Capítulo 22

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✯ANDREW WALDORF✯

Como vou falar pra ela o que eu sinto se realmente não faço ideia dos meus reais sentimentos? Eu sei que quero muito transar com essa mulher, já foram muitos anos esperando e sendo ignorado. Dessa vez Agnes vai ceder, eu sei disso. E já somos maiores de idade, se ela quiser e eu também; nada mais importa.

Só não posso deixar que ela fique aqui. Não com o Matheus morando nessa maldita casa. Não acho que Agnes ainda sinta alguma coisa por ele, mas é sempre bom prevenir que algo aconteça. Porque eu sinceramente mataria ele se encostasse um dedo nela. 

Depois de alguns minutos, entrei em casa e fui para a sala de estar. Vendo que estavam todos reunidos assistindo à algumas fotos antigas.

— Lembra desse dia, Elizabeth? — perguntou meu pai, lançando um sorriso discreto para ela. 

— Como não lembrar? — falou, sorrindo de volta e olhando a imagem. 

Uma foto do casamento deles. Papai segurava Agnes e Aylla que deveriam ter um ano de vida, enquanto eu já estava com dois. Mamãe me segurava no colo. Seu sorriso de felicidade estava estampado no rosto. Eu segurava o buquê de flores e sorria para ela, como se estivesse impressionado com tudo aquilo. Eles eram ótimos pais. É uma pena terem mudado tão de repente.

As fotos foram passando e a maioria era da família ou de Agnes comigo junto. Sorri ao ver uma foto em que eu a sujava com o glacê do bolo de aniversário, enquanto ela chorava horrores. Com certeza eu já deveria ter uns cinco anos, e nessa idade adorava incomodá-la... Não que tenha mudado muita coisa hoje em dia.

— Tem alguma foto minha? Por que até agora só vi a Agnes e o Andrew — resmungou Aylla, revirando os olhos para a tela a sua frente. 

Ela está a certa. As duas eram idênticas, mas Agnes sempre teve um jeitinho especial que as torna diferentes. Quem as conhece bem, sabe que Aylla apareceu em apenas uma fotografia. 

Nossa família é completamente estranha. Minha mãe parece detestar uma filha, enquanto não se importa com a outra. Já nosso pai sempre se importou apenas com Agnes, porém deixou de demonstrar de uns tempos pra cá. Agnes e eu somos... Bom, somos apenas nós. E Aylla tem a quem? Por que até agora, nenhum de nós parece ter ficar ao seu lado quando ela realmente precisa. 

Agnes vive em seu mundo cor de rosa, eu estou sempre nos treinos ou tocando violão. Meus pais não saem do hospital e estão sempre cuidando de seus pacientes até quando estão em casa. Mas Aylla, ela sempre teve apenas a si mesma. E eu sinto muito por isso. Fiquei tão obcecado em descobrir o que sentia por Agnes que acabei esquecendo que tenho outra irmã. 

É isso o que eu não entendo! Eu amo Aylla com o mais puro e real sentimento de um irmão para outro. Mas com Agnes é diferente, mesmo elas tendo praticamente a mesma aparência e até o tom de voz semelhante. Claro, Agnes é muito mais ousada e mimada. Mas Aylla tem muito mais personalidade.

— Vai ficar aí pingando água ou quer uma toalha? — A voz de Agnes fez com que eu desse um sobressalto e me virasse em sua direção. 

Porra! Ela... Meu Deus. 

— E-eu... — puxei de volta o fôlego. Meus olhos estão presos nela, está só de toalha na frente de nós todos. Essa toalha mal consegue cobrir seus seios e... Eu preciso parar de pensar nela agora mesmo se não quiser ficar duro.

— Agnes Waldorf, por que não está vestida? Andrew, vai pegar um resfriado se continuar molhado desse jeito! — Suas palavras pareciam estar bem distantes. 

Não consegui falar nada, apenas continuar vidrado em Agnes. Seu sorriso diabólico me fez engolir em seco, está me provocando bem na frente da nossa família. Que diabinha ousada!

— Se quiser ajuda pra se vestir eu te levo pro meu quarto — avisou Matheus, em um tom divertido. 

— Matheus! É da minha filha que está falando — repreendeu Blake.

Eu até ficaria surpreso ou com raiva do loiro idiota. Mas estou concentrado demais em não ficar excitado com a figura de minha irmã seminua na minha frente. 

— Vovó, posso usar o quarto de hóspedes? — perguntei, sem parar de olhar para Agnes.

— Pode sim, só para de molhar o meu carpete. — Sorri com suas palavras.  

Passei por Agnes e a puxei junto comigo, certificando de que meus pais estavam entretidos com as fotos e as conversas. Se ela acha que vai destruir a minha sanidade mental e sair intacta está muito enganada.

— Tá me machucando — resmungou, puxando seu pulso no mesmo instante em que fechei a porta.

— Tá ficando doida? Ficar de toalha na frente deles como se não tivéssemos naquele lago sozinhos até agora? Tá querendo que eles descubram algo que nem existe? — desabafei em tom mediano.

Suspirei impaciente, dando passos em sua direção até que seu corpo estivesse prensado contra a porta do quarto.

Ela vai ceder, e quando fizer isso, vai pedir mais. Porém, eu vou estar cansado desses seus joguinhos. Então vai aprender a não brincar comigo.

— Por que se importa, maninho? Elizabeth jamais faria algo contra o cachorrinho dela. — Sorriu provocativa, desviando o olhar na tentativa de me ignorar.

Segurei na lateral de seu pescoço e a fiz olhar novamente para mim. Seus lábios entreabertos e o olhar de provocação foram mais do que o suficiente para me tirar do sério e grudar nossos corpos, a beijando com força nos lábios. 

Continuei segurando em seu pescoço, a trazendo mais para mim. Descendo uma mão até sua bunda e a fazendo se esfregar em minha ereção.

Agnes morde com delicadeza meu lábio inferior e o puxa fraco, sem demora, sua língua se colide com a minha. Causando-me arrepios na nuca.

Suas mãos vão para a barra da minha camisa e ela a puxa, jogando para qualquer canto do quarto.

Puxo sua toalha e sinto o atrito de seu corpo desnudo com o meu. Porra, ela é gostosa demais! 

Eu diria, que é o pecado em pessoa. Um pecado tão tentador, que eu me sinto obrigado a cometer.

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