Capítulo 31 : Quatro...

6 1 0
                                    

Adam Grey

Respirei fundo sentindo o sol que brilhava intensamente bater contra minha pele enquanto eu me preparava para entrar no campo. Eu não gostava de jogar futebol, na verdade, se eu pudesse nunca teria pisado em qualquer campo. Mas ainda sim eu sempre me dediquei ao esporte pois eu sabia que essa era minha única chance de conseguir uma bolsa na faculdade. Pois tudo que minha mãe me deixou foi uma pequena parte da empresa e eu preferia qualquer coisa a me submeter a trabalhar com meu pai.

Balancei a cabeça tentando afastar qualquer pensamento que tivesse a ver com o meu pai. Aquele era um jogo importante. Um time de fora da ilha havia vindo para competir com o nosso time e eles eram bem mais fortes que nós. Então eu teria que dar tudo de mim naquele campo.

Olhei para o outro lado do campo vendo Sienna sentada junto com os outros professores e coordenadores. E como se ela pudesse escutar meus pensamentos, seus olhos astutos deslizaram pelo campo até me encontrarem.

Sorri discretamente para ela. Enquanto fingia escutar um dos caras do time falando de como sua namorada era ciumenta.

Sienna disse alguma coisa e então se levantou do seu lugar saindo da arquibancada. E então ela andou na minha direção. Engoli em seco vendo como o vestido azul que ia até os joelhos abraçava suas curvas.

Linda pra caramba.

Com um suspiro resignado desviei meus olhos dela com medo de alguém notasse que eu a devorava com os olhos.

Pela minha visão periférica eu vi quando Sienna passou por mim, indo para dentro da escola. Então rapidamente dei uma desculpa para os caras e segui na mesma direção que ela.

[...]

Sienna Cameron

Antes que eu pudesse alcançar minha sala, duas mãos circularam minha cintura me puxando na direção oposta. Sorri ao sentir o perfume familiar e deixei que Adam me arrastasse.

Ele abriu a porta da salinha de limpeza me puxando para dentro.

Lá dentro estava tudo escuro e mal dava pra se mexer pelo espaço reduzido, era quase do tamanho de um armário. Mas Adam rapidamente ligou o interruptor e a luz amarelada e franca brilhou acima de nós.

— Adam! — O repreendi com um sorriso no rosto.

— O que eu posso fazer? Você me provocou!

Sorri rodeando seu pescoço com os braços.

— Eu? — Me fiz de desentendida. — Mas eu só estava indo à minha sala!

— Então você não estava esperando que eu a seguisse? — Ele arqueou uma das sobrancelhas ironicamente.

— De maneira alguma! — Exclamei com uma falsa expressão de ofendida no rosto.

Ele sorriu e então enterrou o rosto no vão do meu pescoço, deixando uma trilha de beijos por todo o local. Fechei os olhos por alguns segundos apreciando o que ele fazia, mas logo puxei seu rosto em direção ao meu sentindo uma estranha necessidade de ter seus lábios nos meus.

Nosso beijo como sempre era urgente, mas dessa vez era lento e erótico. Como se estivéssemos saboreando cada mínimo detalhe um do outro. Eu não sabia como, mas a cada vez que eu beijava Adam parecia ser melhor do que da última vez.

E apesar de eu desejar permanecer imersa nos seus lábios para sempre, logo nos afastamos pois sabíamos que não tinha como ir além, já que ele estava prestes a entrar em campo.

Ainda ofegante pelo beijo perguntei.

— Ansioso pelo jogo?

Ele bufou revirando os olhos.

Sentimentos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora