Capítulo 8

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Regulus Black

Quando cheguei em casa depois do que pareceu a noite mais longa de todas, eu não imaginava o que iria encontrar.
Entrei e fui direto para a cozinha, procurei por Monstro mas não o encontrei, estava prestes a chamá-lo quando escuto risadas altas. Só deveria ter minha mãe, Marcella e Chiara em casa. Acho estranho, então sigo as risadas.
Assim que abri a porta tive uma visão chocante. Minha mãe e Marcella estavam gargalhando, ambas descalças segurando taças de bebida, ouvindo música e tinham vários pratos espalhados pela mesa de centro. Chiara está dormindo em um sofá, Willa parece estar vigiando ela.
Acho que bati a porta na parede com o choque e fiz barulho porque as duas pareceram se assustar e tentaram recuperar um pouco de postura.

— Monstro, não precisamos de nada, pode ir. — Minha mãe fala sem olhar pra trás e tenho quase certeza de que ela está bêbada.

Eu não acho que já tenha visto Walburga Black bêbada ou alterada de qualquer forma pra falar a verdade.

Regulus? — Marcella diz meu nome confusa, provavelmente pelo meu estado. Merda.

Não digo nada, apenas fico observando Marcella se levantar, dar um beijo no rosto da minha mãe e vir na minha direção enquanto falava com Willa.

— Willa, leve Chiara pro quarto pra mim, por gentileza, eu já subo. Obrigada querida. —

Ela pega minha mão e me puxa pra longe da sala onde estávamos.

— Mas o que... — eu não sei bem o que dizer.

— O que aconteceu com você? — ela pergunta, analisando meu rosto, mas é meio óbvio o que aconteceu. Porra.

— Minha mãe . . . ? — acho que estou em choque.

— Vem comigo, tenho que limpar os cortes ou podem infeccionar. —

Novamente ela me puxa pela casa me segurando pela mão. Me obriga a entrar no seu quarto e me empurra para sentar na poltrona. Ela vai até o banheiro e volta de cabelo preso, com o que parece ser uma maleta médica em mãos e começa a retirar coisas de dentro.

— O que vai fazer com isso? — se ela acha que vai chegar perto do meu rosto com uma agulha nesse estado, ela tá muito enganada.

— Eu não tenho luva aqui. Lavei as mãos e passei álcool mas não posso encostar no algodão embebido em antisséptico com as mãos nuas, por isso a pinça. Os cortes não são fundos, você não precisa de pontos. —

Ela vem com a pinça e o algodão na direção do meu rosto e eu a seguro pelo pulso.

— Você consegue fazer isso? — pra ser justo ela bebeu.

— Eu te disse, você não precisa de pontos e eu não estou tão bêbada. Pode ficar tranquilo, bello¹, vai continuar bonito quando eu acabar. — ok, dedos cruzados.

Ela começa pelos machucados do meu rosto, apesar de ter bebido ela parece bem séria e concentrada fazendo isso.

— Você bateu a cabeça ou tem algum hematoma nas costelas, costas, abdômen? —

— Não pra tudo. —

— Então não tem chance de ter costelas quebradas, hemorragia interna ou uma concussão. Isso é bom. —

Contrato de Casamento - Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora