treize.

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Meus amigos tentavam falar comigo, mas eram tentativas falhas. Tudo que eu ouvia eram zumbidos e o som abafado da música. Minha atenção estava inteiramente em Melissa, ela estava me hipnotizando.

— Circulando galera, Ríos tá em outra dimensão. – Voltei a escutar o que eles falavam quando Caio deu um tapa em minha nuca.

— Filho da puta. – Devolvi o tapa no garoto e tomei um gole do whisky que peguei no bar.

— O nome dessa dimensão é Melissa. – Piquerez diz com seu sotaque arrastado que chegava até ser engraçado. — Esse maloqueiro com uma menina bonita dessa e continua dando atenção para chata da Natalie.

— O nome dela é Natália. – revirei meus olhos. — E eu não dou atenção para ela.

— Só deixando avisado que se essa merda respingar na Melissa eu vou te desmaiar na porrada. – Veiga deu um tapinha em meu ombro, como se estivesse me intimidando.

— Já é, seus merdas. To' morrendo de medo. – Me esquivei deles e andei até a pista que Melissa estava ainda dançando.

— ... Oi, gatinha. – Coloquei minha mão livre na cintura da garota e prendi a risada quando ela levou um sustinho que chegou a levantar os ombros. – Vem sempre aqui?

— Cara, não sei por quê te dou ideia. – A garota se virou para mim e passou seus braços por cima de meus ombros. — Primeira vez aqui e você?

— Parei de frenquentar aqui um pouco porque não tinha beldades feito você. –  Passei a mão pelo cabelo dela. — Paixão, você tá' tão bonita que dá pena tirar esse seu batom vermelho. Você trouxe pra retocar?

— Abandonou o rabugenta? – A garota sorriu e se aproximou um pouco mais para dar uma mordida fraca na ponta da minha orelha. — Pode borrar, o batom tá na minha bolsa.

— Você não está tão rabugenta mais. – Deixei um selar em seus lábios. — Quero aproveitar com você essas últimas horas antes de ir pra Colômbia.

— Você vai amanhã à noite mesmo?

— Queria falar infelizmente, mas estou ansioso pra ver minha família e amigos. – Percebi a garota ficar um pouco mais tensa e levei minha mão até sua nuca. — Aí você fica na minha casa e me leva pro aeroporto.

— Vão ficar falando sobre a gente e eu já estou cheia de comentários chatos. – Suspirou e começou a fazer carinho no meu cabelo próximo à nuca. — Eu posso ficar na sua casa, mas não ir ao aeroporto.

Apenas concordei com a garota, me aproximando ainda mais do seu rosto para poder enfim começar o beijo. Segurei a cintura fina da garota, puxando-a para mais perto. Era incrível a sensação da boca dela na minha.
Melissa arranhava minha nuca enquanto sua língua dançava dentro da minha boca, o que me causava sensações estranhas no peito e na barriga.

Consegui por segundos esquecer que estávamos no meio de uma pista, onde tocava funk no volume máximo.
Tirei a mão da bunda da garota quando senti outro tapa na minha nuca, vindo dessa vez de Veiga.

— Tira a mão do traseiro da minha irmãzinha. – Revirei os olhos e segurei todos os xingamentos possíveis quando Raphael disse isso com sua namorada, quase perdendo o ar de tanto gargalhar.

— Caralho, vou te pegar na porrada, juro. – Melissa se virou e eu a abracei por trás, colocando meu queixo em seu ombro.

— Deixa ele. – Melissa defendeu seu amigo e deu um sorriso travesso para a Bruna. — Ele não sabe o que a gente faz quando estamos sozinhos.

Mesmo com pouca luz pude ver o rosto de Veiga mudando de cor, ele estava pálido.

— Paixão, você é muito boa. – Afundei meu rosto no pescoço da garota, tentando controlar a risada.

— Vocês são uns monstros.  – Raphael saiu puxando sua namorada para outro canto da boate.
E eu aproveitei para virar a garota para mim de novo.

— Vou ficar com saudade. – Passei a mão no rosto da garota, falando com toda sinceridade.
Por mais que a gente não tenha nada, eu considero muito ela como algo. 

— Eu também. – sorriu para mim e deixou um selar rápido em meus lábios.

inefável ; richard rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora