Learn To Love

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Uma das mãos de Pin lhe tomou a nuca, virando a cabeça para aprofundar o beijo e transformá-lo em alguma coisa tão erótica que a vontade própria de Anil desapareceu e ela se encostou, abrindo a boca para a outra.

Mal percebeu quando lhe desabotoou a blusa e a tirou. E então, de alguma forma, estavam deitadas na cama e lhe tirara o sutiã. Arquejou quando Pin lhe tomou os seios nas palmas e os dedos roçaram suavemente os mamilos rijos.

Era sua esposa, estavam unidas por causa da criança que haviam concebido durante um encontro breve e apaixonado e talvez ela estivesse certa. Talvez o sexo fosse o começo de um relacionamento.

Estava tão confusa sobre o que queria, mas a ereção sólida de Pin, apertada em sua coxa, afastava a incerteza de sua mente e a substituía por um desejo intenso que lhe transformava o sangue em lava e a empoçava na junção das pernas. Desistiu de lutar contra ela e os anseios do próprio corpo e passou os braços pelo pescoço de Pin.

Mas, em vez de reagir aos avanços tímidos de língua, ergueu a cabeça e olhou-a, os olhos escuros brilhantes.

— Sim, a química ainda existe, não é, ágape?

A boca se curvava num sorrido de desdém enquanto ela a olhava, tonta. Para seu espanto, afastou-se dela e saiu do quarto, deixando-a seminua na cama.

Voltou quase imediatamente com o que parecia uma pilha de roupas de cama.

— Lençóis. Vai precisar deles se pretende dormir no sofá do quarto de vestir.

Parou e os olhos fizeram uma trilha insolente pelo rosto ruborizado e os seios nus, onde os mamilos se erguiam, provocantes.

— A menos, é claro, que tenha mudado de ideia
sobre querer dormir sozinha?
— Eu...

Anil se sentiu doente de humilhação por ter sucumbido tão facilmente ao charme fatal de Pin.

— Ainda não tem certeza, estou vendo.

Pin riu suavemente, andou até a cama, deixou os lençóis caírem no colo dela e a tomou nos braços.

— Ambas sabemos que posso fazer amor com você o resto da noite e você estaria desejosa nos meus braços, mas não quero uma esposa relutante. Jamais tomei uma mulher contra a vontade dela e não pretendo começar com você, ágape.

Passou pela porta de ligação, entrou no quarto de vestir e jogou-a sem cerimônia no sofá.

— Sabe onde me encontrar quando admitir a verdade.
— A verdade de que a acho irresistível, suponho?

Odiava-a e odiava a si mesma por sua patética incapacidade de resistir a ela.

— Terá que esperar muito tempo.

Em resposta, lhe deu um beijo breve forte nos lábios que a deixou ardendo por mais.

— Acho que não. E, antes que me esqueça, o sofá abre e faz uma cama muito confortável. Durma bem Anil...

Pin se virou à porta e lhe deu outro sorriso sarcástico.

— se puder.

O sofá-cama era tão confortável como Pin dissera, mas Anil se virou e se debateu sob os lençóis pela maior parte da noite enquanto lutava para combater o impulso de enterrar o rosto no travesseiro e chorar. Finalmente caiu num sono leve e acordou com os raios de sol entrando pelas frestas da cortina. Demorou-se tomando banho e secando os cabelos, mas não podia adiar para sempre o momento de lidar com Pin. A fome e o reconhecimento de que precisava se alimentar pelo bem do bebê a levaram a sair do quarto.

Encontrou-a à mesa do café da manhã posta no terraço, lendo o jornal.

Usava jeans claro e camisa creme que contrastavam com a pele bronzeada e estava impossivelmente bela.

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