Pedro Tófani, point of view,
São Paulo.Quatro anos depois...
Jão Romania já era um nome famoso na mídia, o lançamento de Pirata o fez adquirir novos fãs e novas oportunidades. Tudo estava perfeito, faríamos quatro anos de relacionamento e mesmo com nossas brigas, o que fez Anti-Heroi existir, nunca nos deixamos e sempre continuamos a crescer juntos. Parecia que o universo sempre queria saber se realmente queríamos ficar juntos e a resposta era sempre um grande sim.
— Ei, príncipe... Feliz um mês de Pirata! —Chamei ele enquanto o acordava, se espreguiçou e me olhou com um sorriso enorme.
— Bom dia, meu amor! Obrigado, feliz um mês de Pirata pra você também! Tô tão ansioso para começar a turnê! Saudades deles... — Suspirou baixinho, fazendo-me passar a mão em seu rosto. João me olhou de forma intensa.
Aproximei nossas testas, ele me envolveu em seus braços de maneira terna, então atacou meus lábios. Sua boca era sempre suave e macia, me fazia suspirar todas as vezes, como se eu nunca o tivesse beijado. Nossas línguas dançavam em uma carícia suave e desordenada.
— Eles devem estar morrendo de saudades também, eu amo o quanto você é dedicado a eles! Vai ficar tudo bem, vai ser uma ótima turnê! — Falei quando encerramos o beijo.
— Com você e nossos amigos ao meu lado, tudo é possível, até o impossível! — Respondeu me dando mais um selinho.
Sorri e então nos levantamos para mais um dia de ensaios.
[...]
Estávamos no primeiro ensaio da turnê Pirata, todos estavam muito animados e eu estou tão feliz com o barco que havia projetado ficando pronto. Tudo parecia dar sempre certo, por mais que nem tudo desse, o que era pra ser sempre acontecia.
— Aí, tô mortinho! — João se jogou no meu colo, deitando. Dei um beijinho na sua testa suada e ri.
Nunca precisamos revelar nada pra ninguém além de nossos amigos, nunca dissemos que estávamos juntos, pois era nítido. Os fãs tinham suas teorias, obviamente, e alguns específicos já tentaram ultrapassar alguns limites que o Jão sempre reafirmou. Ele não tinha vergonha de mim, nem eu tinha dele, apenas não fazia sentido ficar falando algo já implícito.
Juntos há quase seis anos, não fazia diferença dizer ou não dizer, óbvio que quando um de nós ficávamos enciumados, fazemos uma leve cena, mas nada demais também. Não confirmamos nada e nem negamos nada, pois nem tudo é sobre nosso relacionamento. O Romania teve muitas outras experiências antes de mim, assim como eu tive as minha e tudo bem.
— Você tá lindo! — Ele estava com os olhos fechados e abriu um sorriso, sem abri-los, quando falei.
— Te amo muito! — Respondeu o moreno, sim, finalmente ele tinha voltado pro moreno. Mas vivi dizendo que vai platinar de novo.
— Te amo mais! — Baixei a cabeça o suficiente para conectar nossos lábios em um breve selinho.
— Jão e Pedro de baixo de uma árvore se b-e-i-j-a-n-d-o! — Brincaram a banda, fazendo-nos rir durante o selinho e nos afastarmos.
— Vamos logo que beijar o Pedro não vai mudar que você ainda não pegou as batidas do tambor de A Rua! Anda! — Gritou Malu, meu namorado se levantou, me deu mais um selinho e foi embora. Eu estava com dor hoje, então não estava coordenando tanto, até porque agora trabalhava com eles, na U.F.O, mas deixei Malu coordenar dessa vez.
Mais por insistência do Balbino do que por querer mesmo, mas tudo bem, era sempre bom ver ele sendo feliz no que faz.
Me faz feliz ver ele feliz.
[...]
Um ano depois...
O ano durante a turnê havia passado depressa, e agora fazíamos nosso último show da turnê, um show gratuito no Vale do Anhangabaú, a estrutura estava enorme e o local estava lotado. Tudo estava perfeito, mas João parecia nervoso.
— Ei, o que houve?! Tá nervoso?! — Perguntei sentando do lado dele no camarim.
— Um pouco, é o primeiro show tão grande pra tanta gente... Nunca achei que chegaria até aqui! Tenho tanto a agradecer a todos vocês que nem sei dizer... — Ele se interrompeu respirando fundo, as lágrimas em seus olhos me fizeram sorrir, João, assim como eu, queria chorar de alegria.
— Esse é o primeiro de muitos shows lotados que você vai fazer, Romania! O próximo é o Allianz! Eu tenho certeza disso! Você é incrível e crescer junto contigo todos esses anos tem sido a coisa mais linda e louca da minha vida e não posso deixar se agradecer por tu ter lutado pra me fazer ficar e agradecer a mim mesmo por lutar pra te deixar ficar, acordar e dormir do seu lado nesse último ano, como sempre foi, tem sido incrível! Eu te amo e vai ficar tudo bem! — Afirmei e então o Balbino me abraçou com força.
— Pronto pra entrar?! — Perguntou Lucas da produção, nos soltamos, ele me deu um beijo e foi. Fui para meu posto e vi o show acontecer.
As luzes, ele no palco tão entregue, e então a música sobre sua ex e nossa história, que ainda não estava pronta, tantas coisas que vivemos juntos, chegamos até aqui juntos e tenho certeza que alcançariamos mais coisas juntos. Entramos no palco junto com a família de João para uma comemoração e estouramos champanhe e tudo, quando eu estava saindo senti alguém me puxando.
Olhei para trás e vi o Romania, olhando-me com intensidade. Mirei as pessoas, gritando meu nome e o dele, quando percebi, só tinha eu, João e a banda ansiosa no palco. Encarei o mesmo em dúvida e então ele se ajoelhou, fazendo-me por a mão na boca em choque e as lágrimas começarem a se formar.
— Nunca precisamos nos mostrar demais, mas hoje eu sinto que preciso me declarar pra você na frente de todos eles e gritar o quanto te amo. Me sinto estúpido todas as vezes em que lembro que quase te perdi por inseguranças bobas e ridículas, mas sei que não fui só eu quem errei pra tu não puxar minha orelha depois! — Sorriu enquanto falava, e todos riam e gritavam. Era uma loucura.
— João... — Sussurrei fazendo seus olhos brilharem ainda mais.
— Pedro Tófani, meu amor, a vida com você tem sido a melhor experiência que eu já tive, me ensinou a ter coragem, pois tem que ter coragem pra amar e pra te devolver essa coragem também! Prometo estar sempre aqui e sei que é loucura fazer isso na frente de todo mundo, e você pode dizer não se quiser, mas aceita casar comigo?! Quer dizer, a gente já mora juntos, meus gatos são praticamente... — Puxei ele e beijei, fazendo o público enlouquecer. Beijei ele fortemente, mas não do jeito que eu queria.
— É claro que eu aceito! — Falei olhando em seus olhos castanhos lindos e intensos, o outro me abraçou pela cintura e meus braços foram para seu pescoço.
— Ele aceitou! — Gritou no microfone e fiquei com muita dó de quem tava no áudio agora. Todo mundo começou a gritar e então demos mais um selinho.
Sai do palco extasiado. Minha vida tinha virado de cabeça pra baixo depois que entrei naquele bar e não me arrependo nem por um momento disso.
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Todas essas histórias que escrevo me fazem ter esperança e coragem! Pra se mostrar da forma como eu me mostro aqui, meus sentimentos através dos personagens, desejos, sonhos, é levemente difícil, mas eu amo. Mais uma vez, estarei dando uma pausa para escrever com mais calma e também descansar! Eu não vou parar de escrever sobre eles até segunda ordem! Podem ter certeza disso, por enquanto, esperem por mim, acho que volto em janeiro, fevereiro, não sei!
Capítulo Revisado
Palavras: 1277
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ᴇᴜ ᴘᴏꜱꜱᴏ ꜱᴇʀ ᴄᴏᴍᴏ ᴠᴏᴄê, au pejão
FanficOnde Jão Romania precisa descobrir o que verdadeiramente é. Ou Onde Pedro Tófani parece ser um ótimo começo para isso. "- Você não percebeu que eu te amo?! Minhas veias clamam por você! - Gritou o loiro, enquanto as lágrimas inundavam seu rosto, en...