Eu não preciso te dizer

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Jão Romania, point of view,
São Paulo.

Pedro havia me chamado para ir jantar em sua casa, disse que faria minha comida favorita, nhoque, tomariamos vinho e ficaríamos o resto do fim de semana juntinhos. Vesti um shortinho moletom junto ao moletom que o Tófani havia me dado, o mesmo me pediu pra levar meu caderno e notebook pois tinha uma ideia para músicas que achava boas.

— Eu não vou voltar hoje, mas o potinho já está regulado, ok?! Todos vocês vão ter comida! Alana vai passar aqui amanhã de manhã pra ver se vocês estão bem! Amo vocês! — Dei um beijo na testa de cada gato enquanto colocava a mochila nas costas.

O caminho como sempre foi tranquilo, o moreno me pediu para ir mais cedo para aproveitarmos bastante o tempo juntos. Quando cheguei, nem bati em sua porta, apenas abri com a chave reserva que Palhares tinha me dado e coloquei a mochila no canto do sofá.

— Oi, vida! Tudo bem?! — Perguntei vendo o homem jogado no sofá assistindo sua série favorita. Dei um beijo em sua testa, fazendo ele me puxar rindo, deitei por cima do mesmo que me beijou.

Sentei-me direito em seu colo, sua mãos foram até minha cintura, apertando de maneira forte e as minhas viajaram para seus ombros fortes.

Você tá mais forte, amor! — Afirmou Pedro apertando meus bíceps, ri baixinho continuando o beijo.

Nossos lábios se encontravam em uma união calma, nossas línguas dançavam em pura harmonia, explorando cada canto de nossas bocas, fazendo-nos arfar em satisfação, apertei sua nuca fazendo o moreno gemer baixinho.

Eu tô mais forte, eu quero ser seu homem... — Sussurrei em seu ouvido, Pedro me deitou de forma brusca no sofá, ficando por cima de mim.

E quem disse que você não é meu?! — Perguntou apertando meu maxilar.

— Não sei não... — Respondi, recebendo um beijo forte.

Eu amava provocar ele.

[...]

Estávamos jogados no sofá, eu havia chegado aqui às quatro da tarde e agora eram seis, Tófani deixou um selinho em minha testa e saiu do sofá, já vestido, indo em direção a cozinha, colocando a massa para cozinhar enquanto faz o molho. Me vesti apenas com meu shorts e sentei na banqueta da cozinha observando o moreno sem camisa cozinhando para mim.

— Você é uma delícia, meu deus... Que pecado! — Falei fazendo outro homem rir, pareceu pensar muito e então virou pra mim flexionando o bíceps. — Aí os flashbacks...

— Uma puta mesmo, sinceramente! — Afirmou Palhares olhando para mim fingindo estar desacreditado.

— Você me atiça e não quer que eu responda?! — Brinquei e então ele veio até mim, puxando-me pelo queixo para um selinho dando um sorriso.

— Te amo, meu idiota! — Disse voltando para o fogão.

— Te amo, besta! — Exclamei continuando a observar o homem.

Depois de um tempo admirando meu homem, fui tomar um banho, decidindo não lavar o cabelo hoje, lavei o rosto com meu sabonete antiacne e usei o sabonete de Pedro para o corpo, pois não havia tido tempo de deixar o meu aqui, e secretamente adorava ficar com o cheiro dele em minha pele.

Sai do banho e com a toalha enrolada em minha cintura terminei a skincare, passei o hidratante e então vesti a roupa que tinha trazido para dormir. Quando voltei à cozinha, abracei Tófani por trás, deixando um beijo casto em seu pescoço.

— Cê tá cheiroso... — Sussurrou ele, abracei com mais força sua cintura.

— Você tá sempre! — Falei e o moreno resmungou.

Amo estar com ele assim.

[...]

— E aí ele virou e disse "se pra você tá bom assim, tudo bem, né!" Agindo como se minha música não estivesse boa ainda! Tipo, eu sou péssimo nessas coisas, mas o verso, joga sua verdade toda na minha cara, mas antes de ir embora, eu te impeço, para e me beija com raiva está ótimo! — Disse comendo mais um pouco da massa com o molho maravilhoso que Pedro tinha feito.

— Ele é um filho da puta, como Alana vivi dizendo! Daqui a pouco é demitido! — Respondeu o homem, servindo mais vinho para nós dois.

Continuamos a conversar sobre nossa semana, como estávamos e sobre o quanto sentimos saudades um do outro em momentos peculiares. Como quando ele sentiu meu cheiro na estação de metrô e ficou me procurando ou quando eu achei sua pulseira perdida em meu apartamento.

Tudo era tão simples e fácil agora, sem medo, sem crises, só nos dois, comendo macarrão enquanto conversávamos sobre a vida.

— Ei, João! — Pedro me chamou enquanto eu guardava a louça limpa nos armários. Virei-me pra ele, que obviamente estava de banho tomado a muito tempo, e extremamente cheiroso, vestindo um moletom branco e um shorts azul escuro. Seus cabelos estavam maiores e ele insistia em cortar, mas estava tão lindo.

— Oi, amor! Que foi?! — Estranhei ele ter me chamado de João, mas me continuei encarando ele, que se aproximou de mim mais um pouco.

— Sabe, não sou bom nas palavras como você, mas sei que preciso aprender a falar pelo menos um pouquinho também... Você foi uma das melhores pessoas que apareceu na minha vida durante esse tempo e eu sei o quanto sou difícil e doido, mas eu te amo muito e espero que algum dia eu consiga demonstrar meu amor por ti da maneira mais incrível! — Abracei ele dando vários beijinhos em seu rosto.

— Você já demonstra, minha vida... Você já demonstra... — Disse baixinho em seu pescoço.

Nunca mais deixaria ele escapar.

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Eles crescem tão rápido... Votem!

Capítulo Revisado
Palavras: 915

ᴇᴜ ᴘᴏꜱꜱᴏ ꜱᴇʀ ᴄᴏᴍᴏ ᴠᴏᴄê, au pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora