Capítulo 9: Os Rituais

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No capítulo anterior: O grupo chega às ruínas e são recebidos por goblins, que os atacam, mas acabam por ser vencidos. Thormund agradece a Niah por lhe ter curado as feridas e já confia nela. Lukas e Ezra são enviados para analisarem o interior das ruínas e encontram goblins bebés. Lukas está hesitante, mas Ezra mata-os. Os dois recordam-se como, dois anos antes, passaram numa aldeia onde três crianças tinham desaparecido, levadas por um monstro.

Lukas queria ajudar e Ezra acabara por se deixar convencer. Acabaram por encontrar o monstro num moinho abandonado, com as suas crias e salvam uma criança, de nome Penn Jasks, o único sobrevivente. De volta à aldeia, os dois aventureiros não aceitam um pagamento pelo que fizeram e Penn fica-lhes agradecido por o terem salvado. De volta ao presente, o grupo encontra uma divisão das ruínas com umas escadas secretas, ocultadas por um altar.

Capítulo 9: Os Rituais

- Parece que temos aqui escadas para o desconhecido. O que vamos fazer?

- Vamos explorar, obviamente – respondeu o arqueólogo de imediato. – Quem sabe os tesouros que podem estar escondidos por aí? Uma entrada secreta como essa pode prometer muitas coisas.

- Como prometer sermos atacados no escuro por todo o tipo de monstros – disse Jinny, revirando os olhos.

- Por isso estão aqui, para vencerem os monstros e eu poder completar a minha expedição – disse Mathias, sem se mostrar realmente preocupado. – Vamos deixar aqui o que não for necessário. Levarei a minha máquina fotográfica, claro e o meu bloco, porque nunca se sabe.

- Eu fico aqui – indicou Niah e todos a olharam. – Não quero descer umas escadas para um local escuro qualquer. Estou interessada nas ruínas, portanto ficarei por aqui a explorar.

- Mas e se aparecerem monstros? Estarás sozinha. Pode ser muito perigoso – alertou Lenobia.

- Eu sei defender-me. De qualquer forma, também consigo elevar-me até alguns dos locais por aqui, para me manter em segurança. Vão lá. Eu ficarei bem – indicou a curandeira, com um aceno de cabeça.

- Muito bem. Fica, então. Não te contratei, portanto, não estou a pagar e não faz mal que não nos acompanhes – disse o arqueólogo. - Bom, quem quer ser o primeiro a descer as escadas?

Nenhum parecia realmente entusiasmado, mas Lukas acabou por se voluntariar. Ezra sabia que ele o faria, sempre a pôr-se à frente para que os outros não ficassem em perigo. No entanto, ele era um guerreiro, pelo que Ezra disse que não, seria ele a descer primeiro. Criaria uma bola de fogo, que não só serviria para iluminar o caminho, mas também como defesa. Os degraus eram escuros e algo escorregadios, mas Ezra desceu-os, com cuidado. Havia teias de aranha por todo o lado, mas não eram verdes, como as das lâmias. Lukas desceu logo a seguir a Ezra, preparado para o proteger, se fosse necessário.

- O ar aqui em baixo é pesado, mas não é tão malcheiroso como ali em cima – indicou Ezra. Quase perdeu o equilibro, ao colocar o pé num degrau que tinha um buraco. Lukas, atrás dele, agarrou-o pelo ombro. – Obrigado. Depois disto, talvez precisemos de umas férias, nalgum lugar bonito.

- Será como quiseres – disse Lukas, tanto porque parecia uma boa ideia, como porque regra geral era boa ideia concordar com o que o namorado queria.

As escadas davam para uma divisão pequena, onde não havia nada. Numa parede à frente, existiam três aberturas, aparentemente com ligações a três lugares diferentes. Jinny descera com uma esfera de luz a flutuar junto dela, criada por Niah, antes da featheren ficar para trás. Mathias trouxera uma lanterna, para iluminar o caminho. Os seis membros do grupo ficaram a olhar para a abertura. Mathias, sendo o suposto líder, foi questionado sobre o que queria fazer.

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