20. Muito bem.

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*CUIDADO, CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO!*

Eliz se arrumava em seu closet, o motorista já havia saído para pegar a menina. Vestiu um vestido preto básico e um salto da mesma cor, não quer que note que se arrumou só para ela, mas quer que a veja bonita.

Depois de um tempo, desceu, Margarida estava a postos na porta de entrada à sua espera.

— Como está Charlotte?

— Dormindo, a febre começou a baixar.

"Ao menos isso, péssimo dia para ficar doente", Eliz pensou.

— Ótimo. Algum sinal deles?

— Ainda não, senhora... sem novas notícias.

— A mesa já está posta?

Estava ansiosa.

— Está sim, tudo pronto, senhora.

— Certo, siga as regras à risca ou sabe o irá lhe acontecer.

O corpo da menina tremia.

— Si-sim, senhora.

Eliz olhou para Margarida, não parece mais a mesma desde que começou a trabalhar, mudou, de uma forma que a agradava muito, está mais vulnerável.

— Te fez muito bem perder a mãe.

A menina olhou para a mulher não acreditando no que havia escutado.

— E a melhor coisa que fiz foi ter trocado aquele seu uniforme horroroso, era péssimo não te enxergar no meio de tanto tecido.

A menina deu um pequeno sorriso, completamente falso, a odiava com todas as suas forças. Nesse uniforme, ela mal podia se mexer, era constrangedor o tempo inteiro.

— Vestindo algo por baixo?

— Não, senhora... como mandou.

A mulher levantou o uniforme expondo a bunda perfeitamente redonda da menina e deu um tapinha a fazendo dar um pequeno pulo pelo susto, ficando extremamente desconfortável.

— Muito bem!

Sorriu e se aproximou de seu ouvido.

— Nunca pense em mudar, é minha, segue as minhas regras.

Sussurrou firmemente. A menina segurou o choro e o doloroso nó na garganta.

— Sim, senhora...

— Pode abaixar, eles chegaram.

Rapidamente obedeceu. Pela janela, viu o carro entrar no terreno, fez a volta no enorme jardim da entrada e parou em frente onde estavam. A porta foi aberta revelando a menina que vestia um vestidinho curto, rosa e de alças, desenhava bem o seu corpo em frente ao carro. "Tão linda" Eliz pensou.

— Oi, querida!

Eliz disse da porta e a menina subiu as escadas correndo até ela.

— Oi, dona Eliz.

A abraçou forte.

— Fez boa viagem?

— Sim, foi incrível!

Tinha um sorriso gigantesco em seu rosto.

— Ah, Ótimo! Vamos, entrem, deixe que a sua bagagem eles tiram.

Entrou, e a menina a acompanhou impressionada com cada canto do lugar.

— Sua casa é linda, dona Eliz!

— Obrigada, também a acho linda. Com fome?

Olhou para ela.

— Um pouco, mas não precisa se preocupar...

Todos os olhos em mim | DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora