Until That Day

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Anil pouco se lembrou das três semanas seguintes, quase acreditava que estava sonhando.

Esperava acordar e descobrir que jamais conhecera alguém chamada Pinlanthita Kasidit e que não estava grávida do filho dela.

Mas, quando abriu os olhos na manhã do dia do casamento e viu o vestido de noiva pendurado na porta do armário, foi obrigada a aceitar a realidade: em algumas horas seria a esposa dela e, pelo bem da criança que esperava, não podia fugir ao destino que a esperava.

— Eu lhe disse que todas as noivas ficam lindas no dia do casamento.

Disse Nitta mais tarde, enquanto alisava uma ruga da ampla saia de seda do vestido de noiva.

— Você está maravilhosa, este vestido destaca sua figura perfeitamente. Não ouse usar aquelas camisetas largas que gosta tanto! Não que Pin vá permitir, ela tem uma vida social muito intensa e aposto que lhe comprará muitas roupas lindas, em que você ficará muito sexy, para todas as festas que frequentarão na Grécia.
— Sabe que não gosto de festas e, em alguns meses estarei enorme e certamente nada sexy, apenas gorda. Já ganhei peso, especialmente no busto, não acha que o decote está muito baixo?

Estudou o corpete, bordado que minúsculas pérolas e cristais, e o monte firme dos seios que pareciam na iminência de saltar pelo decote.

— Os olhos de Pin não se afastarão dos seus seios. E estou feliz por ter deixado seus cabelos soltos, é um penteado muito mais suave do que aquele coque.
— Suponho que sim, mas não é muito prático.

Os cabelos macios de Anil eram naturalmente ondulados e desciam pelas costas quase até a cintura.

A conselho de Nitta, deixara-os soltos e, em vez de uma tiara e um véu, escolhera um aro delicado de rosas brancas para usar na cabeça.

Nitta a maquiara levemente, enfatizando os olhos castanhos e apenas uma camada de gloss rosado nos lábios.

O resultado foi extraordinário, Anil mal conseguia acreditar que a mulher refletida no espelho era ela.

Após uma noite de loucura, sua vida mudara completamente.

A mão se moveu instintivamente para o ventre e ela respirou fundo. Ia se casar com Pin pelo mesmo motivo que se casava com ela, pelo bem da criança que haviam gerado e não havia razão para se sentir emotiva ou enganada pelo romantismo da ocasião.

— Você não deve parecer prática, este é o dia do seu casamento e vai se casar com uma pessoa  muito sexy, que lhe mandou isto. Gaea,

Chamou a criada.

— traga as flores que a sra. Kasidit enviou.

A criada foi até o corredor e voltou levando um delicado buquê de botões de rosas brancas e cor-de-rosa, que entregou a Anil.

— Sei que este é um casamento de conveniência, mas é óbvio que há alguma coisa entre você e Pin. Vi como ela a olhava no jantar da noite passada como se não pudesse esperar para levá-la à cama.

Sorriu quando o rosto de Anil ficou escarlate.

— E me ligou de Nova York há alguns dias para me perguntar quais são suas flores favoritas.
― Ligou?

O coração de Anil perdeu uma batida quando mergulhou o rosto nas flores e inalou seu perfume delicado. Ninguém jamais lhe mandara flores e o fato de que Pin se esforçara para lhe dar o buquê a encheu de esperança de que este casamento não estaria destinado ao fracasso. As rosas eram um talismã de esperança quando se olhou de novo no espelho e viu que Nitta não mentia: por milagre, realmente estava linda.

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