Aluna e professor. (Terry Silver e sn)

Cap 15 | tempo??

Terry olhou para mim sem nenhum sorriso, se aproximando de forma ameaçadora.

— como? —

A voz de Terry saiu entre uma risada e suspiro como se não estivesse acreditando.

— Um tempo!! — gritei. — Talvez esteja velho de mais para entender! —

Terry soltou com o sorriso no rosto, mas não feliz, nada feliz. Meio maníaco.

— Foi você que me quis! — ele responde levantando uma sombrancelha — pensa que sou idiota para não perceber todos os sinais? —

Ele me puxou pelo pulso para mais perto dele.

— você continuou aquele maldito beijo. —

O rosto de Terry estava mais próximo do que nunca, e sua expressão era uma mistura de frustração e algo mais sombrio. Seu olhar estava fixo no meu, e eu podia sentir a intensidade de sua raiva e desespero.

— Você realmente acha que pode jogar isso na minha cara? — Ele continuou, a voz baixa e carregada de ressentimento. — Eu vi os sinais, Sn. Vi como você agiu e o que fez. E eu não sou idiota o suficiente para não entender a mensagem.

Eu tentei me afastar, mas Terry segurava meu pulso com firmeza, forçando-me a olhar para ele.

— Eu não estou jogando nada na sua cara! — Gritei, a raiva misturada com frustração. — Eu estou tentando lidar com a situação da melhor forma que posso, e isso não é fácil para mim também!

Terry soltou um risinho seco, e o sorriso no rosto era mais um sinal de seu desespero do que de diversão.

— Então por que você me puxou para essa merda? — Ele perguntou, o tom de voz cada vez mais agudo. — Por que você começou a me beijar e depois agiu como se nada tivesse acontecido? Você acha que é fácil para mim lidar com isso?

A tensão na sala era palpável, e eu podia sentir o peso das suas palavras. A discussão havia se tornado mais pessoal, e estava claro que ambos estávamos tocando em pontos sensíveis.

— Eu… Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto! — Eu disse, a voz tremendo. — Mas você também não ajuda! Seu ciúmes constante e a forma como você reage a tudo isso só pioram as coisas!

Terry parecia estar lutando para manter a compostura. Seus olhos se suavizaram por um momento, mas a raiva ainda estava lá.

— Então o que você sugere? — Ele perguntou, a voz agora um misto de frustração e desespero. — Porque eu não vejo uma saída para isso. Cada vez que tento mostrar que me importo, parece que estou jogando gasolina na fogueira.

Eu me afastei, meu coração batendo forte no peito. A discussão estava indo para um lugar muito profundo e doloroso, e eu não sabia como sair dela.

— Talvez seja melhor darmos um tempo, como eu disse — Eu tentei manter a calma, mas o desespero estava começando a tomar conta. — Precisamos de um tempo para pensar e entender o que queremos realmente.

Terry me encarou com uma expressão de incredulidade misturada com dor. Ele estava claramente dividido entre o desejo de resolver as coisas e a frustração de não saber como.

— Um tempo, huh? — Ele murmurou, soltando um suspiro pesado. — Talvez você esteja certa. Mas eu não sei como lidar com isso agora.

O silêncio que se seguiu foi pesado e carregado de tensão. Ambos estávamos exaustos, emocionalmente drenados pela intensidade da discussão. Eu sabia que precisávamos de espaço, mas também temia que esse espaço pudesse ser um afastamento definitivo.

— Vou sair um pouco para esfriar a cabeça — Terry disse finalmente, a voz baixa e distante. — Precisamos de um tempo, mas isso não significa que eu esteja desistindo de nós.

Eu apenas assenti, a sensação de tristeza e desamparo me envolvendo. Terry se virou e saiu da sala, deixando-me sozinha com meus pensamentos e sentimentos confusos.

O silêncio na casa parecia ensurdecedor, e eu me sentei no sofá, a mente girando com as palavras que trocamos. A discussão havia revelado muito mais do que apenas ciúmes; havia exposto nossas inseguranças e medos mais profundos. E, embora o desejo de resolver as coisas ainda estivesse lá, parecia que o caminho para isso era mais complicado e doloroso do que eu havia imaginado.

Mas vou fazer esse velho se arrepender de aumentar o tom de voz comigo.