Epilogue

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Nada mudara, pensou Pin enquanto olhava em volta no cassino. Era a mesma velha multidão de solteirões agrupados em torno da mesa de roleta, as mesmas mulheres vazias flertando com homens ricos. Este tinha sido seu modo de viver por anos e jamais questionara se gostava ou não dele, pensou enquanto se afastava de uma loira predadora e andava em direção à saída. Não sabia por que fora até lá.

Mas era mentira, reconheceu, passando a mão pelos cabelos. Fora ao cassino por que estava com medo de ir para casa. Ela, Pinlanthita Kasidit, a garota mais durona das ruas, a adversária mais temida numa sala de reuniões.

Conhecera esta sensação que lhe queimava as entranhas quando se sentara ao lado de sua mãe no hospital e lhe prometera ganhar o dinheiro para o tratamento de câncer, e ela sorrira triste, e lhe dissera que era tarde demais. Tivera a mesma sensação doentia quando olhara para Mon, fora de si com uma garrafa de bebida, e percebera que matara seu
bebê. Mas esta sensação agora era diferente e a atormentara a semana toda. Era a saudade de Anil, tão grande que se sentia apenas meia viva, era a aceitação total de seu amor por ela.

Não podia mais ignorar seus sentimentos, não pertencia mais à vida de boates e cassinos, pertencia ao seu lar, sua esposa

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Não podia mais ignorar seus sentimentos, não pertencia mais à vida de boates e cassinos, pertencia ao seu lar, sua esposa.

Era quase meia-noite quando entrou no apartamento

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Era quase meia-noite quando entrou no apartamento. Achava que as luzes estivessem apagadas e Anil tivesse ido para a camaz mas havia uma claridade sob a porta da sala de jantar.

Foi até lá, abriu a porta e parou.

Alguém tivera muito cuidado para pôr a mesa, mas duvidava que Sotiri tivesse arranjado o centro de mesa florido ou pendurado a faixa de aniversário na parede. Um ruído leve atrás de si lhe mostrou que não estava mais sozinha e se virou para ver Anil parada à porta.

Estava usando um vestido dourado brilhante que exibia seus belos seios e o desejo a tomou. Então o olhar subiu para o rosto dela e viu que os olhos estavam vermelhos, como se tivesse chorado.

— Como foi sua viagem?
— Bem.

Olhou de volta para a mesa.

— Se soubesse que havia planejado um jantar para nós, teria voltado para casa mais cedo.
— É seu aniversário e tem o direito de passá-lo como quiser.

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