*CUIDADO, CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO!*
Descendo as escadas, Eliz respirou fundo, colocou um sorriso no rosto e adentrou a sala.
— Oi, querida!
A menina, sentada no sofá, se levantou com outro sorriso no rosto. Vestia uma saia e camiseta de botões, nos pés, sapatinhos com meias e novamente, uma boina, agora xadrez.
— Oi, dona Elizabeth!
Se cumprimentaram.
— Tudo bem?
— Sim, tudo perfeitamente bem. Obrigada pela oportunidade de estar aqui, e inclusive, a sua casa é magnífica!
Estava empolgada, Eliz via, qualquer um podia notar.
— Não tem de quê, e obrigada pelo elogio. Também adoro essa casa, os meus pais tinham um bom gosto, não mexi muito no que deixaram.
Olhava para cada cantinho do lugar.
— Vamos para um cômodo mais reservado, não quero que ninguém nos interrompa.
— Claro...
A acompanhou até uma sala perto da porta onde dava entrada para o lugar preferido da mulher. Um imenso sofá branco e duas poltronas da mesma cor chamavam a atenção pelos detalhes dourados. O tapete em frente à grande lareira deixava o clima mais aconchegante. A sala não tinha muita decoração, a não ser os grandes quadros nas paredes pintados por antigas presas.
— Sente-se, querida.
Charlotte se sentou no sofá, cruzando as pernas por estar de saia, ainda um pouco tímida e nervosa pelo que vinha pela frente. Tinha com ela uma bolsa, um caderno e um gravador.
— Irei pedir um chá para mim, aceita?
Eliz perguntou, ainda em pé.
— Sim, obrigada.
Ana já a esperava ao lado de fora do lugar, foi até ela.
— Todas as portas estão trancadas?
— Sim, senhora, todas.
— Ótimo, mande os seguranças entrarem e assumirem seus postos, traga chás para nós duas, mas no dela não exagere no sonífero, não quero que a apague, só a deixe lenta.
— Sim, senhora.
Voltou a sala.
— Pronta, Charlotte?
Colocou novamente o seu grande sorriso no rosto.
— Sim, estou.
Eliz se sentou ao seu lado.
— Preparei algumas perguntas, Dona Eliz, se não quiser ou não gostar de alguma, eu vou entender.
— Certo... Irá gravar?
— Si-sim, algum problema?
Franziu o rosto.
— Não, só que ainda não o ligou.
— Oh, sim... é claro, desculpa.
"Realmente muito nervosa", Eliz pensou. O ligou e pôs na mesa de centro.
— Bom... hoje, eu irei entrevistar Elizabeth Winter, também conhecida pelos mais íntimos, por Eliz.
A mulher sorria para a menina.
— Como é para a senhora ser uma estrela em ascensão e nunca ter parado de trabalhar? Sempre tem brilhantes ideias.
— Obrigada, é um prazer estar aqui com você, Charlotte. Bom, eu adoro o meu trabalho, vivo dele e para ele, não me canso de trabalhar. E acho que o sucesso, é fruto do meu esforço, me sinto extremamente orgulhosa de tudo que criei.
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Todos os olhos em mim | Dark
ChickLitDARK!!! 18+ Na década de 60, os Winters, um prestigiado casal, dominam o mundo artístico, ajudando jovens talentos a ingressarem nesse mundo com um preço alto a se pagar por seus sonhos. Há séculos, a família esconde segredos sombrios sob a enorme m...