Way After Forever

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O treinamento de uma vida inteira foi a salvação de Anil no tempo restante da recepção, de alguma forma, conseguiu sorrir para os convidados que se espalhavam pelos gramados, onde o helicóptero de Pin esperava para levá-las à Grécia.

Assim que levantaram voo, ela fechou os olhos e fingiu dormir, incapaz de enfrentar Pin.

Lembrou a si mesma que, até o casamento, ela era livre para agir como quisesse até mesmo para frequentar uma praia com a amante seminua mas sentiu-se humilhada por ela ter se exibido tão abertamente com outra.

Quanto à história que Kirk lhe contara sobre o passado de Pin, não sabia o que pensar. Conhecendo a maldade de Kirk, era muito provável que tivesse contratado um investigador para descobrir informações sobre Pin e supunha que os fatos podiam ser facilmente verificados. Não se importava por Pin ter sido pobre, mas a possibilidade dela ter adquirido riqueza e sucesso às custas das emoções de uma mulher mais velha e rica a abalava.

Seus pensamentos a atormentavam enquanto o helicóptero sobrevoava o mar e seu coração doeu à medida que Aristo desaparecia a distância.

No começo da viagem, Pin conversara com o piloto, mas depois se sentou-se ao seu lado e, apesar de tudo que soubera sobre ele, seus sentidos ficaram alertas ao sentir o olhar dele nela. Fechou os olhos com força, tensa, mas depois de alguns momentos ela suspirou e, pelo som, Anil percebeu que apenas estava lendo o jornal.

Pin morava no centro de Atenas, num edifício em forma de torre que se erguia bem acima das ruas movimentadas da cidade.

Era diferente demais da tranquilidade de Aristo e Anil sentiu uma pontada de saudade quando a limusine entrou no estacionamento e parou.

— Quando estiver trabalhando, meu motorista, Stavros, a levará para onde quiser. É um guarda-costas treinado, não saia do apartamento sem ele.

Disse Pin quando entraram no elevador.

— Não tinha guarda-costas em Aristo e não precisarei de um aqui.

Argumentou aborrecida.

— Aqui é diferente de Aristo, onde todos gostam da família real e ninguém pensaria em ferir vocês. Mas em Atenas você chama muita atenção. Todos, inclusive a imprensa, estão fascinados pela ideia de ter uma princesa vivendo aqui. Impossível não ter visto os paparazzi que nos seguiram desde o aeroporto. Sua foto estará na primeira página de todos os jornais de amanhã e, infelizmente, esse interesse nem sempre é saudável.
— O que quer dizer?
— Quero dizer que há pessoas que se ressentem da minha riqueza e da sua. Não quero amedrontá-la, Anil, mas precisa saber que há uma possibilidade de sequestro que pode ser reduzida a zero se fizer o que estou dizendo e ficar sempre perto de Stavros.

Instruíra Stavros a segui-la por toda parte, mas não apenas para garantir sua segurança. Anil garantira que desejava o bebê, mas não correria riscos, saberia onde ela estava a cada minuto do dia. A expressão de Pin advertiu Anil a não insistir no assunto, mas seu coração se apertou.

Pensara que teria mais liberdade em Atenas, longe do protocolo sufocante da vida no palácio, mas parecia que trocara uma prisão por outra e agora teria um carcereiro particular.

O elevador parou no último andar e Pin a surpreendeu ao tomá-la nos braços e carregá-la para dentro do apartamento.

— Agora você é realmente minha esposa.

Disse, franzindo o cenho quando percebeu como enrijecera ao toque dela. Anil sentiu o estômago fazer um nó ao pensar se ela pretendia levá-la ao quarto e consumar o casamento. Não conseguia esquecer as fotos dela e Kath Raywatt na revista e lutou para sair dos braços dela, Pin finalmente a soltou.

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