Capítulo 18

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Marcella MacMillan

Eu amo os finais de plantão, o cansaço misturado com a sensação de realização é absolutamente a coisa que mais gosto; a segunda coisa que mais gosto depois de um plantão é caminhar por Londres enquanto amanhece, ver a cidade acordando enquanto eu me encaminho para a cama.

— Que coincidência ver você por aqui. — Remus fala assim que me vê.

Bem, eu também aprecio o fato de esbarrar não tão acidentalmente com Remus fumando na esquina do meu trabalho.

— Senhor Lupin quanto tempo. — respondo passando por ele.

Ele se levanta e começa a caminhar comigo.

— Muito tempo mesmo, eu preciso urgente de ajuda médica! — ele me diz e começo a ficar preocupada.

— Está ferido? Se machucou? Brigou com alguém? —

Ele, meu cunhado, James e Peter se metem em bastante confusão juntos. Deve ser algum tipo de competição, não é possível.

— Não tenho certeza, acho que preciso de um check-up pra ter certeza. — ah, esse tipo de ajuda.

— Como médica eu não posso negar uma consulta, mas eu já saí do hospital. —

— Eu sou tão sortudo por morar . . . Oh, bem aqui na esquina. — diz como se já não estivéssemos indo pra casa dele. — E talvez, só talvez eu tenha feito panquecas de chocolate. —

— Está querendo me atrair com comida? Porque eu sou suscetível a isso. — digo rindo subindo as escadas do prédio.

Desde que eu o ajudei no hospital e vim pra casa dele, essa cena de me encontrar 'sem querer' na rua aconteceu algumas vezes, geralmente depois do plantão. Remus realmente sabe ser discreto e nossa dinâmica tem sido a mesma. Nos esbarramos na rua, eu venho pra cá, tomamos café, transamos e passamos bastante tempo conversando nus na cama ou no sofá ou no tapete, tomamos banho, às vezes transamos de novo no banho e eu vou pra casa. Só nos falamos por mensagem e salvei o número dele apenas com um emoji aleatório.

— Pera um segundo, vou atender no corredor. — digo tomando um gole do café.

Regulus está me ligando.

— Você tem que atender ele toda vez? — Remus me pergunta.

— Faz parte do acordo, só vai levar um minuto. — me levanto e vou para o corredor.

Desde o evento no hospital, Regulus e eu voltamos a nos falar como antes. Mensagens, geralmente quando estou no trabalho, ligações de voz nos intervalos e chamadas de vídeo, geralmente quando estamos os dois em casa e algumas vezes em momentos aleatórios.

Sempre que o nome de Regulus aparece, sinto que Remus fica desconfortável. A situação é complicada, eu entendo Remus, não deve ser legal ficar ouvindo o nome do homem com quem eu vou casar, mas ele sabia desde o início da existência de Regulus e não é como se tivesse o direito de sentir ciúmes do meu noivo, porque não rola nada entre a gente. Não é justo com ninguém.

Hm . . . Agora que terminou sua ligação você quer sentar no meu colo. — Remus diz quando me sento sobre ele no sofá.

— Eu tinha planos de sentar em você, mas se quiser falar sobre outra coi... — sou interrompida por Remus me beijando.

Tiro meu vestido pela cabeça enquanto Remus se livra da própria blusa e como eu estava sem sutiã, para a felicidade dele, ele voltou a boca diretamente para os meus seios me fazendo gemer baixinho.
Não demorou para não ter mais nenhuma roupa entre nós e estarmos na posição que eu imaginei; no sofá, comigo por cima dele; depois no tapete, com ele por cima de mim; por fim no banho, comigo de costas pra ele, espalmada no azulejo frio. Por sorte, mutamos o apartamento ou todos os vizinhos saberiam o nome de Remus e o meu a essa hora.

Contrato de Casamento - Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora