Cap 11| discussão...

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O homem viu alguém se aproximando e saiu correndo, logo Terry entra no carro parecendo irritado mas com um sorriso no rosto.

— está tudo bem? —

Eu pergunto com a voz fraca.

— não. —

Ele respondeu de forma rápida.

— por que? —

— Aquele homem não parou nem por um minuto de te seguir! E se ele faz alguma coisa horrível com você e eu não posso fazer nada?! —

Ele estava com o peito arfado, respirando rápido, testa franzina. Seus olhos se fizeram nos meus que estavam em choque.

— ei... Eu vou fazer 18 anos, não precisa me tratar como criança. —

— você não entende a maldade que esses noventos vem em qualquer mulher. —

O carro estava silencioso por um momento, com a tensão no ar mais palpável do que nunca. Terry ainda estava com o olhar fixo em mim, seu rosto revelando uma mistura de preocupação e frustração.

— Ei... — comecei, tentando manter a voz firme, mas a fraqueza ainda se fazia presente. — Eu só quero entender por que você está tão irritado. Eu estava sozinha, mas não era como se estivesse em perigo iminente.

Terry passou uma mão pelo cabelo, como se estivesse tentando se acalmar.

— Você não entende, Sn. — A voz dele estava carregada de exasperação. — Não é só sobre o que pode acontecer agora. É sobre o que poderia ter acontecido se eu não estivesse aqui. Aquele homem... ele não parecia bem. E a última coisa que eu quero é que você se machuque por causa de um idiota.

Eu respirei fundo, tentando controlar a raiva que começava a surgir. Não era que eu não apreciasse a preocupação dele; era a forma como ele parecia me subestimar, me tratar como se eu fosse incapaz de lidar com a situação.

— Terry, eu tenho quase 18 anos. Eu posso cuidar de mim mesma. Eu sei que você se importa, mas não precisa me tratar como uma criança.

Ele balançou a cabeça, a frustração visível em seus olhos.

— Não é sobre te tratar como uma criança. É sobre reconhecer que o mundo pode ser perigoso e que eu não vou ficar aqui de braços cruzados enquanto você é ameaçada.

— E quem disse que você tem que ficar aqui para me proteger o tempo todo? — respondi, tentando manter a calma. — Eu aprecio sua proteção, mas não posso viver a vida toda dependendo de alguém para me salvar de tudo.

Terry se inclinou o lado, seu olhar fixo em mim enquanto ele está a dirigindo devagar na rua calma da noite, a expressão dele ficando mais intensa.

— Você não entende o tipo de pessoas que andam por aí. Não é apenas sobre o que você pode lidar agora, mas sobre o que pode acontecer quando você menos espera. Eu não posso ficar tranquilo sabendo que algo pode te acontecer.

Eu senti a raiva aumentar, misturada com uma sensação de frustração. Ele não parecia entender o quanto suas palavras estavam me machucando.

— Terry, eu só quero ser tratada como alguém que tem controle sobre a própria vida! Não como uma adolescente indefesa!

O silêncio se instalou novamente no carro, com a tensão palpável entre nós. Terry parecia estar lutando contra algo dentro de si, e eu podia ver o esforço dele para manter a calma.

De repente, ele se inclinou ainda mais para mim, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes. Era como se ele estivesse tentando transmitir algo além das palavras, algo mais profundo.

— Você quer saber o que eu realmente sinto? — ele disse, a voz agora suave, quase um sussurro. — Eu me preocupo com você mais do que consigo expressar. E quando vejo algo ou alguém que pode te ameaçar, eu fico desesperado para proteger você.

Antes que eu pudesse responder, ele fez algo que me pegou completamente de surpresa. Com um movimento rápido e decidido, Terry se inclinou sobre mim e me beijou. Seus lábios pressionaram contra os meus com uma urgência que fez meu coração bater ainda mais rápido. A sensação era intensa, uma mistura de paixão e necessidade, algo que me fez esquecer toda a discussão e todas as dúvidas que tinha.

O beijo foi intenso, quase bruto, mas também cheio de uma emoção que eu não conseguia decifrar completamente. Quando ele se afastou, seus olhos estavam fixos nos meus, e eu podia ver a intensidade daquilo que ele tentava expressar.

— É isso que eu sinto por você — ele disse, a voz rouca. — Não é só sobre a proteção, é sobre o quanto você significa para mim. Não consigo ficar tranquilo sabendo que algo pode acontecer com você.

Eu fiquei sem palavras, minha mente girando com a intensidade do beijo e das palavras dele.

— Terry... — comecei, mas ele levantou uma mão, tocando meus lábios suavemente com os dedos.

— Não precisa dizer nada. Apenas entenda que, para mim, você é mais importante do que qualquer coisa. E eu não posso ficar aqui, só esperando algo ruim acontecer.

Eu me inclinei para frente, colocando a cabeça no ombro dele, tentando processar tudo o que estava acontecendo. As palavras estavam lá, mas a sensação de segurança que ele me transmitia agora, de uma forma completamente nova, era algo que eu nunca tinha experimentado antes.

O silêncio no carro era agora diferente, carregado de um entendimento novo. Terry estava ao meu lado, e eu sabia que, apesar de todas as dificuldades e discussões, havia algo entre nós que era mais forte do que qualquer obstáculo.

Aluna e professor. (Terry Silver e sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora