Feel This Way

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A saia dela escorregou para o chão e Anil a viu prender a respiração quando o olhar se fixou nas meias finas, nos sapatos de saltos altos e na pequena tira de renda branca que lhe cobria a feminilidade.

Os bastos cabelos castanhos caíram e Pin os empurrou para trás dos ombros e lhe segurou os seios de novo, os olhos brilhando sob as pálpebras pesadas.

— Theos, como pode duvidar do que faz comigo?

Tomou-a nos braços, a ereção pulsante lhe empurrando as coxas enquanto lhe assaltava a boca num beijo feroz, faminta. De alguma forma, conseguiu se livrar das roupas e deitá-la de costas na cama sem afastar seus lábios que se beijavam.

A luz do sol, os cabelos de Pin brilhavam como cetim negro enquanto se movia sobre o corpo dela, desacelerando para tomar cada mamilo na boca enquanto a mão mergulhava entre as coxas e um dedo a penetrava. Estava molhada e pronta para ela e arqueou os quadris numa súplica muda. Pin retirou o dedo e gentilmente abriu mais as pernas. Ela pensou que a tomaria imediatamente, mas deixou escapar um pequeno grito quando a cabeça de Pin mergulhou e a boca lhe tomou o sexo, a língua substituindo o dedo, se introduzindo.

— Pin, não!

Constrangida, segurou-lhe os cabelos e tentou puxar-lhe a cabeça, mas Pin não interrompeu a carícia íntima e logo ela esqueceu tudo, menos o calor intenso do desejo e a crescente necessidade da posse plena. Quando achou que não suportaria mais e se sentiu à beira do abismo, Pin se moveu sobre ela e a penetrou com uma estocada firme, a ereção tão poderosa que precisou parar enquanto os músculos de Anil se esticavam para acomodá-la.

E então se moveu de novo, depressa e firme, cada estocada construindo uma tensão até se tornar insuportável e Anil sentiu os primeiros espasmos pulsando intimamente no seu corpo.

Anil quase gritou quando onda após onda de sensações dominaram seu corpo, mas algum instinto a fez reprimir os gemidos. Fechou os olhos para que Pin não visse a profundidade de suas emoções quando o orgasmo assaltou ambas simultaneamente.

Pin era o amor de sua vida, pensou, enquanto ficavam deitadas juntas e a respiração das duas lentamente se regularizava.

Depois da incrível paixão que acabavam de partilhar, parecia-lhe impossível que Pin não sentisse nada por ela, alguma pequena medida de afeição que poderia dar esperança ao seu coração faminto.

Mas quando Pin se afastou e espreguiçou langorosamente, o sorriso satisfeito era o de alguém que acabara de desfrutar de um sexo fantástico que lhe deixara o corpo saciado e as emoções intocadas. Pin se levantou e os olhos dela a seguiram impotentes, o estômago apertado diante da beleza do corpo esguio, brilhando como bronze à luz do sol da tarde.

Pensou que se dirigia para o banheiro, mas Pin saiu do quarto e voltou alguns minutos depois com uma estreita caixa de veludo.

— Eu lhe comprei um presente.
― Outro?

Protestou, pensando em tudo com que já a presenteara e que trocaria pelas palavras que ansiava ouvir.

Mas sabia que jamais as diria. Era sua esposa e a mãe de seu filho, mas não o amor de sua vida. Talvez, jamais seria.

— Não vai abri-lo?

Anil abriu a caixa e olhou o colar de diamantes; era maravilhoso e evidentemente, muito valioso.

— É lindo, mas já me deu tantos presentes. Não precisa comprar nada, Pin.

Pin tirou o colar da caixa e o colocou no seu pescoço, uma peça fria ao contato da sua pele.

— Gosto de lhe comprar presentes, quero que saiba o quanto a aprecio.
— Aprecia?
— Certamente.

Sorriu sensualmente enquanto se debruçava nos travesseiros para admirar os diamantes.

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