6. De volta?

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*CUIDADO, CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO!*

Um alto relâmpago iluminou seu rosto, era ela. James mal acreditava que a menina estava alí, caiu em seu colo, Eliz mal vai acreditar.

— Até que enfim, Margarida, querida!

Foi até ela com os braços abertos. A menina sentiu o cheiro forte da bebida, se afastou dele.

— Senhor...

— Fez falta, nós te procuramos por toda a cidade.

Continuou se aproximando, mas ela se afastava devagar.

— Eu só quero saber da minha mãe, senhor.

A abraçou contra sua vontade, mas dessa vez, não moveu um músculo, só foi até alí fazer uma coisa.

— Claro... vamos entrar.

— Não, pode chamar ela até aqui?

Deu um passo para trás se afastando. Não pode demorar, tem que ir embora dali com sua mãe o mais rápido possível.

— Estamos na chuva, ela é uma senhora, é melhor entrarmos...

— Algum problema?

Tom se aproximou.

— Só preciso falar com a minha mãe.

Eles trocaram olhares, tinham que pegar ela ali sem chamar atenção. Margarida sentiu sua nuca se arrepiar, e não era pelo fato de estar encharcada no vento gelado, sabia que não devia voltar, mas tinha que ter sua mãe de volta.

— É melhor eu voltar depois, perdão pelo incômodo, senhores.

James sorriu.

— Margarida, querida...

Outro passo para trás, sentia o seu coração bater rápido demais.

— Tenho que ir...

Os dois olharam bem para ela.

— Entre, menina.

Seu corpo gelou, olhou ao seu redor, não tinha mais ninguém.

— Não, senhor... e-eu volto outro dia.

— Falará lá dentro com ela, vamos.

Tom reforçou. A menina hesitou em falar e deu as costas aos dois andando rápido, mas em segundos sentiu um "abraço" forte demais. A arrastaram para dentro, sua boca foi tapada e qualquer tentativa de se defender, de nada adiantava.

— Leve ela lá para baixo, terá companhia.

Tom saiu com a menina se contorcendo em seus braços em meio a chutes e cotoveladas. James olhou ao seu redor, torcia para que a menina não tenha trago companhia, logo entrou em casa.

— Deem uma volta na vizinhança, certifiquem-se que ninguém a seguiu.

James ordenou aos guardas.

— Sim, senhor.

Obedeceram saindo do lugar. Tom havia deixado um grande rastro de água suja por todo o caminho, o esperava em frente as portas vermelhas.

— Eu só queria ver a minha mãe!

— Ela está morta!

James gritou abrindo a porta do cômodo onde estavam o casal, Tom a fez entrar à força.

— O quê?! Que-quem são essas pessoas?

Parou de lutar e olhou ao seu redor.

— Mais uma? Sério?

Todos os olhos em mim | DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora