cinq.

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[20:48 p

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[20:48 p.m – Uma semana depois.]

Quando Melissa disse que não ia me aceitar em seu instagram, pensei que a garota estivesse brincando e se fazendo de difícil só naquele momento. Mas não, ela realmente não me aceitou.
Implorei de joelhos para Veiga me passar o número dela e quando finalmente consegui, ela me bloqueou no whatsapp no momento em que eu falei que era eu quem estava mandando mensagem.

Faltava um pouquinho mais que dez minutos para o começo do jogo contra o Flamengo e nós estávamos terminando nosso aquecimento no campo.
Já tinha visto Melissa na arquibancada contrária e infelizmente ela estava linda com a blusa vermelha e preta. A garota acenou pra mim assim que me viu no campo e beijou o escudo de sua camisa, e eu apenas pude rir, disfarçando para que o restante dos torcedores não percebessem que eu estava falando diretamente com ela.

— Hoje precisamos ganhar! Quero que cada um dê o melhor de si, entenderam? É um jogo decisivo e é a final de um campeonato, então perder ou empatar não é opção. – Abel começa com o sermão de antes de todos os jogos, enquanto fazemos uma roda no meio do vestiário, coletando as últimas informações antes do jogo começar.

Seguro a mão de uma menininha loira que parecia no máximo ter seis anos e a acalmo, percebendo que a garota estava extremamente nervosa por causa da multidão que estava no estádio.

— Se acalma, lindinha. – Me ajoelho, ficando da mesma altura da menina. — Fecha os olhos e segura minha mão bem forte, você vai esquecer que tem esse tanto de gente lá.

Me levantei rapidamente por já estar na hora de entrarmos no campo para dar início a partida.
Faço uma reza rápida assim que piso na grama sintética e peço sorte e força para ganhar essa partida tão decisiva.

Ganhamos e agora estávamos dentro do ônibus do clube indo em direção a festa de comemoração

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Ganhamos e agora estávamos dentro do ônibus do clube indo em direção a festa de comemoração.
Apenas conseguir mandar um vídeo para Melissa pelo celular de Bruna e ela me respondeu com uma foto mostrando o dedo do meio enquanto seu rosto estava com lágrimas.

Não sei porque a garota insistia em ficar na minha mente se a gente ainda não tinha nem chegado perto de ao menos dar um selinho.
Mas ela era diferente, viciava e era difícil de decifrar.
Tinha alguma coisa nela como um ímã que me fazia ter mais e mais vontade de me aproximar e tentar descobrir mais dela.

— Tá dormindo caralho? Chegamo já. – Piquerez diz com seu sotaque uruguaio arrastado e me puxa pelo braço para que saíssemos do ônibus mais rápido.

Tomamos banho no vestiário do estádio mesmo e nos arrumamos por lá porque era uma festa íntima, só com os jogadores do times e alguns poucos agregados.

— Bruninha, a rabugenta não vem? – Baguncei o cabelo da loira, que me xingou e deu um tapa não muito forte na minha mão.

— Ela provavelmente deve estar chorando no quarto pela derrota do timezinho dela. – Veiga responde e abraça sua namorada por trás.

— Deixa eu ligar pra ela pelo seu celular, irmão.

— Caralho, cê é insistente hein colômbia. – Me entregou seu celular e eu segui até um canto da casa mais afastado e menos afetado pelo barulho do som alto que estava na casa.

Procuro o número da morena e o encontro rapidamente.
Ela me atende na segunda chamada do celular e começa falando com uma voz de choro.

— O que é, Raphael? – A garota funga e eu sinto um leve e rápido arrependimento de ter feito o gol da vitória contra o time dela.

— Rabugenta – Nem consegui terminar a frase e a garota me interrompeu.

— Ah não, Richard. Não quero falar com você.

Melissa desligou a chamada e eu segurei minha vontade de dar risada pelo drama da garota antes de discar o número dela novamente.

— Linda, desculpa já é? Eu fiz o gol sem querer. – Cruzei meus dedos e me amaldiçoei por estar mentindo assim e manchando o gol do título.
Mulheres bonitas sempre tem que ser as mais complicadas.

— Por que você me ligou? – Escutei barulhos na chamada como se ela estivesse se remexendo na cama e me apoiei na parede, observando o resto da festa.

— Tá tendo uma comemoração aqui na casa do Abel, quer vir pra cá? A Bruna tá aqui e as namoradas de outros jogadores também. Eu te busco.

— Mas nem fudendo, nem sei caísse um raio na minha cabeça e nem se eu estivesse sendo ameaçada de morte. – Solto uma risada pelo tom dramático da garota. — Se eu ver a cara de qualquer um de vocês agora eu mato.

— Deixa eu ir aí pra sua casa então. – Arrisco e me preparo para ouvir os xingamentos da garota enquanto eu negava uma bebida que tinham me oferecido.

— Você por acaso tá de carro? Raphael me disse que você e o resto do time foram com o ônibus.

— Não, mas eu pego o carro dele emprestado. Ele mora no mesmo condomínio que o Abel mesmo. – Escuto a garota suspirar pelo outro lado da chamada e eu aposto que ela estava pensando se aceitava ou não. — A gente só assiste um filme e eu durmo no sofá de novo porque vou ficar cansado pra ir embora, nada demais.

— Vem rápido antes que eu desista.

Desligou a chamada e eu fui em direção ao Veiga correndo e quase precisando implorar de joelhos para ele me emprestar o carro. Bruna me ajudou a convencer ele, falando algo em seu ouvido que eu não queria nem imaginar o que era.

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trás chocolate e vinho nao, esquece vinho tem aqui

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trás chocolate
e vinho
nao, esquece
vinho tem aqui

madame, desculpa te decepcionar
mas sao mais de meia noite
onde eu compro chocolate agora

?
da teu jeito.

? da teu jeito

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Sorri para o telefone satisfeito e aliviado por a garota ter finalmente desbloqueado meu número e dei partida no carro, indo rapidamente para uma loja de conveniência e depois segui para a casa da morena.

inefável ; richard rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora