cap 14| confrontos por ciúme.

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A casa estava silenciosa, exceto pelo som ocasional do vento que passava pelas janelas abertas. Meus pais haviam saído para uma reunião com a imprensa do Larusso, e Terry estava na minha casa. O clima estava tenso, e eu sabia que algo estava prestes a acontecer. A discussão havia começado como um leve desentendimento, mas logo se transformou em uma discussão séria.

— Você realmente acha que pode agir assim e não ter consequências? — Terry disse, a frustração evidente em sua voz.

Eu estava sentada no sofá, sentindo minha paciência se esgotando rapidamente. Estava cansada de sua possessividade constante e de como ele reagia ao que eu considerava ser apenas pessoas sendo amigáveis.

— Olha, Terry, eu não estou fazendo nada de errado. — Eu retorqui, o tom da minha voz carregado de irritação. — Não é como se eu pudesse controlar a maneira como as pessoas me tratam. Se eles me olham ou tentam conversar, isso é problema deles, não meu.

Terry estava em pé, as mãos apertadas em punhos, como se tentasse controlar a raiva que estava prestes a explodir.

— Não é só sobre o que eles fazem, Sn. É sobre a forma como você lida com isso. Você está sempre debochando e agindo como se fosse um jogo! — Ele gritou, a frustração visível em cada palavra. — E isso só piora as coisas!

Ok, confesso que durante os meses depois da gente estandl "namorado" eu fiz sim.

Eu levantei, a raiva transformando-se em um furor que não conseguia mais controlar.

— Você está falando como se eu estivesse fazendo isso de propósito! — Eu gritei de volta. Ser vítima é sempre maravilhoso. — E você? Não acha que é fácil para mim também? Você está sempre cercado por mulheres que se jogam em cima de você, e eu tenho que lidar com isso o tempo todo!

Terry se aproximou de mim, seus olhos escuros cheios de uma frustração contida.

— Não se trata só disso, Sn. Eu me preocupo com você e como você lida com a atenção de outros caras. Eu tento me controlar, mas isso está me consumindo. Eu estou cansado de ver você se divertir com isso, como se nada importasse!

Eu senti uma onda de indignação e mágoa. Era como se ele não entendesse a minha perspectiva e só estivesse focado em suas próprias inseguranças.

— Você quer saber o que realmente me consome? — Perguntei, a voz tremendo. — É ter que lidar com sua possessividade e ciúmes o tempo todo! Não posso nem falar com um amigo sem você ficar irritado!

Terry se afastou, sua expressão passando de raiva para uma exaustão visível. Ele parecia estar lutando para encontrar as palavras certas.

Ele riu.

Eu suspirei, sentindo um peso no peito. A situação estava saindo de controle, e parecia que nenhum de nós estava disposto a ceder.

— Você acha que eu não estou lutando para manter tudo isso equilibrado? — Perguntei, a voz agora mais calma, mas ainda cheia de frustração. — Eu estou cansada de ter que justificar cada movimento meu e lidar com sua raiva constante.

Terry passou a mão pelo rosto, a tensão em seus ombros visível.

— Não sei o que fazer para te mostrar que eu me importo sem parecer um idiota ciumento — ele disse, a voz cheia de desespero. — E não sei como fazer isso parar.

A conversa estava claramente sem saída, e ambos estávamos esgotados emocionalmente. A discussão havia revelado mais sobre nossos sentimentos e inseguranças, mas também deixado claro o quanto ainda tínhamos que resolver.

— Talvez precisemos de um tempo para pensar nas coisas — eu sugeri, a voz cansada. — Não sei se podemos resolver isso agora.

Terry fez uma pausa e, finalmente, assentiu com um gesto resignado.

— Talvez seja o melhor — ele concordou, a voz ainda carregada de frustração. — Mas, por favor, não pense que isso significa que eu não me importo. Eu só preciso entender melhor como lidar com isso.

Eu me afastei, a sensação de desamparo ainda pairando no ar. O silêncio na sala era opressivo, e ambos sabíamos que precisávamos de tempo para processar o que havia sido dito. A situação estava longe de ser resolvida, e o caminho adiante parecia incerto.

Enquanto a noite caía e a casa permanecia silenciosa, eu sabia que o futuro de nosso relacionamento dependeria de como poderíamos enfrentar essas questões e encontrar uma maneira de lidar com nossos ciúmes e inseguranças de uma forma mais saudável.

— é melhor a gente dar um tempo, Terry. —

Aluna e professor. (Terry Silver e sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora