Capítulo 16

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VICTOR

Assim que cheguei ao escritório, meus olhos imediatamente encontraram Clara. Ela parecia tensa, provavelmente aguardando minha chegada.

Respirei fundo e me aproximei dela.

— Clara, será que podemos conversar em minha sala? — pedi, em tom sério.

Ela assentiu, levantando-se rapidamente. Porém, ao dar um passo, Clara tropeçou em seus próprios pés, quase caindo.

Por reflexo, estendi os braços e a segurei, impedindo que ela se desequilibrasse.

— Cuidado! — exclamei, preocupado.

Clara me encarou, o rosto completamente corado.

— Obrigada, desculpe a quase queda — ela murmurou, ajeitando a roupa com nervosismo.

Sorri de leve, acompanhando-a até a sala. Fechei a porta atrás de nós e a convidei a se sentar.

— Então, Clara, li que você teve o final de semana para analisar a proposta com calma. O que achou? — perguntei, direto.

Ela respirou fundo, abaixando o olhar.

— Sim, eu li o contrato com atenção. Mas, sinceramente, ainda não sei se conseguirei aceitar esse tipo de acordo — confessou, a voz um pouco trêmula.

Senti meu coração apertar. Não esperava que ela hesitasse tanto.

— Entendo suas preocupações, Clara. Mas esse contrato poderia mudar muito a sua vida e a de seu irmão. Você ficaria financeiramente estável para cuidar dele — argumentei, tentando convencê-la.

Ela assentiu devagar.

— Eu sei, Victor. E eu agradeço muito sua proposta. Mas... casar por conveniência, sem amor, não é algo que eu consiga fazer — Clara admitiu, os olhos marejados.

Suspirei, passando a mão pelos cabelos. Não podia forçá-la a nada. Precisava ser paciente e encontrar uma solução.

— Você precisa entender a importância disso para mim também, Clara. Meus negócios estão em jogo e... — hesitei, escolhendo bem as palavras.

Ela ergueu o rosto, me encarando.

— E o quê, Victor? Você está me pressionando a aceitar esse contrato por seus próprios interesses? — questionou, a voz trêmula.

Respirei fundo.

— Não, não é isso. Eu realmente acredito que nós poderíamos formar uma bela união. Mas sei que você precisa de tempo para pensar — cedi, tentando manter a calma.

Clara assentiu devagar, parecendo mais aliviada.

— Tudo bem, Victor. Eu vou pensar mais sobre isso. Mas, por favor, não me force a nada que eu não queira — ela pediu, os olhos nos meus.

Sorri de leve, compreendendo sua posição.

— Pode ficar tranquila. Essa decisão é sua. Eu esperarei por sua resposta — garanti, esperando que ela aceitasse minha proposta.

Assim que Clara saiu da sala, soltei um longo suspiro. Eu realmente acreditava que minha proposta mudaria a vida dela, mas parece que a pressionei demais.

Passei as mãos pelos cabelos, frustrado. Talvez eu tenha estragado tudo ao insistir tanto. Clara parecia relutante em aceitar um casamento por conveniência.

Olhei para a tela do computador, pensativo. Será que deveria considerar outras opções? Afinal, não podia ficar esperando indefinidamente pela resposta de Clara. Meus negócios precisavam ser salvos.

Contrato de sedução com o ceo bilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora