𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 12

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Me sentei no colo de John Copolla dentro da cabine, fizemos várias poses enquanto os flashs disparavam, na última foto eu o beijei com os braços ao redor de seus ombros... Ele me deu um tapinha na bunda e saímos, depois peguei a sequência de fotos e guardei na bolsa.

Éramos como vampiros, nossos encontros sempre noturnos e agitados nos clubes de Nova York, ele sempre me procurava depois de anoitecer com uma ânsia enorme de viver intensamente e usar drogas, além do sexo selvagem, era como se eu fosse um sonho para John, algo fora da realidade de seu cotidiano, um escape, e por enquanto, eu aceitava isso.

-Tenho um presente pra você - disse ele, tirando uma caixa preta de veludo do porta-luvas do carro - Vai ficar linda usando ela.

Quando abri a caixa, dentro estava uma coleira cravejada que cintilou com a luz do poste que entrava pela janela, fiquei boquiaberta com a beleza da peça, mas ainda era uma coleira:
-Eu amei - disse, pegando na mão.

-Então coloca - John puxou meu cabelo todo para um lado e me ajudou a prender no pescoço, depois enganchou a corrente - Vou te carregar como uma cachorra essa noite, só de pensar nisso fico doido de tesão.

Fomos a clubes extremamente exclusivos da elite de Nova York, eu estava descobrindo o quanto esses milionários eram excêntricos e a diversão deles estava em explorar fetiches em festas privativas, John me carregou pela coleira por todo o salão me exibindo como se eu fosse um de seus artigos de luxo, aquilo era nitidamente humilhante mas eu não me sentia assim, me sentia especial e valorizada pois ele queria me mostrar como um troféu, uma posse dele, e só de ser dele de alguma forma já me deixava realizada.

Fui apresentada a várias pessoas e enchi a cara com drinks caros, dancei com John na pista algumas músicas estranhas e psicodélicas, ele me segurava firme pela cintura e nossos lábios se contorciam e se entrelaçavam em um beijo pervertido e intenso.

Ele agarrou o cabelo da minha nuca e puxou com força pra trás exibindo meu pescoço magro, John me mordeu com força o suficiente pra me fazer gritar de dor, mas o som da minha voz foi silenciado pela música alta ao redor, ele depois fechou a mão ao redor da minha garganta e apertou as laterais, fui sendo sufocada aos poucos enquanto os dedos da outra mão estimulavam minha buceta por baixo do vestido... Ele só afrouxou quando eu estava com a visão turva e os dedos formigando, prestes a desmaiar, e com um tapa na cara ele me acordou e voltou a me beijar como se quisesse me engolir pela boca.

Já era quase de manhã quando Annelise começou a ligar pra ele, John respirou fundo e foi até os fundos do prédio, no fumódromo, pra atender.

Foi a primeira vez que ele soltou a corrente da minha coleira e me deixou sozinha, peguei um drink no bar e fui atrás dele, encostei o ouvido na porta mas era impossível escutar o lado de fora pois o som lá dentro estava alto, então abri a porta e fui me aproximando dele que estava encostado na grade fumando um cigarro e discutindo com ela... Eu girava a corrente no dedo com cara de safada.

-Qual o seu problema Anne?! - ele bateu a bituca do cigarro com o dedo - São cinco horas da manhã, por que não está dormindo?!

Mordi o lábio inferior e coloquei meu cabelo pra trás, enrolando ele com as mãos e me ajoelhando devagar me apoiando na coxa dele, John me olhou com um esboço de sorriso incrédulo, ele estava com raiva da esposa e ao mesmo tempo com tesão em mim.

-Já disse que vou chegar em uma hora, as coisas estão fora de controle na empresa! - ele falava alto, mas não chegava a gritar - Eu sou a porra da cabeça dessa corporação, se eu não der o máximo de mim tudo desmorona, e aí como você vai bancar essa vidinha de feminista hipster sem um cartão black sem limites?!

Puxei o zíper da calça dele pra baixo e depois a cueca, peguei em seu pau duro e comecei a masturbar antes de deixar saliva escorrer na cabeça e lentamente ir chupando com meus lábios carnudos, abraçando aquele pau quente e macio, babando de prazer.

John suspirou, tendo que se segurar pra não gemer quando fiz uma garganta profunda, senti o pau dele escorregar garganta abaixo, ele até diminuiu o tom de voz:
-Tá bom Annelise, em casa a gente conversa, mas se eu fosse você iria dormir e aliviar a cabeça antes, pois não quero outra discussão sem sentido!

Chupei o pau dele como se eu estivesse adorando uma divindade, idolatrando um objeto sagrado dando tudo de mim em completa devoção, nada importava além de seu gozo sagrado em meus lábios, e era isso que eu almejava, servir de objeto para o prazer daquele que eu amava.

-Não faz nenhuma bobagem - disse ele, limpando o suor da testa e jogando o cigarro longe após queimar até o fim - Eu te amo e estou voltando logo logo, qualquer coisa toma um remédio.

Antes que ele desligasse, eu suguei a cabeça estimulando o corpo do pau e ele não aguentou e gozou na minha boca, deixei que acumulasse até os jatos pararem e depois engoli tudo, abri a boca pra mostrar pra ele que não tinha desperdiçado nada como a boa garota que eu era, algo que Annelise jamais seria.

John então me puxou pela coleira, com o solavanco caí de quatro e fui engatinhando por um tempo, até ficar de pé e o seguindo para a saída do lugar, ele tinha ficado mais silencioso e sério...

Assim que entramos no carro, ele cheirou uma carreira de cocaína nas costas da mão e me deu um beijo em seguida, depois ligou o carro e manobrou para sairmos da vaga, começou a dirigir em direção ao nosso bairro.

Eu encostei a testa no vidro da janela e admirei o nascer do sol, que apesar de melancólico era belo e etéreo.

𝐌𝐢𝐬𝐬 𝐕𝐢𝐜𝐢𝐨𝐮𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora