Capítulo 04

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VICTOR

"Fala, Max. Como sabia que eu já havia terminado a reunião com o advogado da Triton?" Perguntei, curioso.

"Oras, Victor, eu te conheço bem o suficiente." Sua voz soou divertida do outro lado da linha. "E então, como foi? O Adrien Moreau é tão implacável quanto me disseram?"

Suspirei, passando a mão pelos cabelos. "Você tinha razão, Max. A Triton é uma empresa bastante tradicional, assim como o seu dono, Leonardo Duval."

"Eu te disse!" Ele exclamou. "E você sabe o que isso significa, não é?"

Relutantemente, assenti, mesmo que ele não pudesse me ver. "Sim, eu sei. Você acha que eu preciso me casar para fechar esse negócio."

"Exatamente!" Max respondeu. "Esses caras da Triton querem ver uma imagem de família, de estabilidade. Um CEO solteiro de quase 40 anos não vai convencê-los."

Resmunguei, tentando não soar tão inconformado. "Eu sei, Max. Mas isso é muito arriscado. Não posso simplesmente arrumar uma noiva da noite pro dia."

"Mais arriscado do que perder esse contrato?" Sua voz ficou séria. "Você sabe o quanto isso significaria para a Calderón Enterprises, Victor. Não dá pra jogar essa oportunidade fora."

Fitei a estrada à minha frente, ponderando suas palavras. Ele tinha razão, essa fusão poderia ser uma virada de jogo para a minha empresa.

"Tudo bem, você tem um ponto." Admiti, derrotado. "Mas eu não vou me casar com a primeira mulher que aparecer, Max. Eu preciso ter o mínimo de controle sobre a situação."

Meu meio-irmão riu do outro lado. "Eu sei, eu sei. Você sempre foi um conquistador, Victor. Só não deixe essa sua fama de galã atrapalhar os planos da empresa, okay?"

Sorri de leve, relembrando de como eu costumava sair com modelos e atrizes quando era mais jovem. "Pode deixar, eu vou me comportar. Não posso estragar tudo por causa de um deslize."

"Ótimo. Agora vá pra casa e comece a procurar a sua futura esposa!" Max brincou, antes de nos despedirmos.

Desconectei o celular do sistema de áudio do carro, deixando a música ambiente tomar conta do veículo. Aquela conversa havia me deixado bastante pensativo.

Casar-me apenas por conveniência? Não era exatamente o que eu havia planejado para minha vida. Mas se aquilo significava garantir o futuro da Calderón Enterprises, talvez valesse a pena arriscar.

Afinal, eu já havia provado que podia me divertir e manter meu trabalho em ordem. Encontrar uma mulher que se encaixasse no perfil que a Triton exigia não deveria ser tão difícil.

Com essa determinação em mente, segui meu caminho para casa, disposto a encarar esse novo desafio de frente.

Enquanto deitado em minha cama, peguei o celular e comecei a vasculhar meus contatos e redes sociais. Meus olhos se detiveram nas fotos das últimas mulheres com quem eu havia saído. Belas, sim, mas a imagem que elas transmitiam estava longe do que a Triton Technologies e a família Duval esperavam.

Aquelas garotas chamavam muito a atenção, seu estilo de vida era um tanto extravagante e, francamente, vulgar. Não era o tipo de imagem que eu gostaria que minha empresa refletisse, muito menos que eu, como CEO, aparecesse associado.

A família Duval, por outro lado, sempre era retratada pelas revistas como um exemplo de família tradicional e conservadora. Suas viagens a locais históricos e sua postura impecável eram exatamente o que a Triton precisava enxergar em mim.

Soltei um suspiro frustrado, deixando o celular de lado. Não poderia cometer nenhum deslize que manchasse a reputação da Calderón Enterprises. Essa parceria era fundamental para o meu negócio.

Foi então que meu celular vibrou com uma nova notificação. Olhei para a tela e vi que era um e-mail da minha secretária, Clara Martins.

"Sr. Calderón, só lembrando que amanhã temos a exposição no evento das 10h da manhã. Favor confirmar sua presença."

Contemplei a mensagem por alguns instantes, meus pensamentos se voltando para Clara. Ela era eficiente, discreta e mantinha uma imagem impecável. Talvez... Talvez ela pudesse ser a resposta para meu problema.

Respirando fundo, levantei-me da cama e comecei a me despir, preparando-me para uma boa noite de sono. Precisava refletir melhor sobre essa possibilidade. Clara poderia ser a candidata perfeita para se tornar minha noiva e, assim, garantir essa fusão tão importante.

Com esse novo plano em mente, senti uma pontada de esperança. Talvez eu não tivesse que recorrer a um casamento puramente por conveniência. Quem sabe, com o tempo, eu pudesse até mesmo desenvolver alguns sentimentos por ela.

Desliguei as luzes e me acomodei embaixo das cobertas, determinado a chegar a uma decisão sobre o assunto. Afinal, o futuro da Calderón Enterprises dependia disso.

Deitado em minha cama, não conseguia parar de pensar em todas as possibilidades que se apresentavam diante de mim. Meus olhos voltaram a se debruçar sobre a foto de uma das belas jovens com quem eu havia saído no passado.

Sim, aquele tipo de mulher seria muito mais fácil. Não haveria complicações, apenas sorrisos e gemidos. Eu poderia simplesmente dormir com uma delas e resolver meu "problema" de uma forma rápida e indolor.

Porém, uma voz em minha mente insistia em me lembrar do que realmente estava em jogo. A Calderón Enterprises dependia dessa fusão com a Triton Technologies. Não podia arriscar tudo por causa de um capricho.

Suspirei pesadamente, colocando o celular de lado. Clara Martins, minha competente secretária, poderia ser uma opção muito mais viável. Afinal, ela mantinha uma imagem impecável, era eficiente e discreta.

Mas então me lembrei de sua tendência a ser um tanto desastrada e atrapalhada em certas situações. Como eu poderia apresentá-la como minha noiva diante da família Duval, se ela estivesse sempre atrasada ou cometendo gafes?

E quanto a ter filhos? Será que eu teria que estender o contrato de casamento por anos a fio? Seria esse o preço a pagar pela estabilidade da minha empresa?

Frustrado, passei as mãos pelo rosto, sentindo a tensão acumular-se em meus músculos. Não havia uma solução perfeita. Qualquer caminho que eu escolhesse teria seus desafios.

Talvez a resposta estivesse em encontrar um meio-termo. Uma mulher que pudesse desempenhar o papel de noiva perfeita, mas que também me atraísse e com quem eu pudesse criar uma conexão real, ainda que fosse apenas por conveniência.

Mas onde eu encontraria alguém assim? Alguém que conciliasse beleza, elegância e competência?

Suspirando novamente, decidi que precisava dormir. Amanhã seria um longo dia, com a exposição da Calderón Enterprises. Quem sabe eu não encontraria minha resposta lá?

Desliguei as luzes e fechei os olhos, tentando acalmar minha mente inquieta. Fosse qual fosse a solução, precisava agir rápido. Meu futuro e o da minha empresa dependiam disso.

Contrato de sedução com o ceo bilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora