14 - The trip

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Oi genteee
Vim pedir desculpas por demorar para postar esse capitulo, o que acontece é que eu quero ter um futuro mas o ensino médio não colabora.
Eu ando estudando e trabalhando muito esses ultimos dias e acabei não tirando tempo para escrever por aqui, porém ja estou de volta e pretendo estar mais ativa como antes.
Beijoo, amo vcs

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E finalmente, chegou o dia.

Lembro-me de contar até os segundos que se passavam desde a semana passada, quando a minha mãe anunciou a viagem.

Não dormi praticamente nada. A minha mala já está pronta há cinco dias e nem mesmo os meus amigos aguentam mais me ouvir falar disso.

Acordei a minha mãe em um grito inconsciente (que, mais tarde, não resultou em coisa boa) e fui direto para a garagem guardar as coisas no carro.

Durante a viagem, consegui relaxar. Dormi no trajeto todo e só acordei quando estávamos a dez minutos de chegar. De certa forma, foi bom. Acho que eu não suportaria a ansiedade de verificar o tempo todo a estimativa de chegada no GPS aberto no celular da minha mãe.

[...]

Após um pouco mais de três horas e quarenta minutos de viagem, chegamos na entrada de Bright Moon. O (único) lado ruim de viajar é suportar toda essa distância.

Havia uma mensagem de boas vindas instalada em um enorme arco brilhante que, ao atravessar, dava direto em uma vista de tirar o fôlego de uma parte do mar. Ao seu lado, havia um balanço florido e um letreiro com a frase "eu amo Bright Moon" (não é como se essas breguices fossem estragar a beleza desse lugar).

— Uau — Minha mãe disse finalmente. Suponho que essa seja uma das poucas vezes que a ouvi falar durante toda a viagem — Eu não lembrava que era assim...

Quando nos afastamos mais do movimento, abri a janela do carro por completo e coloquei a minha cabeça para fora. Sentir o cheiro fresco dessa cidade junto com o vento levando os meus cabelos realçou na minha mente o significado de viver. Não me importei com o quanto o meu cabelo estaria embaraçado ou se algum carro estiver vindo em alta velocidade, apenas aproveitei aquele momento até a minha mãe brigar comigo.

Mais a frente, passamos pela universidade em que eu tanto sonho em estudar. Ela não é a maior do mundo, mas não deixa de ser um sonho, principalmente para mim.

Chegando no hotel, senti um ar de tristeza ao lembrar que serão apenas dois dias — mas os dois melhores dias do ano.

É inevitável ver tudo isso e não lembrar do meu pai. Me sinto uma criança denovo, só que dessa vez, sem o conforto de seus braços.

Mas tenho o conforto de saber que estou mais perto do que nunca de realizar o meu sonho.

[...]

Hoje o dia foi incrível. Mal chegamos de viagem e fomos imediatamente nos trocar para ir á praia (não, eu não sei de onde a minha mãe tirou tanta energia. Principalmente por se tratar da minha mãe).

O cheiro da areia molhada e a sensação de sentir a água chegar até a altura do meu tornozelo era nostálgico. Não de uma forma triste, mas alegre.

Pela manhã, minha mãe vai conversar com proprietários e ir até apartamentos que pesquisamos em casa. Ela pediu para eu não ir com ela para "aproveitar" a minha viagem. Não sei se aprovei muito essa ideia, mas não achei nada ruim esperar na praia.

Nesse momento é madrugada. O reflexo da lua aparece nas águas cristalinas que estão quase invisíveis pelo horário e é lindo de ver. Estou sentindo a adrenalina de caminhar na areia no escuro que deixa tudo muito mais incrível.

Minha mãe está dormindo, mas eu não consegui. Desci as escadas de fininho e vim parar aqui.

Observar esse brilho se destacar no escuro me fez lembrar da Catra.

Não é o tipo de frase que estou acostumada a formular, mas é a verdade. Seus olhos heterocromáticos que definem seu charme me lembram essa paisagem que estou observando agora. Brilha tanto... E não estou falando do mar ou da lua.

Ela é irritante, mas não deixa de ter um olhar marcante.

[...]

Enquanto eu esperava a minha mãe terminar a reunião, fiquei matando o tempo na parte rasa do mar da praia.

Não vou mentir, a minha mente e atenção estava completamente virada para aquele prédio. Esse ambiente é maravilhoso, mas mesmo assim não demorou muito para eu voltar ao hotel e tomar um banho gelado.

Logo em seguida, ouvi a porta se abrir e fui correr atrás de notícias.

Mas, dessa vez, a situação não parecia boa.

— Filha, senta aqui um pouco

Senti o meu coração apertar e as minhas pálpebras pesarem. Sentei-me devagar e ela fez o mesmo, colocou uma mão tampando a boca e evitou contato visual por um período de tempo.

Até eu ouvir as palavras dela.

— Não vai dar para financiar seu apartamento tão cedo, eu sinto muito. Por causa da alta demanda, os preços subiram absurdamente e no momento não cabe no nosso orçamento.

Senti meus olhos lacrimejarem, ainda mais quando eu estava me esforçando para não derrubar nenhuma lágrima.

Senti que se eu falasse, eu começaria a chorar. Dessa forma, apenas assenti com a cabeça e me tranquei no banheiro.

Adiar sonhos não estava nos meus planos.

Rivalidade Recíproca - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora