𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 28

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Em menos de três semanas, me casei com John Copolla.

Foi uma cerimônia discreta, após assinarmos a papelada no civil, houve uma cerimônia em uma pequena capela no limite da cidade, os únicos convidados eram Dylan e um amigo que ele tinha feito no emprego novo.

Entrei segurando um buquê de crisântemos, usando um vestido caríssimo apesar de não ser grandioso, era de corte simples e tradicional, estilo princesa, a coroa de cristais segurava o véu cumprido com uma longa calda que se misturava ao vestido no rastro que eu deixava pro caminho até o altar.

O padre fez os votos, John beijou o topo da minha cabeça ao dizer sim, e eu beijei suas mãos quando respondi que sim também, que aceitava ser sua esposa na saúde e na doença, até que a morte nos separasse.
...

A lua de mel aconteceu em um hotel fora da cidade, alugamos uma suíte temática de BDSM, e pra surpreender John eu estava usando uma lingerie de látex por baixo do vestido branco.

Subimos as escadas para a suíte, os três de mãos dadas, John de um lado e Dylan do outro, eu estava nervosa mas tentando me controlar pra conseguir aproveitar aquele momento único na vida de uma mulher.

Pai e filho deitaram na cama, ambos desfazendo o nó das gravatas ao mesmo tempo enquanto me assistiam subir no pole dance, eu tinha colocado uma música do Tame Impala pra tocar e comecei a sensualizar na barra de metal.

Tirei as luvas bordadas, rodei elas e joguei pro alto, depois dei uma volta na barra e me apoiei pra levantar os pés e jogar pra longe o salto... O vestido fazia muito volume então girei mais uma vez e fiquei de costas para os dois, lentamente fui baixando o zíper do corpete do vestido e deixando cair para as minhas pernas, e então sai de dentro da roupa usando apenas a lingerie de látex, consegui escutar o suspiro de tesão que os dois fizeram ao mesmo tempo, olhei por cima do ombro com um sorriso safado.

Chutei o vestido de cima do palanque, apesar de ser muito caro agora eu era rica, tinha me casado com um homem praticamente milionário, mesmo sendo procurado pela polícia, que era apenas um detalhe.

Comecei a dançar na barra de pole dance, eu tinha alguma prática da época que tinha sido stripper antes de me tornar prostituta de luxo, ainda sabia subir, deslizar e fazer acrobacias na barra, sempre do jeito mais sexy possível.

Até que terminei o meu show, e fui engatinhando para a cama aonde os dois me esperavam usando apenas cueca e muito excitados, fiquei de joelhos entre eles e primeiro beijei John, um beijo agressivo e úmido, e depois ainda segurando em seu rosto fui beijar Dylan, que era mais romântico e intenso na forma de beijar, ambos me segurando pela cintura também ficaram de joelhos e começou uma troca de carícias e eram quatro mãos tocando meu corpo ao mesmo tempo, deslizando e afagando tudo que era possível, eu já não sabia exatamente o que estava acontecendo.

Enquanto eu chupava o pau do John, estava sentada no rosto de Dylan que usava a língua pra estimular minha buceta e o dedo pra massagear meu cuzinho, foi muito bom, ignorando a parte bizarra de eu estar com um pai e um filho ao mesmo tempo.

Depois John me deitou em seu colo com as pernas abertas e penetrou no meu cu, enquanto Dylan entrou no meio pra me beijar e colocar na minha buceta, fizemos uma dupla penetração que foi incrivelmente excitante, fiquei louca gemendo no ombro de Dylan, que só então percebei que beijava o pescoço e chupava a orelha do próprio pai, eu não saberia dizer se eles tinham se beijado, mas estavam trocando carícias muito intensas enquanto me fodiam.

Na hora de gozar, me deitaram de barriga pra cima na cama e ambos gozaram na minha barriga e seios, depois lamberam o próprio esperma e vieram me beijar, um beijo triplo com porra escorrendo pelos cantos dos lábios.

E quando deitamos os três, nus, pra fumar cigarro e apreciar a música, foi que a minha ficha caiu que ali o casamento havia sido consumado, eu tinha me casado com a família inteira e não apenas com meu esposo, eu era uma Copolla de corpo e alma, introduzida naquela insanidade banhada a luxo e mistérios.

....

No outro dia, já em casa, havíamos voltado a rotina familiar, eu acordava cedo e preparava o café da manhã e em seguida os dois desciam, me davam o primeiro beijo do dia e após comerem, saiam para seus serviços.

Eu passava o restante do dia bebendo, fumando e apreciando a brisa do baseado no meu jardim digno de um conto de fadas, como eu sempre tinha sonhado.

Mas naquele dia, foi um pouco diferente, decidi ir procurar o antigo cavalete de pintura da Annelise no sótão, pois queria aprender a pintar também, pois meus dias estavam muito tediosos naquela cidade fantasma do Maine.

Assim que subi, vi que haviam muitas e muitas caixas fechadas, fui abrindo uma por uma com uma tesoura e remexendo naquelas coisas antigas e estranhas que a família guardava... Até que achei uma caixa menor escondida no canto, fui até ela e abri, lá havia um pequeno baú, que também abri e tirei de lá de dentro um caderno preto com um pequeno cadeado o fechando.

Fiquei alguns minutos encarando aquele caderno, passando a ponta do dedo em sua capa, ponderando se abria ou não, se eu deveria ler
aquilo ou não, até que decidi que apesar do medo do conteúdo que aquilo escondia, eu deveria ler, até mesmo por segurança pois eu sabia com quem tinha me casado e de quem havia me tornado madrasta.

Desci para a cozinha com o caderno, depois fui para a garagem e abri a caixa de ferramentas de John, peguei um martelo e com uma batida certeira estourei aquele cadeado velho... Depois fui para o jardim, me sentei na cadeira de balanço e abri a primeira página.

DIÁRIO DE ANNELISE

''Hoje é dia 5, decidi começar a escrever pois já faz algum tempo que percebo que há algo estranho em meu casamento, talvez lendo e relendo meus pensamentos nesse diário eu posso tentar entender melhor o que é aceitável e o que não é, então aqui vai...

𝐌𝐢𝐬𝐬 𝐕𝐢𝐜𝐢𝐨𝐮𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora