10. Oh, querida...

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*CUIDADO, CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO!*

Comeram e beberam enquanto conversavam, de tempos em tempos Margarida era chamada e, com isso, pirraçavam ainda mais a Eliz, eles não se cansavam. A menina estava um pouco perdida, não entendia o porquê das risadas ou o porquê de chamarem ela para coisas tão desnecessárias.

— Margarida! Preciso de um novo guardanapo, não gostei desse.

Monalisa disse e ela entrou de volta no lugar, sentindo os olhares e os risos quase não contidos por eles.

— Sim, senhora... irei pegar outro...

Antes de dar o guardanapo à menina, o deixou cair no chão de propósito. Tinha um grande sorriso no rosto.

— Oh, pegue do chão.

Disse cinicamente e Margarida se abaixou.

— Não, fique de joelhos para pegá-lo.

Respirou fundo e olhou para Eliz.

— A obedeça, menina.

Assim fez, se ajoelhou, pegando o guardanapo do chão.

— Muito bem.

Mona disse rindo. Margarida logo saiu constrangida.

— Já a fez ficar de joelhos ou é a primeira vez dela?

Olhou para Eliz.

— Cale a boca, Monalisa.

Sorria com aquilo, mas, no fundo, o que sentia era verdadeiro, queria a menina, mas não devia.

— Margarida!

— Lucca!

Eliz disse franzindo o cenho e todos riram.

— Sim, senhor?

A menina entrou de volta com outro guardanapo, entregando a Monalisa.

— Ao menos que eu a chame, menina, não precisa vir mais, agora saia... vá!

Assentiu e saiu.

— Ciúmes, Eliz?

O homem perguntou com um sorriso sacana em seu rosto.

— E se eu estiver?

O mediu.

— Dela?

Riu. Todos olhavam para os dois.

— Irá me julgar? Lembro bem da criada que sua mãe tinha.

Ele sorriu.

— É diferente...

— Não, não é, meu querido. Margarida é muita coisa, mas ainda é minha, eu decido se vai vê-la ou não.

Ele mordeu os lábios.

— Adoro quando fica mandona!

— Mas quem vai te colocar na linha não sou eu, pervertido.

Olhou para o James.

— Acabarei com ele, meu amor.

Sorriram. Lucca era submisso de muitos, inclusive de sua própria esposa, ele não se importava com o gênero, apenas que soubessem o que estavam fazendo. Seu sonho era ser submetido por Eliz, mas ele não chega nem perto do tipo dela.

— Ah, como eu queria ser uma garotinha pobre do interior!

Colocou a mão na cabeça fazendo um drama e todos riram.

— Eu sei bem, querido... uma pena, não?

— Veremos se é mesmo o que quer...

Julietta piscou para ele, a sua mente iria criar muito a partir dali, como sempre, vivia para isso. Monalisa admirava o menino e, ao mesmo tempo lamentava por não ter a mesma chance que ela tem.

Todos os olhos em mim | DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora