— Marcella MacMillan —
Depois da festa de natal eu fui pro quarto e preparei um banho de banheira pra mim, fiquei tanto tempo deitada na banheira que a água ficou fria. Troquei minha taça de vinho social por uma vodka tônica bem gelada e um prato de castanhas salgadas. Liguei para Melitza e reclamei com ela por aproximadamente uma hora sobre o meu pai.
— Mas você está bem, Cella? — isso é uma questão filosófica a essa altura da minha vida. — Se quiser pode vir pra minha casa. —
— Não precisa, eu ainda estou com os Black. —
— Já casou e não me contou? — hilária.
— Tecnicamente eu fui sequestrada, mas meu cativeiro é decente e me alimentam com regularidade, não tenho do que reclamar. — meio que é verdade.
— Vou aguardar a carta de resgate então. —
— Não espere em pé. — digo e ela ri.
— E como está com o bello¹? — ela vai me torturar com isso pra sempre.
— Hã . . . tudo bem. — isso saiu muito agudo.
— O que aconteceu? —
— Eu não quero falar, você vai fazer bullying comigo. — não dá pra ser melhor amiga de alguém e não fazer bullying com ela quando se faz merda.
— Marcella Cosima MacMillan, o que está escondendo de mim? — usar meu nome completo é covardia.
Cosima é um nome grego que significa 'ordem, beleza, universo'. É derivado da palavra grega 'kosmos' que se refere ao mundo ou universo. O nome carrega conotações de harmonia e elegância.
Eu odeio meu nome do meio. O significado em si é bonito mas eu não gosto de como soa, não sei explicar. Posso acrescentar esse nome a lista de traumas que meus pais me deram.
— Tá, eu vou te contar mas pega leve comigo. — ouvi um ruido indicando que ela tinha concordado. — Eu me humilhei, Mel. Arg. Eu culpo a bebida.
— Hmmmm... Vocês beberam? — o tom insinuativo que faz
. . . Merlino mio².— Não, eu bebi e aí ele chegou aqui machucado. Eu curei ele e depois a gente foi comer na cozinha e . . . eu posso, talvez ter flertado com ele, só que foi muito óbvio. Che imbarazzo.³ —
Sim, eu sou o tipo de pessoa que deita pra dormir e o cérebro decide passar um filme dos meus momentos mais vergonhosos pra me torturar.
— Ah Cella, só isso? Do jeito que você falou achei que já tivessem transado. Vocês são lentos. —
— Vai a pregare⁴, Melitza. — respondo e ela ri.
— Faz quanto tempo que você não transa com ninguém? — muito tempo.
— Não sei, não é como se eu marcasse no calendário cada vez que decido transar com alguém. —
— Tanto tempo assim? — é.
— Eu vou desligar, a casa tá entrando num túnel. — nós duas rimos e eu desligo o celular.
Tá, comer e beber na banheira é divertido mas eu já tô ficando com frio.
Saio da banheira, me seco e boto um pijama. Continuo remoendo o que aconteceu mais cedo. Ridículo. E como se não bastasse o meu pai, ainda teve o Rabastan, não que eu esperasse algo dele, quando eu e Nicolò namoramos eu percebi que todos os amigos dele eram idiotas. Eu deveria ter percebido mais cedo que ele era o maior idiota deles.
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Contrato de Casamento - Regulus Black
Fiksi PenggemarApós Sirius fugir de casa e receber a herança de nosso tio Alphard, toda a responsabilidade como herdeiro Black ficou pra mim. Inclusive o contrato de casamento que nossos pais prepararam desde que ele tinha seis anos.