22 - Thank you, DT

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— Não tem do que ter medo, Adora. Você mesma disse que já conversou com o DT.

— Eu sei, mas não com o resto do pessoal

Ela rolou os olhos e entrelaçou nossas mãos.

— Relaxa, eles não são como os meus "amigos" da escola — Destacou as aspas com os dedos.

Soube que estávamos chegando pelo som da música aumentando conforme caminhamos. Sabemos muito bem que DT não é o tipo de pessoa que se importa muito com os vizinhos.

Chegamos lá e abrimos a porta por conta própria, não demoramos e fomos logo procurar os amigos dela.

É tão diferente a forma como ela está tratando o nosso relacionamento... Não temos nada sério como um namoro, mas ela já faz questão que eu conheça seus amigos.

— Eai gente — Soltou nossas mãos para cumprimentar seus amigos um por um. Senti que fiquei parada feio uma estátua, por mais falha que seja a minha tentativa de parecer natural.

— Então essa é a Adora? — Uma mulher alta e musculosa perguntou. Tenho a sensação que conheço ela de algum lugar — Saiba que essa garota não para de falar de você...

— Huntara! Não tinha necessidade disso... — Dei um sorriso quando notei que a Catra realmente se envergonhou.

— Aí, gente. Essa aqui é a Adora.

Aos poucos, fui cumprimentando e conhecendo um pouco cada um, até chegar no único conhecido da roda.

— Eai, DT. Como você está?

— Adora! Finalmente... Senta aqui — Deu batidinhas na parte livre ao seu lado do sofá.

Catra viu a situação e não deixou de destacar a sua risada.

— Qual é a graça? — Perguntei

— Nada... Vou buscar um pouco de bebida, você quer?

— To de boa.

Olhar para ela agora, me faz lembrar do que aconteceu — ou quase aconteceu — no meu quarto mais cedo. Não sei dizer se aquilo significou para Catra tanto quanto significou para mim. Ela já deve ter feito esse tipo de coisa com alguma garota, mas eu não.

— Ela está tão apaixonada por você que me dá ânsia — DT disse.

— Você acha? — Ele riu.

— Quem pediu?

Olhei confusa e a minha lerdeza impediu que eu interpretasse por conta própria.

— Pediu o quê?

— Meu Deus, Adora — Bateu a mão na testa — Quem pediu em namoro, é claro!

— Ah, nós não estamos... Quero dizer, não sei se ela está pronta

— Você está brincando? — Perguntou — Ela gosta de você desde muito antes de você cogitar uma amizade. Agora que vocês tem alguma coisa, eu nunca a vi tão feliz — Aumentou um pouco o tom de voz, e eu não fui capaz de dizer nada.

— Adora, a Catra é uma das minhas melhores amigas e ela gosta muito de você. Não faça nada que a machuque.

— Então... Você acha que ela está pronta para... Digo, você acha que ela aceitaria...

— Céus... Como a Catra aguenta essa sua lerdeza? É mais fácil fazer essa pergunta para você do que para ela!

Mais tarde, Catra apareceu com o copo apenas na metade. Ela disse mesmo que não ia beber muito, então dei um sorriso quando a vi.

Rivalidade Recíproca - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora