Vinte e Nove

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•CAPÍTULO VINTE E NOVE“infelizes”

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CAPÍTULO VINTE E NOVE
infelizes

Jonathan.

Solto um soluço, fechando a porta do quarto com força e encarando o vazio do. corredor.

Me sinto perdido. Não sei o que fazer ou para onde ir. Não sei de nenhum lugar para organizar meus pensamentos e tentar entender o que tinha acabado de acontecer, ou o que passava na cabeça de Natasha, ou o que fizemos de errado outra vez para estarmos terminando daquela forma. Aquele término não fazia o menor sentido! Estávamos bem, eu sei que estávamos, não foi tudo fruto da minha imaginação. Eu ouvi ela dizer para a minha mãe que estava feliz em tentar de novo, vi o quão sincera ela foi naquele momento, assim como em todos os outros que tivemos juntos no navio, então como que aquilo tudo pode ter ido por água abaixo em questão de horas?!

É impossível aguentar o nó em minha garganta, por isso mais um soluço me escapa e eu passo as mãos no rosto, tentando limpar as lágrimas que escorriam.

Olho para a porta do quarto outra vez e em seguida começo a me afastar, iniciando uma caminhada sem rumo, ainda escutando todas as palavras ditas por Natasha. Procuro pelo celular em meus bolsos, achando o aparelho em um deles e procurando pelo contato que eu sempre recorria quando algo dava errado.

?

A voz levemente sonolenta da minha irmã encontra os meus ouvidos e eu tento segurar o choro.

— Tefi, soy yo. — Digo baixo, a voz embargada.

Sinto o vento gelado bater em meu rosto, trazendo a brisa do mar em minha direção assim que chego em uma área aberta do navio. Sento na primeira cadeira de descanso que encontro, abaixando a cabeça.

— Jonathan?

— Tefi, lo siento por estar ligando essa hora... — Peço, deixando minhas lágrimas rolarem a vontade. — É que... Yo... A Natasha... — Gaguejo, me atrapalhando, e sinto que não preciso explicar mais nada, porque o suspiro que a minha irmã solta é o suficiente para eu saber que ela entendia o que havia acontecido. — Está doendo como se fosse a primeira vez. — Conto, não me importando em parecer frágil para a minha irmã.

Tefi me entendia. Ela estava lá quando o meu casamento estava desmoronando pela primeira vez. Ela me ouviu, me deu conselhos, me consolou todas as vezes que a busquei chorando por simplesmente não conseguir salvar o meu relacionamento. Sei que, mais uma vez, ela vai me ouvir, me entender e me consolar novamente.

S.O.S do Amor ━━ Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora