cap 8| ciúmes?

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Assim que entramos, Terry rapidamente foi abordado por um grupo de homens, todos claramente interessados em conversar sobre negócios. Ele me lançou um olhar rápido, como se pedisse desculpas por me deixar, mas eu balancei a cabeça, indicando que estava tudo bem. Eu não queria atrapalhar.

Caminhei até uma das mesas mais próximas, me sentando sozinha e observando o ambiente. O som de risadas e conversas preenchia o ar, e eu me sentia um pouco deslocada. Enquanto eu me distraía com os próprios pensamentos, um homem desconhecido, com um sorriso confiante, se aproximou.

— Sozinha? — ele perguntou, inclinando-se levemente sobre a mesa.

Olhei para ele, surpresa pela abordagem repentina.

— Não exatamente — respondi, tentando manter um tom neutro.

Ele sorriu, ignorando minha resposta.

— Quer companhia? Um evento assim é muito mais divertido com alguém ao lado.

Senti o desconforto crescer em mim.

Eu tentei manter a calma, mas algo no jeito dele me incomodava. A proximidade exagerada, o olhar insistente. Não era como Terry, que sempre mantinha uma elegância e respeito. Esse cara era o oposto.

— Na verdade, estou bem — disse, tentando ser educada, mas firme.

Ele ignorou completamente minha tentativa de encerrar a conversa, puxando uma cadeira e se sentando ao meu lado. Senti um arrepio de desconforto. Olhei de relance para o grupo de homens onde Terry estava, mas ele parecia profundamente envolvido na conversa. Parte de mim queria levantar e ir até ele, mas eu não queria parecer frágil ou precisar de ajuda.

— Qual o seu nome? — ele insistiu, se aproximando mais.

— Sn. — Respondi, me inclinando para trás na cadeira, tentando criar distância.

— Um nome tão bonito quanto você. — Ele disse, com um sorriso que me fez revirar os olhos por dentro. Antes que eu pudesse responder algo mais cortante, uma voz familiar veio de trás de mim, fria e calma ao mesmo tempo.

— Acho que ela já disse que está bem, não foi?

Levantei meus olhos e vi Terry parado ao meu lado, seu olhar fixo no homem que me importunava. Ele ainda estava com aquele sorriso no rosto, mas a tensão era palpável. Aquele homem, que momentos antes parecia tão confiante, ficou visivelmente desconcertado. Ele levantou-se rapidamente, murmurando alguma desculpa antes de se afastar.

Terry olhou para mim, seus olhos preocupados, mas ainda mantendo o controle característico.

— Tudo bem? — perguntou, seu tom mais suave agora.

Eu assenti, mas meu coração ainda estava acelerado, não só pela situação, mas também pela forma como Terry interveio.

— Sim, obrigada.

Ele se inclinou um pouco mais perto, como se quisesse ter certeza de que eu realmente estava bem.

— Você devia ter me chamado — ele disse, sua voz baixa. — Não precisa lidar com isso sozinha.

— Não queria te incomodar — respondi honestamente, mordendo levemente o lábio, sentindo meu rosto esquentar novamente.

Terry balançou a cabeça, e um sorriso suave surgiu em seus lábios, diferente do sorriso controlado que ele usava com os outros.

— Sn, você nunca me incomoda.

Aluna e professor. (Terry Silver e sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora