trois.

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Senti como se tivessem enfiando facas no meu corpo quando abri meus olhos e a claridade do quarto tomou conta da minha visão.
Me levantei com dificuldade, sentindo uma dor imensa nas costas pela noite anterior.
Fechei as cortinas do quarto e me dirigi até o banheiro, fazendo as higienes pessoais básicas e ajeitando meu cabelo.

Fui até a cozinha, sendo guiada pelo forte cheiro de café sendo feito na hora e ovos fritos.
Encostei na porta da cozinha, tendo a visão perfeita das costas malhadas e tatuadas do moreno de luzes que estava totalmente concentrado cortando um pão.

— Até que a cachorra tem bom gosto. – Observei o garoto tomar um leve susto e apenas segurei a risada, me sentando no banquinho e apoiando o cotovelo na bancada.

— Puta mierda. – Disse se recuperando do susto e me entregou uma xícara de café. — Bom dia, rabugenta.

— Dormiu bem? – tomei um gole de seu café.

— Excelentemente. – Sorriu para mim com ironia e se sentou no banco ao meu lado. — Sabe, eu amo dormir em um calor extremo e com um gato miando no meu ouvido e me arranhando a noite toda.

Soltei uma risada alta e roubei uma mordida do pão dele.

— Mais respeito, tá? Pronome feminino pra minha gatinha Mia.

— Você é tão sem criatividade. – Revirou seus olhos e esticou seu braço até conseguir pegar sua blusa que estava na outra cadeira. — Um gato se chamar Mia é a mesma coisa que um humano se chamar Fala.

— Meu deus, você é insuportável. – Ele terminou seu café rapidamente e se levantou, pegando seu celular e seus tênis que estavam separados em um canto da sala.

— Obrigado pelos elogios. – Me puxou da cadeira e me deu um abraço rápido totalmente em forma de ironia. — Papo tá bom mas preciso vazar, rabugenta.

— Qual a tara em me chamar de rabugenta? Já te pedi desculpa pela forma que te tratei. – Fui até o local onde guardava as chaves da porta e depois o acompanhei até a saída.

— Você é baixa e reclamona. Parece o anão rabugento da Branca de Neve. – Bagunçou meus cabelos enquanto eu o xingava baixo. — Nem um beijinho de despedida, Melzinha?

— Vai sonhando, Colômbia. – O empurrei sem muita força para fora do apartamento e soltei um beijinho no ar, sendo acompanhado por um dedo do meio no final. — Tenha um ótimo dia. – Fechei a porta, ainda escutando a risada do garoto ecoar no corredor e me encostei na porta, com um riso frouxo nos lábios, me amaldiçoando por ter achado aquele momento com ele legal.

inefável ; richard rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora