Capítulo -31- Reunião Entre Família.

376 49 3
                                    

Quase 4 horas para que a reunião com meu pai pudesse começar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quase 4 horas para que a reunião com meu pai pudesse começar. Eu não esperava que ele fosse tão rápido em me chamar para ter uma reunião, depois do que ele fez com Abigail. Eu estava feliz por saber que ela tinha um amigo como o chefe dela; ter alguém como Rhage Mackenzie ao seu lado me dava garantias de que Abigail estava segura.

Aaron estava se recuperando da cirurgia com a enfermeira Moana, e algo me dizia que entre eles poderia acontecer algo. Eu estava feliz porque, a partir de agora, minha família poderia estar indo para o caminho certo, e que meu pai não estava mais perseguindo minha irmã como ele havia feito durante tanto tempo, apenas porque ela não era perfeita em sua visão.

Aos meus olhos, minha irmã era perfeita. Até mesmo o catwalk dela era melhor do que o meu, e meu pai ainda assim dizia que ela não era perfeita. Algo dentro de mim me dizia que tudo isso se devia ao fato de que Abigail era muito parecida com minha mãe.

Aaron era o único parecido com nosso pai: loiro de olhos azuis. Mas, ainda assim, meu pai me amava, e eu era sua filha favorita. Eu sabia que era sua filha favorita e não entendia por que ele insistia em tratar Abigail daquela maneira.

Fechei meus olhos, respirando fundo, enquanto olhava para Juliete, que era minha secretária. Eu não era secretária do meu pai, o que era bom, mas eu era secretária na área da administração da empresa, o que significava que eu poderia saber tudo o que acontecia dentro daquele lugar.

Isso também me mantinha longe do meu pai, e eu tinha tempo suficiente para fazer o que quisesse antes de ter o que dizer a ele. Eu era a filha do grande Anthony Bravo, o terceiro ou quarto CEO mais bem-sucedido de toda Atlanta.

E, ainda assim, minha família não era o que todos achavam. Na mídia, todo mundo pensava que nossos amigos e pessoas mais próximas acreditavam que minha família era perfeita. Mas, na realidade, meu pai fez questão de destruir tudo isso, tudo devido à aparência, à imagem que ele insiste em ter na sua mente.

Juliete: "A sua irmã não te ligou hoje?" Estávamos sentadas em um restaurante, com ela ao meu lado. Claro que era final de semana, então eu sabia que Abigail não estaria aqui. Graças a Deus, ela estaria fora de Atlanta. "Você sempre fica assim quando não fala com a sua irmã."

Ava: "Abigail está passando o final de semana com o chefe dela na mansão dele. Ele já a convidou para passar alguns dias lá para descansar depois do trabalho." Era o que eu queria dizer. Estava realmente com inveja da minha irmã porque ela poderia estar onde quisesse, e meu pai não iria atrás dela, agora que ela tinha um homem de quase dois metros de altura para defendê-la. "Juliete, eu ainda não consigo acreditar que meu pai abandonou meu irmão devido ao acidente que deformou seu rosto. Abigail arcou com todos os custos da cirurgia e jurou que o rosto dele ficaria como era antes."

Juliete: "É por isso que eu digo que o mundo não gira, ele capota." Ela pegou mais uma taça de vinho e olhou para os lados antes de respirar fundo e me olhar. "O seu irmão humilhava demais aquela garota. Ele chegava a dizer até mesmo para as modelos que tinha uma irmã feia porque a menina era gorda. Até mesmo os modelos não gostavam de ficar perto dele devido a isso. Teve que acontecer um acidente com ele e deformar seu rosto para ele entender que aparência não é nada nesse mundo." Ela era uma das minhas melhores amigas, mas às vezes falava muito mais do que devia. "Ele está pagando o preço."

Ela estava certa em dizer isso. Tudo que aconteceu com ele foi para que ele aprendesse que a beleza não era nada, e que nosso corpo ficaria aqui depois disso.

Aaron era um babaca e, nessa altura do campeonato, eu estava feliz porque Juliete estava ao meu lado, mas meu telefone insistiu em tocar.

Juliete: "Quem é?" O meu sorriso morreu quando percebi que era meu pai. Tudo que eu sabia era que esse homem era cruel. Eu era sua filha favorita, mas isso não significava que ele não poderia me machucar se quisesse. "Pela cara que você fez, não precisa nem me dizer, é o seu pai."

Ligação On:

Anthony: "Venha para casa..."

Ele não me deixou nem responder, apenas desligou na minha cara, me obrigando a olhar para minha amiga.

