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"━━ FÉRIAS EM FAMÍLIA!"
O casamento de Natasha e Jonathan chegou ao fim após muitos anos, entretanto, ambos sempre teriam Miguel e Nicolás, os gêmeos que vieram do fruto do amor que um dia existiu entre o casal, para manter um laço afetivo...
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• CAPÍTULO TRINTA “não somos uma família”
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Natasha.
O desconforto do silêncio no quarto das crianças era quase palpável. Os dois estavam sentados na ponta da cama, olhando atentos para Jonathan e eu, enquanto nós dois tentávamos achar uma forma de contar que não estávamos mais juntos. Quer dizer, enquanto eu tentava achar uma forma, porque o jogador, que estava escorado em uma das paredes do quarto, com os braços cruzados e olhando para um ponto aleatório do cômodo, não parecia disposto a abrir a boca para nada, apenas esperando que eu tomasse a iniciativa de puxar o assunto.
Respiro fundo, apertando minhas mãos, e quando abro a minha boca para dizer algo, Nicolás me interrompe:
— Não é um assunto legal, não é? — Indaga, franzindo as sobrancelhas.
Nego devagar com a cabeça, sentindo um nó se formar em minha garganta no mesmo instante.
— Vocês dois se divorciaram de novo? — Miguel é mais direto, fazendo os meus olhos se arregalarem. Meu filho continua: — Estão agindo da mesma forma de quando contaram que estavam se divorciando. Enrolaram por um tempão antes de nos contar e estão fazendo isso agora também. — Explica de onde deduziu. — Não estão mais juntos, não é? — Pergunta.
Eu era uma tola em pensar que conseguiria enganar os meus filhos pelo menos por um dia.
Miguel e Nicolás eram meninos inteligentes, não demorou muito para eles perceberem que Jonathan e eu estávamos diferentes dos outros dias, que não ficamos grudados um no outro, que não rolou nenhum beijinho ou qualquer interação normal. Era perceptível que Jonathan e eu não éramos mais nada.
— Meninos... — Começo baixo, tentando achar uma forma de explicar aquilo sem os machucar tanto.
— Pode falar de uma vez, mamãe. — Insiste Miguel. — Já sabemos que tem algo de errado, você e mi papá estão estranhos desde a hora que fomos acordar vocês e ele nem no quarto estava. — Lembra.
Olho para o jogador, que agora tinha a atenção voltada aos nossos filhos.
— Desculpa, meus amores. — Peço baixinho, os olhando, e vejo perfeitamente a tristeza chegar em seus olhinhos castanhos e grandes como os do pai, porque, mesmo que tivessem uma ideia de que Jonathan e eu não tínhamos mais nada, sei que eles ainda tinham um fio de esperança de estarem enganados, e eu acabei de uma vez com ela. — Sei o quanto vocês estavam empolgados com o Jonathan e eu juntos. Entendo que o sonho de vocês dois é que sejamos uma família outra vez, com o pai de vocês e eu casados, nós quatro morando na mesma casa, mas...
