Uma semana depois, Anil estava no balcão do palácio, acenando para a multidão que se reunira para celebrar o Dia da Independência, quando as Ilhas Adamas se tornaram independentes da Inglaterra.
A rainha Alisa, ainda consumida pelo sofrimento pela morte do marido, tivera uma infecção pulmonar e seus médicos a aconselharam a não participar das cerimônias.
O príncipe Anon e a esposa Maria estavam na América e o príncipe Mile na Austrália, com o marido Apo.
Nitta tinha outros deveres reais no
exterior; assim, Anil agira como consorte de Anan, consciente de que quando fosse mãe solteira, não poderia comparecer mais em ocasiões de Estado. Era um belo dia de junho, típico do começo do verão em Aristo.O sol brilhava sobre a multidão que havia seguido o desfile de carnaval pelas ruas, até o pátio do palácio.
Anil sorria e acenava, tentando ignorar o desconforto do pesado vestido formal de seda e da tiara de diamantes que lhe causada dor de cabeça.
- Acho que nunca vi tanta gente participando desta comemoração, centenas de pessoas vieram lhe demonstrar seu apoio, Anan.
Comentou quando saiu do balcão e entrou na sala de estar, tirando as luvas brancas e entregando-as a um lacaio. O irmão estava conversando com uma convidada e, ao ouvir a voz dela se virou e, quando Anil viu quem era a companheira do irmão, o coração perdeu uma batida. As vozes das pessoas em torno desapareceram e ela sentiu um som peculiar.
- Pin, acho que não conheceu minha irmã, a princesa Aninlaphat...
Anan se calou, evidentemente confuso pela expressão de fúria gelada de Pin Kasidit e a palidez súbita de Anil.
O silêncio tenso entre elas causou uma onda de interesse na sala e Anil percebeu os olhares curiosos dos convidados. Mas seu olhar chocado estava preso ao rosto de Pin.
Ela foi a primeira a falar.
- Oh, nós nos conhecemos, meu amigo.
Disse ela num tom gelado.
- Mas parece que a princesa Aninlaphat gosta de jogos e infelizmente deixou de se apresentar
adequadamente, não é, Laphat?O choque e a raiva foram tão grandes que Pin quase engasgou. A mulher que saíra do balcão e a olhava com medo foi reconhecida imediatamente, depois de passar as últimas três semanas dominando os seus pensamentos...
No entanto, vestida com roupas régias e uma tiara, era alguém que não reconhecia. Mentira para ela aquela noite, e como mentira!
Fechou os olhos por um instante e tentou controlar a raiva insana que a fazia querer sacudi-la e exigir que lhe explicasse por que fingira ser uma serviçal, em vez de lhe contar que era a princesa Aninlaphat Sawetwarit.
Achara divertido o fingimento?
E por que diabos dormira com ela?
Não, fizera sexo com ela, e então mentira por omitir quando não a avisara que era virgem.
Mas Pin dormira.
Dominada pela exaustão e fisicamente saciada depois de fazer amor, sentira-se mais relaxada do que nunca, incapaz de combater o cansaço.
Ao acordar, descobriu que dormira por uma hora e Laphat desaparecera. Lembranças da paixão intensa que haviam partilhado invadiram a mente de Pin. E outra lembrança, da conversa particular que tivera com Anan quando chegara ao palácio naquele dia, fez o seu coração disparar.
Anan estava tenso e sério e, depois de lhe pedir segredo dissera que outro escândalo estava prestes a abalar a Casa de Sawetwarit. Sua irmã, a princesa Aninlaphat, fora seduzida por uma desconhecida e estava grávida.

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My Alchemy
FanfictionA simples e tímida Aninlaphat Sawetwarit é a princesa de quem ninguém se lembra... até precisar ser a anfitriã do baile do palácio. Ela planeja tudo com perfeição, mas não tem tempo de comprar um vestido para arrasar na festa. Devido ao seu descuido...