— Isso aí, até que você não é tão burra – Catra concluiu após eu finalmente desapegar das rodinhas.
Falando a verdade, antes do meu pai falecer eu andava com uma bicicleta comum, sem adotar a prática estranha dele de pedalar com rodinhas. Contudo, me acomodei com a segurança da bicicleta dele, e desde então, sigo com o meu apelido vergonhoso.
— Achei que iria demorar mais
— Catra, eu não pedalei com rodinhas a vida toda. Eu já tenho uma boa ideia de como é — Ela deu de ombros.
— Se você diz, quero ver se dá conta de algo a mais.
Senti meu corpo arrepiar quando ela se aproximou de repente. Dei um pulo de susto quando ela colocou a mão na minha cintura — o que a fez soltar uma risada satisfeita — e sentou-se na parte de trás do veículo.
— Ah, Então foi por isso que você me presenteou com uma bicicleta de dois lugares?
— É claro que sim, eu penso em tudo!
— Então você confirma que fez tudo isso pensando em sair comigo? Quem diria que você seria assim logo comigo, Catra... — Olhei para trás com o canto do meu olho, o suficiente para enxergar o quanto aquela garota ficou vermelha com o meu comentário.
— É claro que não foi por isso, sua idiota — Gaguejou.
— Foi por qual motivo, então? — Ela deu de ombros.
— Só anda logo, Adora!
— Me diga para onde, então.
Ela me olhou sem expressão, até finalmente sorrir sugestiva.
— Eu confio em você.
[...]
Pedalei ali mesmo, pelo parque. Detesto assumir, mas talvez a Catra não seja alguém tão desprezível assim. Ainda não achei uma brecha proveitosa o suficiente para eu tirar as minhas dúvidas, porém ainda não desisti, afinal, tenho um motivo em especifíco para ter aceitado essa "aula" — e sim, talvez esse motivo seja só porque eu sou uma grande desocupada que arranja desculpa para sair.
Aos poucos, fui olhando ao redor procurando algum lugar para parar e conversar com a Catra, tal momento em que finalmente vou perguntar o que eu quero e ir embora, para nunca mais ter que sair com ela.
Tá bom, talvez sair com ela não seja tão ruim.
Parei a bicicleta ao lado de uma árvore, estendendo a toalha na grama e dando espaço para a morena sentar.
— Eai, passei no teste? — Perguntei.
— Sua sorte é que eu sou uma ótima professora, Adora — Rolei os olhos.
— E uma péssima modesta.
— Não deixo de ser uma ótima professora!
— Céus... Por que você é tão insuportável? — Perguntei.
— Não sei. Por que você é tão fácil de irritar?
— Eu perguntei primeiro.
Ela ficou quieta por uns instantes, um pouco pensativa.
— Não sei.
— É sério isso? — Ela sorriu.
— Viu, é muito fácil te irritar! — Dei-me como derrotada, o que foi algo muito agradável aos olhos da Catra e péssimo para o meu ego.
Mais tarde, a mesma pegou sua caixa de som e a ligou, deixando logo em seguida o volume no máximo.
— Catra, o que está fazendo? — Perguntei
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Rivalidade Recíproca - Catradora
Fanfiction"A Catra... Essa garota não me deixa em paz! Eu odeio ela!" O ensino médio é a época em que as responsabilidades surgem rigorosamente. Há a sensação de incerteza sobre o que fazer do seu futuro, e é claro que não foi diferente para Adora. Além de l...