Certo. Vamos até o palácio — concordei, e juntos nos preparamos para sair. — Mas é para falar seriamente com tio Lim.

— Certo, certo.

Saímos de casa e andamos pelas ruas da cidade lentamente. Só estávamos tentando aproveitar um pouquinho da brisa que nos cobria.

Ao chegarmos ao palácio, a atmosfera era pesada. Eu sabia que os irmãos reais estavam ocupados, mas a sensação de que algo estava errado pairava no ar. A ausência de Hyunjin era palpável, e eu sentia que o peso da responsabilidade o cercava como uma névoa densa.

— Sabe que Changbin pode não estar aqui, não é mesmo? — digo quando passamos pelos guardas, que sorriram ao nos ver.

— Hum, eu sei. — Diz desamassando o hanbok. — Eu vim aqui por você e Hyunjin. Vocês precisam voltar a ser como eram, ok? As coisas podem não dar certo para mim e Binnie, mas não quero ver você infeliz, irmão.

HANABI ▪ HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora