13. Começo

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*CUIDADO, CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO!*

Eliz acordou cedo, vestiu uma boa roupa, colocou os seus saltos e desceu para tomar o seu café. Seu esposo dormia, ontem foi uma longa noite para ele.

— Bom dia, Margarida!

Disse para a menina entrando na sala de jantar com o seu café.

— Bom dia, senhora.

A mulher tinha um grande sorriso, era um grande dia. Charlotte ia finalmente se juntar às outras e a mulher iria poder começar a usar a sua nova presinha.

— Mais tarde, prepare uma bandeja de café para Charlotte, pode exagerar, aliás, deve, quero que tenha uma boa primeira refeição lá dentro.

— Sim, senhora.

Margarida ficou em pé esperando a mulher terminar. Eliz tomou um chá e comeu algumas frutas, não queria prolongar sua ida.

— Faça o que pedi, daqui a duas horas, desça.

Assentiu e saiu. Eliz limpou a sua boca e foi ao encontro de sua nova menina lá embaixo.

Entrando no cômodo, a menina logo se levantou.

— Bom dia!

Charlotte torcia muito para aquele dia ser realmente bom e sair dali.

— Bom dia... senhora.

Não conseguiu dormir, sentia tanto medo que o seu corpo não conseguia descansar.

— Preparada?

Como nunca antes.

— Sim, muito, senhora!

Deu até um singelo sorriso e Eliz ficou ainda mais empolgada.

— Ótimo! Sabe das regras básicas e sabe também que podem ocorrer punições caso não as siga, não é?

— Sim, senhora.

Odeia pensar na mulher a tocando de qualquer forma.

— Saiba que ainda pode voltar para cá.

Só de pensar em passar mais uma noite alí, prefere a morte.

— E-eu não quero, nunca mesmo, farei de tudo para não voltar!

— Assim espero.

Eliz se aproximou, tinha as chaves do cadeado da corrente que prendia a menina, nas mãos.

— Tenha juízo, Charlotte, não tolero desobediência alguma.

Assentiu, estava tão ansiosa para sair dali que aceitaria qualquer coisa. A mulher olhava para a menina, ela tinha o olhar de desespero, estava péssima, nojenta, não parecia aquela menina bem cuidada que vira em sua casa há algumas noites.

— Quero que prometa que será realmente minha, me servirá do jeito que eu bem entender e irá se entregar de corpo e alma.

Respirou fundo, prometeria qualquer coisa naquele momento.

— Eu irei, senhora, pro-prometo.

Eliz se abaixou, abriu o cadeado e Charlotte puxou seu pulso para si, o massageando, doía bastante, estava bem vermelho.

— Vamos, me acompanhe.

Se levantou. A mulher não tocou e nem pretendia tocar na menina naquela situação em que se encontrava. Saíram do lugar e logo entraram no refeitório pela porta vermelha, estava vazia, ainda era cedo. Charlotte olhava deslumbrada para o lugar colorido.

— Aqui é onde vai comer no futuro, junto com as outras.

A menina pensava em como parecia o refeitório do jardim de infância de qualquer escolinha, era estranho, mas tinha um certo conforto alí. Logo saíram e passaram pela porta laranja onde ficavam os quartos.

Todos os olhos em mim | DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora