Jão Romania, point of view,
São Paulo.— Vamos, Jota! Vai ser legal, cê tá nessa a um mês, um mês é tempo o suficiente para refletir! — Disse Renan puxando meu braço, eles haviam arrumado uma saída de grupo com Pedro e os amigos do mesmo, afinal Alana havia decidido stalkear o garoto e achar a melhor amiga dele uma gostosa, paquerar ela e fazer isso.
— Olha, eu amo vocês, mas vocês me estressam em tantos níveis! Por que vocês não podem simplesmente me deixar viver em paz?! — Perguntei revirando os olhos, enquanto guardava a louça.
— Vai ser bom pra vocês também! Se reverem, perceberem que se amam! — Falou Giovana meio receosa.
— Giovana, quando foi que eu disse que não amava ele?! — Minha questão foi levantada assim que ouvi o absurdo proferido por minha prima, que revirou os olhos.
— Eu nunca disso isso, oh caralho! Só tô pedindo pra tu parar de ser insuportável e sair um pouco de casa! Eu gostei que se entregou a essa ideia de criar umas músicas, álcool e ressaca ficaram ótimas e as outras que não vimos provavelmente vão ser incríveis também, mas você precisa viver! — Respondeu a morena, guardei o último prato e então cruzei os braços.
— Tive experiências o suficiente por esse ano! — Exclamei tomando um tapa na nuca.
— Parou a putaria, você vai e pronto! Cansei de você e esse cinismo, quer falar com o Pedro, mas não manda a porra de uma mensagem! Vai se fuder! — Alana disse irritada e saiu da cozinha, me deixando completamente surpreso.
— Não fode, deixou a menina irritada! — Afirmou a Gio indo atrás da mais alta.
— Caralho, essa é a porra da minha vida e eu faço com ela o que eu bem entender! Se eu não quiser ir, acabou! — Gritei e recebi um dedo do meio da baixista.
— Olha, vai! Se não quiser ficar, vai embora depois de uns dez minutos, ok?! Alana também precisa desse apoio agora, ela tá nervosa conhecendo uma pessoa nova e que combina com ela pela primeira vez! O mundo não é só seus problemas de relacionamento! — Renan deu leves batidinhas nas minhas costas, deixando-me lá na cozinha sozinho.
Ok, talvez eu vá.
[...]
— Eu odeio tanto vocês! — Exclamei entrando no carro. Eu estava vestindo com minha clássica wid leg e uma regata preta com um casaco branco, que vai voltar preto de tão sujo, por cima.
— Não odeia nada, você ama a gente! Se enxerga! — Respondeu Alana dando partida no carro.
Não demorou para chegarmos lá, não sentia vontade de sair ou coisa do tipo, não por conta de Pedro, mas eu nunca tive essa vibe festeiro, comecei por conta da galera que eu era amigo na faculdade e então me afundei no álcool durante muito tempo, meus amigos que me ajudaram a sair disso, hoje em dia bebo muito pouco.
— Tira essa cara de cu, vamos falar com eles! — Mandou Giovana puxando-me pelo braço.
— Eu realmente não sei porque a Vitória deixou vir pra cá! — Eu falo recebendo um olhar de desgosto por parte da mesma.
— Porque ela confia em mim, isso é a base da porra de um relacionamento e você saberia se não tivesse fugindo de um igual o diabo da cruz! — Sussurrou em meu ouvido quando nos aproximamos da mesa.
Estava um clima desconfortável entre eu e o Pedro, nós nos encaravámos e desviamos o olhar várias vezes, deixando uma tensão palpável no ar. Logo eles começaram a se misturar e se enturmar, então decidi que só existia uma opção plausível nesse momento.
Fui em direção ao bar e pedi a bebida mais forte que eles tinham. Para começar bem.
[...]
Bebi o suficiente para me deixar levemente bêbado, mas nunca completamente louco pois não queria estragar o rolê. Uma menina se aproximava, enquanto eu me afastava lentamente.
— Ei gatinho, tá solteiro?! Sozinho aqui no bar... — Ponderou a mulher, parecia uma tigresa atrás de sua presa, que aparentemente nesse caso era eu. Levantei rapidamente do bar.
— Solteiro não, estou saindo com alguém, sabe?! Exclusividade total! — Afirmei com os olhos arregalados.
— O que os olhos não vêem o coração não sente! — Diz a morena levantando lentamente. Meus olhos arregalados ficaram maiores ainda, tenho plena certeza, virei meu copo e sai em direção a minha mesa o mais rápido o possível.
Cheguei lá ofegante, os presentes me encaravam de formas diferentes, meus amigos com diversão nos olhos, os amigos de Pedro confusos e o moreno com raiva. Ok, estamos bem por aqui.
— Viu um fantasma ou uma mulher muito bonita?! — Brincou Alana, tomando um tapa de Malu, que logo foi beijar a mesma sussurrando algo em seu ouvido. Gays.
— Os dois! — Roubei a cerveja da mais alta que estava na mesa e virei como se fosse água.
— Vai devagar, princesa! Ninguém aqui vai cuidar de você bêbado de novo! — Disse minha prima pegando a garrafa vazia de minha mão.
— Vem! — Tófani me puxou e todos gritaram em um coral "ihh". Mandei um dedo do meio enquanto era puxado para fora.
Quando chegamos pude o observar Palhares melhor, ele nunca ficava feio e isso me atormentava. Como conseguia ser tão perfeito?!
— Acorda, João Vitor! — Chamou o outro com um tom de voz irritada.
— Desculpa, me perdi no centro da sua cara bonita, é tão difícil de sair... Mas tudo certo! — Percebi o que falei e logo minhas bochechas esquentaram.
— Se é assim então porque você tava dando mole pra aquela puta no bar?! A gente não tá mais junto?! Cê não mandou mensagem, não fez nenhuma questão de falar comigo durante a porra de um mês! — Disse o mais novo de forma sarcástica e irritada.
— Você também não falou comigo em nenhum momento, eu não tenho que ficar correndo atrás de ti, Pedro! Sabe quantas vezes eu fiquei correndo atrás das pessoas e só tomei no meu cu?! Pois é, você tem que me dar um pouco de valor também! — Respondi tentando disfarçar o quanto estava hipinozado com ele.
— Ok, peço desculpas por isso! Eu gosto muito de você e queria te dar espaço, mas um mês é muito espaço e não te dá direito de flertar com qualquer uma num bar! — Falou Pedro ainda raivoso. Me aproximei dele e puxei sua cintura.
— Fala que me ama! — Pedi e ele me olhou abismado.
— O que?! — Parecia em completo choque.
— Fala que me ama porque eu sei que tu me ama, eu te amo! — Afirmei com um sorriso malicioso puxando sua nuca pra mais próximo de mim.
— Eu te amo, mas ainda... — Interrompi ele com um beijo, um selinho forte que então assim que nossas bocas permitiram, se tornou um beijo forte.
Nossas línguas travavam uma batalha intensa por dominância, enquanto as mãos do outro viajavam por meu pescoço, ombros e nuca, as minhas apertavam sua cintura e seu pescoço.
— Eu falei pra aquela menina do bar que sou comprometido, sai correndo porque ela iria me agarrar a qualquer momento e eu só quero ser agarrado por você! Não aguento mais ficar longe, Peu... — Sussurrei seu apelido e então ele atacou meus lábios novamente.
Sorri durante o beijo. Finalmente em paz.
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Paz irmãos!
Capítulo Revisado
Palavras: 1188
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ᴇᴜ ᴘᴏꜱꜱᴏ ꜱᴇʀ ᴄᴏᴍᴏ ᴠᴏᴄê, au pejão
FanfictionOnde Jão Romania precisa descobrir o que verdadeiramente é. Ou Onde Pedro Tófani parece ser um ótimo começo para isso. "- Você não percebeu que eu te amo?! Minhas veias clamam por você! - Gritou o loiro, enquanto as lágrimas inundavam seu rosto, en...