Contrato de Casamento - Regulus Black

Capítulo 25

— Regulus Black —

— Vocês já foram visitar o bebê da Narcisa? — Meu pai me pergunta assim que entra no escritório.

— Marcella já o viu, ela estava de plantão quando a Cissa foi pro hospital, eu ainda não vi. Mas vamos todos no almoço que ela marcou na Mansão Malfoy pra anunciar o nome. — respondo.

— Como está a vida de casado? — ele pergunta mas não tenho certeza de onde quer chegar com essa conversa.

— Boa. — tento ser evasivo pra ele dizer logo aonde quer chegar.

— Já estão no processo de produzir herdeiros? — estamos praticando, com certeza.

— Só estamos casados há três meses. Eu pretendo esperar a minha mulher terminar a especialização antes de pensar em filhos. — digo.

— Não deveriam esperar tanto. Quanto antes melhor, pergunte a sua mulher, é menos arriscado quando se é jovem. — arg.

Meu pai simplesmente não esqueceu esse assunto o dia inteiro. Todo o tempo que passamos juntos trabalhando, ele encontrou um jeito de inserir o assunto filhos, em todas as situações possíveis. Ele me não me deu paz, ao final do dia eu só pude agradecer por ter acabado, cheguei em casa e a primeira coisa que vejo é Chiara brincando com outra criança, Nana e Willa vigiando as duas e nenhum sinal da minha esposa.

— Oi Chiara. — digo.

Ela levanta, vem correndo até mim e pula no meu colo pra me abraçar. Ela tem feito muito nas últimas semanas.

— Oi Regulus, você quer tomar cházinho com a gente? — socorro.

— Talvez daqui a pouco. Sua irmã está no hospital? —

— Não, a gente passou o dia com o papai, depois buscamos a Morgana pra dormir aqui e ela foi pra varanda quando chegamos. — então ela está estressada.

— Ok, eu vou falar com ela e já volto. — digo lhe dando um beijo no topo da cabeça e a coloco no chão.

— Tá bom. — respondeu e voltou a sentar com a amiga.

Fui até a varanda pra encontrar minha mulher jogada em uma das poltronas murmurando e fumando um baseado, então ela deve estar mesmo estressada. Ela geralmente fica quando tem que lidar com o pai, seja pessoalmente ou por telefone.

— Dia difícil, Doutora? — pergunto.

Muito parecida com a Chiara, minha mulher olha pra mim sorrindo, se levanta e pula no meu colo pra me dar um beijo.

— Uhum. O dia mais longo da minha vida. Como foi o seu dia, bello¹? — pergunta quando me sento com ela ainda no meu colo.

— Você quer filhos? — a pergunta sai mais rápido do que consigo prever.

Meu pai passou o dia martelando isso na minha cabeça e me trouxe muitos questionamentos.

— No plural?! Agora?! — ela diz arregalando os olhos.

— No geral. Só falamos sobre isso duas vezes e foram conversas bem rápidas. Na primeira vez você meio que empurrou a escolha pra mim, na segunda você estava nervosa e nunca conversamos sobre isso de verdade. Então eu quero saber se é uma vontade que você tem. — digo de uma vez.

Realmente nunca chegou a ser uma conversa, o tema foi abordado mais como uma negociação. Ela até falou no dia do casamento que não queria filhos tão cedo, porém não sei se ela vai querer algum dia.
Se quiser, eu tenho certeza que vai ser uma excelente mãe pelo modo que cuida da Chiara.
Eu cheguei a pensar que fossem mãe e filha, apesar de Marcella não ter negado ser mãe da Chiara, só disse que não tinha gerado ela.