Capítulo 24

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✯ANDREW WALDORF✯

Respiro fundo, sentindo a água cair sobre meu corpo. Eu nunca tive tanto autocontrole antes, não quando se trata de Agnes. Sinto uma pontada de arrependendo por tê-la deixado daquele jeito, estava tão perfeita gemendo meu nome. Entretanto, sei que só assim vou conseguir convencê-la a ficar comigo sem que se arrependa.

Eu sei, isso é loucura. Agnes é minha irmã e eu não deveria pensar nela de outra forma e muito menos transar com ela. Mas não consigo sentir culpa quando estamos juntos, quando a beijo e encosto em seu corpo.

As imagens de algumas minutos não saem da minha cabeça. Agnes gemendo meu nome, agarrando os lençóis, mordendo o lábio inferior para não gemer alto... Essa garota vai acabar me enlouquecendo, se é que já não fez isso sem que eu perceba. 

Desligo o chuveiro e me enrolo em uma toalha, me preparando psicologicamente para olhar em seus olhos depois do que fizemos. O problema não seria eu me arrepender, mas sim não conseguir me controlar quando estivermos cercados de pessoas. 

Saio do banheiro e faço uma careta ao ver Alex agachada, remexendo em uma mala preta ao lado da cama. 

— E-eu... Não sabia que você estava... Meu Deus — murmurou espantada.

— O que foi? — pergunto, vendo o "O" que se formou em sua boca. Procuro por minhas roupas no lugar que deixei, mas não encontro. — Viu minhas roupas?

— A-Agnes... V-você... E-ela levou — gaguejou. Se levantando, prestes a sair do quarto. — Se quiser... — parecia estar morrendo de vergonha. Sua pele escura ganhou uma coloração avermelhada nas bochechas. — Alec não iria se importar em lhe emprestar uma camiseta e uma bermuda — disse, pegando as peças de roupas em outra mala. 

— Obrigado. Depois eu vou matar Agnes por ter consumido com as minhas coisas — dei uma risadinha sem graça, só pra aliviar o clima tenso.

Alex curvou os lábios em um sorriso, exalando deboche. Talvez tenha sido tão natural que ela não tenha percebido isso. 

Ela sabe de alguma coisa, até antes do jantar estava normal e brincalhona. Agora já mudou totalmente... Com certeza Agnes deve ter aberto a boca. Mas ela não seria nem louca de fazer isso, as duas nem conversam direito. 

— O que ela te contou, Alex? — perguntei, colocando a camiseta. Continuando com a toalha amarrada na cintura. 

— Andrew... Isso não é assunto meu, sério. Eu não sei de nada. — Sem que eu pudesse dizer uma só palavra, ela saiu do quarto. Confirmando minhas teorias de alguns segundos. 

Agnes não gostou nada só que eu fiz, e ter levado minhas roupas foi uma prova disso. Diabinha ousada que não aceita ser contrariada, mas isso vai mudar. Ela vai ter que aprender que nem tudo é do seu jeito, ela não é o centro do mundo. 

Olhei no espelho, desejando tirar essas roupas apertadas. Alec é extremamente magro, não tem nem metade do meu físico. Bufei, descendo as escadas na intenção de encontrar minha querida irmã e minhas roupas. 

— Andrew — minha mãe me chamou. 

— Sim, mamãe? — pedi continuidade, me aproximando deles que pelo visto já estavam prestes a ir embora. 

— Vista-se com a tuas roupas, se despeça dos seus avós e primos, te esperaremos no carro — avisou, abrindo um sorriso sem mostrar os dentes. 

Depois de fazer o que ela disse, entrei no carro. Vendo Agnes emburrada, olhando para frente na intenção de me evitar. Seus dedos entrelaçados nos de Aylla, que dormia encostada em seu ombro. 

Não sei se devo falar alguma coisa, não sei o que se passa em sua cabeça. Se está arrependida ou apenas irritada. Possivelmente as duas coisas, ou não evitaria olhar para mim durante horas de viagem. 

Agnes é dramática e qualquer coisa já é motivo para fazer tempestade em um copo d'água, então apenas permaneço quieto, esperando até que ela comece a falar. 

— Tá namorando com a Lívia? — perguntou, olhando para a frente como se não estivesse falando comigo. 

— Não, por quê? 

Não estamos namorando, mas aquela garota é tão chata que fica o tempo todo grudada em mim. 

— Ela te mandou mensagem — falou, entregando meu celular na minha mão. Esse é o motivo de estar tão irritada, eu deveria saber que não tem nada a ver com o que rolou entre nós. — E a Alex, por que demoraram tanto pra sair daquele maldito quarto? — aumentou o tom de voz, me olhando nos olhos. 

Seguro uma risada. Ela está morta de ciúmes, e fica ainda mais perfeita quando está assim. Tão irritada, só por imaginar que Alex e eu fizemos alguma coisa. 

— Ela sabe, Agnes — me inclinei para perto de seu ouvido. — Sabe o que fizemos — sussurrei, colocando a mão em sua perna. 

Olhei para frente, certificando de que Elizabeth estava mexendo no celular e Blake prestando atenção na estrada. Aylla está dormindo, com certeza não vai acordar até que alguém a chame.

— Contou a ela? — cochichou,  arregalando os olhos. 

— Acho que ela ouviu. — Sorri com malícia, deslizando mais os dedos pelas suas coxas. Não consigo me controlar, Agnês é uma tentação. 

— Nossos pais, Andrew — sussurrou, colocando sua mão em cima da minha.

— Não irão ver nada. — Fiz movimentos circulares por cima do tecido fino de sua calcinha. Vendo Agnês abrir as pernas lentamente, deixando que eu continuasse a tocá-la.

Coloquei sua calcinha para o lado, aprofundando dois dedos em sua intimidade molhada e quente. Vejo Agnes fechar os olhos e inclinar a cabeça para trás, reprimindo um gemido.

Minha mãe se mexeu no banco da frente, o que fez eu parar com os movimentos de vai e vem em Agnes. Estamos loucos de estarmos fazendo isso com todos eles no carro. Mas não consigo evitar, não consigo ter controle sobre mim mesmo. 

Continuei penetrando mais fundo, massageando seu clitóris com o polegar. Posso sentir sua buceta pulsando com meus dedos dentro. Agnes está tentando não gemer, arfando sem ritmo, sua respiração se tornando cada vez mais audível. Aumentando os riscos de sermos pegos no flagra. 

— Andrew... — meu nome sai em um sussurro. O que me faz aumentar a velocidade, vendo-a se contorcer e tentar apertar as pernas uma na outra. 

O medo de que Elizabeth olhe para trás, Aylla acorde ou Blake nos veja chega a fazer meu coração disparar. Mas não consigo parar, não quero parar. 

Senti ela gozar em meus dedos, cravando as unhas na própria perna, evitando emitir algum som. Tirei meus dedos de dentro dela, levando-os até os lábios e chupando enquanto suas esferas azuis me encaram como se estivesse em chamas.

Eu vou pro inferno de qualquer jeito, pelo menos sei que não vou me arrepender disso quando estiver lá. 

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