Ava: "Eu preciso ir para casa. Nós podemos voltar aqui amanhã?" Ela apenas balançou a mão para que eu pudesse ir sorrindo. Peguei minha bolsa e fui em direção ao meu carro, saindo do restaurante.

Dizer que eu estava ansiosa e nervosa com a situação era o mínimo. Meu pai nunca me ligou para que eu pudesse ir para casa tão depressa; nem mesmo na cirurgia do meu irmão.

Alguma coisa deve ter acontecido para que ele estivesse tão ansioso assim.

Ao chegar em casa, estranhei ao encontrar uma Maserati estacionada ao lado da motocicleta do meu irmão. Aposto que Abigail ainda não veio buscar e que faria isso assim que voltasse.

Respirei fundo antes de segurar a maçaneta e entrar. E lá estava meu pai, com uma taça de champanhe nas mãos, conversando com um dos seus melhores sócios, o babaca que havia rejeitado minha irmã.

Anthony Bravo sorriu para mim. Nem mesmo parecia meu pai, pois ele não sorria para ninguém. Então ele apontou com a cabeça para Justin Durval, o filho da mãe que ainda estava tomando a taça do champanhe favorito da minha irmã.

Ele sempre fazia isso quando estava aqui, era uma maneira de insultá-la.

Anthony: "Nós estávamos conversando sobre você e sobre sua irmã. Justin ficou muito feliz por saber que sua irmã estava trabalhando na empresa Mackenzie e que, nas próximas semanas, você também vai começar a trabalhar lá com um contrato nosso." Justin tinha quase um olhar sacana nos olhos, que eu não gostei nem um pouco. Eu não suportava estar na presença desse desgraçado.

Justin: "Ava, você está ainda mais bonita do que antes e mais magra também!" Isso me embrulhou o estômago. Era cada narcisismo que eu via e que era obrigada a suportar, o que me deixava enjoada. "Que bom que a senhorita veio se juntar a nós."

Ava: "Não por escolha própria!" Ainda era sábado; eu só precisava de mais um final de semana para ter certeza de que não teria que ficar em casa por mais tempo. "O senhor pediu para eu vir aqui. Posso saber por qual motivo? Eu estava em uma reunião com Juliete."

Anthony: "Sinto muito por atrapalhar sua reunião com sua amiga, mas nós também precisávamos da sua presença para resolver um assunto que já deveria ter sido resolvido há um ano." Eu olhei para Justin Durval, o filho da puta que veio aqui há um ano para rejeitar minha irmã diante de todos e ainda rir da cara dela. Abigail chorou por quase 20 minutos antes de ficar feliz por saber que aquele desgraçado não seria o marido dela. "Nós queríamos conversar com você e eu estava ansioso por essa reunião."

Ava: "O que é um pouco estranho, justo no final de semana. As reuniões são feitas na empresa e não em casa!" Eu só queria encontrar um motivo para sair dali, mas com Abigail fora, eu precisava usar meu irmão. "Nós precisamos ser rápidos porque eu ainda tenho que ir até o centro da cidade. Vou ficar no apartamento da Abigail para cuidar do Aaron."

Eu podia ver a careta do meu pai se formando apenas por alguns segundos antes dele mascarar aquilo mais uma vez. Ele não gostava que eu falasse de Abigail na frente de Justin, como se esse filho da puta merecesse qualquer tipo de educação depois do que ele havia feito.

Justin: "Não vou tomar muito do seu tempo. Acredito que seu pai tenha tido uma ótima ideia para que nós pudéssemos conversar." Olhou para meu pai, que apenas afirmou com a cabeça, e só por saber disso, já me dava embrulho no estômago.

Justin Durval era aquele tipo de monstro que sabia o que fazia para machucar as pessoas eu não gostava de estar nem mesmo no ambiente que ele ou de respirar o mesmo ar porque sei que ele é tóxico e agressivo, alguém que eu não quero por perto.

Anthony: "Justin queria assinar outro contrato conosco, depois que assinamos um contrato com a empresa Mackenzie. Acredito que nossas fortunas vão aumentar ainda mais." Eu não estava gostando do rumo que essa conversa estava tomando, porque tudo com meu pai era isso: trabalho, até mesmo em nossas vidas. "Com você trabalhando naquela empresa, isso quer dizer que podemos finalmente ser uma grande família." Ele olhou para Justin e levantou a taça de champanhe. "Justin Durval veio até mim pedir a sua mão em casamento."

Meu CEO Monstro.Onde histórias criam vida. Descubra agora